A Cheryl é difícil de lidar

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Narradora

Segunda-feira amanhecia em Riverdale, de um lado Toni brigava com o despertador enquanto Cheryl já estava de pé e fazia seu próprio café da manhã por Mary não ter chegado ainda. Sabia que Nana Rose descansava em seu quarto, nunca foi de acordar muito cedo. Já Toni desceu as escadas de sua casa encontrando Antônio Topaz e Katy Topaz em uma conversa animada. Revirou os olhos, largando sua mochila em um lugar qualquer e sentou-se a mesa desejando um “bom dia”.

— Tome café rápido.

O mais velho falou chamando sua atenção.

— O diretor quer que chegue mais cedo para conversarem.

Toni bufou, negando. Tomar dura logo pela manhã seria com certeza um pesadelo virando realidade. Cheryl por outro lado já sabia que teria que chegar mais cedo, Mary lhe avisou no dia em que o diretor lhe ligou. Ainda sentia raiva de Toni por causar aquele vexame e principalmente por invadir sua casa, conquistando as duas pessoas mais importantes para ela em pouco tempo. Passou os cinco dias – que juntando com o final de semana eram os totais de suspensão, pensando se aquela morena de cabelos rosas estava mesmo sendo bem intencionada. Mary falava tão bem dela que sentir um pouco de ciúmes era inevitável, a mulher fora a única a lhe dar a atenção e carinho.

Enquanto Topaz passou os cinco dias perguntando tudo sobre Cheryl a Jughead, mas é claro que o amigo não deu todas as respostas que sabia, não queria facilitar a vida de Toni e muito menos perder sua moto, mesmo sabendo que era quase impossível a mais baixa vencer. O que Jughead não sabia era que quanto mais falava que a Topaz não iria conseguir, mais sangue nos olhos tinha e mais vontade de concretizar todos seus planos desejava. Seus pais também lhe ajudaram, sentiam-se animados pela filha finalmente ter um objetivo bom: Conquistar o coração de uma garota. Claro que eles não sabiam nada sobre a aposta e com certeza a mais nova não iria contar.

Chegaram praticamente juntas a escola, o Ford Thunderbird 1995 de Cheryl e a Harley Davidson FXST de 1990 de Toni eram os únicos veículos que se encontravam estacionados no local. A mais baixa, sentia-se orgulhosa de si mesma por mais uma vez conseguir arrumar sua tão amada moto. Encontraram-se na recepção aguardando para adentrar a sala do diretor, Cheryl foi a primeira a chegar e se encontrava sentada no pequeno sofá mexendo em suas redes sociais.

— Bom dia, Marjorie.

Toni desejou usando seu tom provocativo enquanto se aproximava de Cheryl, a mesma nem se deu o trabalho de levantar o olhar enquanto a morena fazia questão de jogar o corpo ao lado da mais alta. Seus olhos rolaram trincando a mandíbula para não se irritar logo pela manhã, aparentemente parecia impossível.

— O que será que ele quer com nós ainda?

Voltou a falar, tentando iniciar um assunto.

— Me deixar em paz significa não falar comigo, me olhar ou sentar ao meu lado.

Cheryl falou com os olhos vidrados em seu celular, Toni negou se mordendo para não mandar aquela ruiva longe. Se não fosse por sua moto. Jogou o corpo para trás, cruzando seus braços e apoiando a cabeça no sofá enquanto encarava o teto.

— O que fez nesses cinco dias?

Toni era insistente quando queria e Cheryl acabará de perceber isso, suspirando enquanto guardava seu celular na bolsa. Fez menção de levantar seu corpo, mas antes que o fizesse Toni tocou seu braço a puxando de volta para o sofá.

— Vou ficar calada.

Falou olhando para a ruiva que agora a encarava também.

— Não acredito.

01 [ be my forever - choni ] finalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora