Acordei pela manhã com batidas suaves na minha janela do quarto. Estava escuro pelo blecaute, mas quando eu a abri, foi como uma granada de flash, o sol iluminava os céus e deixava o dia lindo. Mas, oque era mais lindo que toda paisagem, era a garota na minha janela, com um sorriso maravilhoso e radiante, um olhar com mais brilho que o sol e, uma presença belíssima, tanta, que supera o céu azul e sua imensidão, e com certeza, mais bela que a noite mais estrelada e suas nebulosas.
A garota tinha seus longos cabelos azulados, espalhados pelo vento, como rabiola presa no fio, mas, era tão lindo, lembrava um rios azulado que corre impulsionado pela cachoeira e pela queda.
"Não vai abrir?" ela colocou as mãos na cintura e me despertou dos meus pensamentos perdidos em tanta beleza.
"A-Ah, sim sim! Já to abrindo!" afirmei um tanto nervoso e abrindo a janela "Você sabe que está no segundo andar né?" falei para ela e estendi a mão.
"Sim, eu sei bem!" ela pulou no meu pescoço e me abraçou firme nos fazendo rolar pela cama até cairmos no chão. Ela caiu em cima de mim e deu risada, segurei firme sua cintura com minhas pernas, segurei seus braços e virei ficando por cima dela. Segurei suas pernas com as minhas e segurei seus braços abertos e olhei ela bem de perto nos olhos, tão perto, que podia sentir sua respiração, me aproximei fazendo ela ficar vermelha, desci um pouco e me inclinei beijando seu pescoço lhe causando arrepio e fazendo-a se contorcer "Sacanagem isso!" ela falou enquanto se contorcia, levantei e lhe olhei de novo "Apelão!" ela me julgou sorrindo.
"Check-mate" Sussurrei soltando suas mãos e sentando ao seu lado "Você pulou o muro?" olhei ela se sentando ao lado da cama.
"Sim, pulei! Por que?" ela me questionou como se fosse normal.
"O muro tem três metros, e você tem um metro e cinquenta e quatro!" ergui uma mão alta representando o muro e uma bem menor representando ela.
"Dei meu jeito!" ela rio "Precisava fazer uma surpresa para um amigo!" ela se levantou e foi até a janela e se virou para mim se apoiando de costas na janela "Mas então, gostou da surpresa?" ela riu mais um pouco
"Uma surpresa dessas? Queria todos os dias!" falei me aproximando mais dela, porém, sem perder meu tom frio. Mesmo assim, ela mudou sua expressão sorridente para uma de envergonhada, ela ficou vermelha e olhou para o lado.
"S-Sério?" ela gaguejou ainda sem me olhar, atrás de mim eu escondia um travesseiro e bati com ele nela, da mesma forma que eu faço com meu despertador, isso fez a garota levar um leve susto.
"Não. Você me acordou, e eu odeio que me acordem!" meu despertador começou, então eu lhe ataquei o travesseiro fazendo os dois pararem no chão e o despertador parar de tocar. Olhei para Nakimi "Antes do, meu despertador ainda por cima!" ela colocou a mão na bochecha e sussurrou:
"Doeu..." foi bem baixo mas eu consegui ouvir, mesmo assim ela repetiu, mas dessa vez, alto e chorando "Doeu!" ela se jogou na cama e ficou chorando. Eu respirei fundo, peguei minha roupa e fui trocar de roupa no banheiro. Quando saí, ela estava na frente da porta "Você me abandonou naquele quarto, sozinha!"
"Você queria vir trocar de roupa comigo?" ergui uma das sobrancelhas.
"N-Não, baka!" ela desviou o olhar corando novamente "Mas me deixou sozinha chorando e saiu sem avisar!" ela praticamente batia o pé para falar comigo.
"Foi só um travesseiro, dramática!" Fui andando para a cozinha "Eu não ia perder tempo com seus dramas e chegar atrasado na escola!" comecei a arrumar a mesa e ela não parava de me seguir "Na próxima me lembra de te dar um soco!"
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A Solidão! (Concluída)
RandomVolume 1- Ikki, um garoto jovem, magro, quieto. Com problemas em casa e na escola, o garoto não vê outra solução se não se fechar do mundo e usar roupas largas para esconder as marcas em seu corpo. Sem coragem para tirar a própria vida, ele vive po...