Boa tarde lindezas. Alguns rápidos esclarecimentos. Quinta não teve capítulo porque tive uma consulta no médico. Ontem não teve porque a escola das minhas filhas antecipou o feriado do Dia do Professor, portando com crias em casa não tive como escrever. Agora as postagens retornam no ritmo normal.
beijocas e boa leitura!
Antes...
PEDRO
Sentado no banco de madeira que ficava posicionado bem em frente ao nosso jardim eu dividia minha atenção entre os votos de casamento e a velocidade com que Emi se embalava no balanço improvisado de pneu que eu havia instalado para ela um pouco mais cedo.
— Ei pai! — Ela gritou. — Olha pra mim!
— Estou vendo amor, mas não se embale com tanta força, você pode se machucar.
Ela sorriu exibindo a banguela, os dois dentes de cima a deixavam ainda mais com carinha de boneca travessa.
— Tô bem alto papai! — Exibiu-se pra mim cheia de felicidade.
Voltei novamente minha concentração para o caderno de partituras quase todo completo. Vanessa já tinha me perguntado algumas vezes o porquê de eu não largar o caderno de partituras nas últimas semanas. Eu usava como desculpa estar compondo, quando na verdade estava tentando passar para aquelas linhas nossos votos.
Tamborilei com a caneta sobre o papel e reli algumas vezes o que já havia escrito, eu queria que fosse perfeito.
— Tão concentrado. — Sinto os braços dela envolvendo-me em um abraço surpresa e eu logo fecho o caderno, mas ela percebe.
— O que está escrevendo aí? — Vanessa beija meu pescoço e eu viro a cabeça para que nossos lábios se encontrem em um beijo.
— Trabalho. — Minto. — E você como foi o ensaio?
Ela me solta, dá a volta no banco e senta em meu colo sorrindo.
— Cansativo. Preciso aperfeiçoar mais o Foutté.
Deixo o caderno de lado e coloco a mão sobre suas longas pernas.
— Sabia que você fica muito sexy quando começa a falar em francês?
Vanessa ri e eu aproveito para soltar o seu coque de modo que seus cabelos vermelhos caiam por seus ombros.
— Plié, Grand Battement, Jeté... — Ela me provoca fazendo biquinho enquanto fala.
Agarro sua nuca e sussurro ao seu ouvido.
— Se continuar vou levar você para o quarto. — Mordisco o lóbulo macio de sua orelha. — Aquele quarto.
Vanessa salta de meu colo e começa a executar com elegância alguns passos ali mesmo na minha frente.
— Não enquanto eu não souber o que tanto você escreve nesse caderno. — Me ameaçou.