Capítulo 6

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Boa tarde lindezas. Alguns rápidos esclarecimentos. Quinta não teve capítulo porque tive uma consulta no médico. Ontem não teve porque a escola das minhas filhas antecipou o feriado do Dia do Professor, portando com crias em casa não tive como escrever. Agora as postagens retornam no ritmo normal. 

beijocas e boa leitura!

beijocas e boa leitura!

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Antes...

PEDRO

Sentado no banco de madeira que ficava posicionado bem em frente ao nosso jardim eu dividia minha atenção entre os votos de casamento e a velocidade com que Emi se embalava no balanço improvisado de pneu que eu havia instalado para ela um pouco mais cedo.

— Ei pai! — Ela gritou. — Olha pra mim!

— Estou vendo amor, mas não se embale com tanta força, você pode se machucar.

Ela sorriu exibindo a banguela, os dois dentes de cima a deixavam ainda mais com carinha de boneca travessa.

— Tô bem alto papai! — Exibiu-se pra mim cheia de felicidade.

Voltei novamente minha concentração para o caderno de partituras quase todo completo. Vanessa já tinha me perguntado algumas vezes o porquê de eu não largar o caderno de partituras nas últimas semanas. Eu usava como desculpa estar compondo, quando na verdade estava tentando passar para aquelas linhas nossos votos.

Tamborilei com a caneta sobre o papel e reli algumas vezes o que já havia escrito, eu queria que fosse perfeito.

— Tão concentrado. — Sinto os braços dela envolvendo-me em um abraço surpresa e eu logo fecho o caderno, mas ela percebe.

— O que está escrevendo aí? — Vanessa beija meu pescoço e eu viro a cabeça para que nossos lábios se encontrem em um beijo.

— Trabalho. — Minto. — E você como foi o ensaio?

Ela me solta, dá a volta no banco e senta em meu colo sorrindo.

— Cansativo. Preciso aperfeiçoar mais o Foutté.

Deixo o caderno de lado e coloco a mão sobre suas longas pernas.

— Sabia que você fica muito sexy quando começa a falar em francês?

Vanessa ri e eu aproveito para soltar o seu coque de modo que seus cabelos vermelhos caiam por seus ombros.

— Plié, Grand Battement, Jeté... — Ela me provoca fazendo biquinho enquanto fala.

Agarro sua nuca e sussurro ao seu ouvido.

— Se continuar vou levar você para o quarto. — Mordisco o lóbulo macio de sua orelha. — Aquele quarto.

Vanessa salta de meu colo e começa a executar com elegância alguns passos ali mesmo na minha frente.

— Não enquanto eu não souber o que tanto você escreve nesse caderno. — Me ameaçou.

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