Capítulo 10

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Boa noite lindezas! é hoje que a batata da Jéssica vai assar. Sem enrolação vamo que vamo de Kypitulo !

 Sem enrolação vamo que vamo de Kypitulo !

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Capítulo 10

Antes...

PEDRO

Eu passei a preparar todas as nossas refeições, mas nada fazia Vanessa se alimentar como antes. Ela havia perdido a vontade de tudo e por mais que eu tentasse ficar perto ela se refugiava de mim no quarto de Emília.

—Vanessa está me afastando a cada dia. É como se ela nem conseguisse olhar para mim.

— Ela perdeu uma filha. — Pâm tenta defendê-la.

— Nós. Nós perdemos. — Eu a corrijo em um misto de ofensa e irritação.

— Eu sei Pedro, mas para a mulher é diferente. — Minha irmã dá um suspiro e se ajeita no sofá. — Você não pode esperar que ela reaja ao luto da mesma maneira que você.

Ouço tudo em silêncio. O cigarro queimando lento entre meus dedos.

— Ela mal come Pâm, sai do quarto quando não estou. Nos dias que termino a aula mais cedo eu a encontro na sala assistindo a vídeos caseiros de aniversários antigos de Emi. Ela está cada vez mais distante, eu não sei mais o que fazer.

— Não posso nem imaginar a dor que vocês dois estão passando nesse momento, mas você precisa ser paciente. Talvez vocês devessem buscar por ajuda profissional, terão que encontrar maneiras de superar esse luto juntos.

— É o que eu mais quero. — Dou uma tragada e prendo o ar nos pulmões por poucos segundos antes soltar pelas narinas.

— Eu vou subir e falar com ela.

Continuei em nossa sala de estar. Não podia mais subir e ver Vanessa encolhida na cama de nossa filha.

Pâmela subiu até o outro andar. Pude ouvi-la batendo na porta e chamando por minha esposa.

Pâm apareceu no alto da escada.

— PEDRO, tem certeza que ela está no quarto? A porta está trancada.

Naquele instante eu soube que algo estava errado.

Larguei o cigarro no cinzeiro sobre a mesinha de centro e mancando eu subi os degraus o mais rápido que pude. Bati na porta com rispidez.

— Vanessa, amor, abre a porta.

Nada.

Tento a maçaneta, mas está trancada por dentro.

Bato de novo.

— Vanessa.

— "Nessa" — Pâm chama com um ar de preocupação estampado no rosto.

Colo o ouvido na porta de madeira e ouço pequenos sons de engasgos vindos de dentro do quarto.

— Pra trás — Ordeno para que ela se afaste e uso o ombro para arrombar a porta.

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