11 | EPITÁFIO pt. 01

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Ellie Whedons

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Ellie Whedons

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A lembrança mais marcante da minha infância, aquela que não consigo esquecer por nada, foi quando minha mãe se sentou comigo em minha cama e pela primeira vez me olhou com pesares.

Naquela época eu não conseguia entender muito bem o que havia acabado de acontecer, mas consigo recordar muito bem o quão ela ficou triste em me ver naquela posição.

Eu devia ter meus 12 anos, e o abraço que ela me deu aquela noite foi o mais caloroso que já havia recebido em toda a vida, e depois de um ano eu nunca mais receberia um abraço igual aquele novamente.
Aquela noite, foi a primeira vez que tive meu coração quebrado de verdade. O dia em que chorei tanto que minha respiração se tornou dificultosa.

Para muitos aquilo provavelmente seria alguma coisa boba sem importância, mas para mim, uma garotinha de 12 anos, aquele era completamente o fim do mundo.
E minha mãe ter compreendido isso tudo foi o que me manteve de pé aquela noite. Ela certamente sabia que aquilo não era nada muito grave, porque ela sabia que não era nada comparado ao que eu enfrentaria ao longo dos anos. Mas ela se importar com aquilo, hoje em dia vejo o quão lindo era nossa relação.
Agora deitada com os joelhos dobrados, abraçando - os para amenizar o frio que me atinge, desejo sentir o abraço dela mais uma vez.

Não me recordo de como vim parar aqui, minhas últimas lembranças é a voz de Daryl me chamando. Como eu desejo voltar no tempo, e nunca ter saído correndo do bunker. Meu corpo todo se contorce de dor, devo ter levado uma pancada bem feia. O local onde me encontro é um quarto vazio, sujo, de paredes cinzas, o que torna tudo mais amedontroso, o fato de não ter nada ao meu redor me apavora.

— De pé. — uma voz grossa me assusta ao abrir a porta. Olho novamente para o local a procura de minha mochila, mas não encontro nada.

— Quem é você? — pronuncio a única coisa que se passa na minha cabeça.

— Não é você que faz as perguntas aqui minha linda. — a voz dele fez meu estômago embrulhar. Como eu quero dar um soco nesse sorriso nojento dele. — Anda. — ele repete e se aproxima de mim.

DNA, daryl dixon (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora