Capítulo 169

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A água que tinha era um balde com um copo, fui pro canto e peguei o copo mergulhei ele no balde e me joguei, meu grito foi inevitável, a dor quando a água caiu nas queimaduras e as fraturas foi muito, ardia demais, tomei o banho terminando de pagar meus pecados, cada jogada de água era uma dor, chorei mais, as lágrimas caíam no meu rosto, me sequei uma toalha que o Cabunet trouxe, tinha uma calcinha e um blusa enrolado, vestir e sai dali, o Cabunet tava sentada olhando pro nada, assim me viu ele levantou
Maya: me deixa ir embora - falei me encostando na parede enquanto ele entrava no barraco, fui andando atrás dele
Cabunet: se eu fosse você ficava calada e colaborava, cada uma palavra que você não falar vai ser uma surra que você n vai tomar - ele falou me encarando
Maya: porquê eu to aqui? So me diz
Cabunet: você se envolveu com quem não devia - ele falou pegando uma mochila e abrindo
Maya: é por causa que me envolvir com o Trinta que to aqui? É isso? - falei olhando pra ele
Cabunet: ja te falei pra você ficar calada - falou jogando um lençol no chão - ai oh, fica com esse que ta limpo
Maya: obrigada - falei me abaixando, gemi de dor ao me abaixar, minha coluna tinha tomado muita pancada, puxei o outro lençol sujo e o Cabunet pegou da minha mão, abri o lençol que ele trouxe que era até um pouco mais grosso e me deitei
xxx: CABUNET? - escutei um grito vindo do lado de fora, pela voz era o Russo, meu coração doeu
Cabunet: TO AQUI - ele gritou guardando o lençol na mochila, o Russo entrou pela porta
Russo: qual foi moleque? Vai ficar me tirando - ele ja foi entrando e indo pra cima do Cabunet dando vários socos, o Cabunet empurrou ele
Cabunet: qual foi Russo, ta pirando? - ele falou o encarando
Russo: comida, água pra essa puta Cabunet? Ela tem que morrer no relento,  se fuder sozinha - ele me olhou e eu apenas fechei os olhos, ja sabia que a raiva que ele estava do Cabunet seria descontada em mim
Cabunet: você ta alterando caralho, ela vai morrer antes do Trinta aparecer e ai qual vai ser a isca? - ele falou quase gritando
Russo: essa puta vai morrer de qualquer jeito, o Trinta não vem e o Menor muito menos - ele deu uma risada que me apavorou - ouviu vagabunda? - ele andou até a mim - NINGUÉM VEM TE BUSCAR - ele riu
Maya: eles vão vir - falei com a voz trêmula, meus olhos ja estavam cheios de lágrimas
Cabunet: Russo! - ele gritou e o se virou pra ele - fez outro contato?
Russo: ja, chega ai - ele falou acentindo pro Cabunet sair e eles saíram e entrou dois homens armados, me encolhi e eles me olharam, um dos que estavam ali ja tinha me abusado e aquilo me doia  mais ainda, a cena de ser estrupada ta pesando e cada hora que um dos 4 que abusaram aparece a imagem clareia

  Trinta

Já tem três dias que a Mayara ta la e são três dias sem ter descanso e a correria louca pra fazer o esquema pra conseguir  pegar ela que tava tudo indo pelo certo e até amanha coloco em ação, a foto não saia da minha mente, as palavras do Cabunet muitos menos, so de imaginar outros caras tocando nela me da raiva, ódio, ódio de mim por ter sido babaca com ela, por não ter cuidado mais e dando toda atenção que ela tinha que ter e agora ela ta la, nas mãos de dois psicopatas Russo e o traira do Cabunet.

Já tava quase amanhecendo quando fui em casa tomar um banho e tirar um cochilo de uma hora pelo menos, to virado...fui pra casa que tava fazendo pra Mayara, estacionei a moto e fui entrando, subi direto pro banheiro pra tomar um banho, tirei as roupas pelo quarto e entrei no banheiro, tomei um banho demorado e a Mayara não saia da minha mente, o grito dela e a foto... respirei fundo e sai do box, enrolei a toalha na cintura, vestir qualquer roupa passei o desodorante e perfume, peguei  pistola, o celular e a chave da moto, chega de ficar aqui, sai doido de casa e desci o morro correndo, passei batido pelos moleques... tava na pista pra ir ficar na espreita no pé do morro do Russo, qualquer vacilo hoje eu pego aquele filho da puta e trago minha mulher pra casa, não muito longe pra chegar la e o celular começou a tocar pra caralho, ainda estava escuro, encostei a moto atrás de um carro próximo a entrada do morro do Russo, desliguei e fiquei observando, a escuridão me ajudava a nao chamar atenção e o celular vibrando pra caralho no bolso... fiquei ali duas horas sem nenhuma movimentação de carro, mas uma hora eles iam ter que vacilar, foi certo dois carros saíram do morro, vidro fumê pra caralho, liguei a moto e deixei o farol baixo, fui na fe atrás dos caras e os filho da puta dirigiram mais de uma hora, entraram numa estrada de terra que não tinha saída...conhecia o lugar ja vim aqui outra fita, não podia entra assim de cara porquê ia da na cara os caras não são otarios, esperei um tempo e entrei, fui com a moto até o final da estrada que dava no muro de uma fábrica, eles tinham entrado em alguma lugar e era onde eu tinha que achar, voltei até a pista e entrei denovo, fiz esse trajeto uma três vezes, não tava batendo, não tinha beco nenhum e nenhuma trilha...Não tava achando porra de nada, entrei pela estrada denovo olhando bem pra cada lado com  cautela e atenção redobrada, bingo, um ponto tava meio diferente, tava escuro mas com a atenção era mole notar,  parei a moto e fui nos matos, puxei um pouco e era a passagem tampada por eles, montei na moto e dei partida, fui seguindo com o farol desligado e me fudendo todo por causa dos buracos, de longe deu pra pra uma luz acessa,  levei a moto pra um lado mais distante pra seguir de pé

Mulher do Chefe 👑Onde histórias criam vida. Descubra agora