Ana pediu um Uber do próprio celular e em cerca de vinte minutos estávamos na entrada do nosso prédio, durante todo o caminho (por mais curto que tenha sido) Ana Clara foi só risos e não soltou minha mão um minuto sequer, não sei se ela tinha medo de que eu fosse sair correndo a qualquer momento ou algo assim. Eu não sairia dali nem que o maior dos raios atingisse nossas cabeças.
- mi casa es su casa - falou abrindo a porta do apartamento e dando passagem pra eu entrar
- gracias señorita
- oh I love you when you call me señorita... I wish I can pretend I didn't need ya - cantarolou e me girando junto com ela
- olha ela toda trabalhada no shawmilinha
- CREDO MENINA! Se tem um casal que não existe e eu shippo esse casal é Camilla cabello e lauren Jauregui, é assim que fala o nome delas, né? - acenei com a cabeça
- tu tá parecendo minha irmã falando assim - ri
- e espero que só esteja parecendo nesse aspecto mesmo porque as minhas intenções com você não são nem um pouco fraternais - falou se aproximando e me puxando pra si pela jaqueta jeans que eu usava
- ah, é? - sem dar tempo pra Ana explicar a empurrei pro balcão ali próximo ao mesmo tempo em que desci os beijos pro seu pescoço - é esse tipo de intenção que você tem comigo Ana?
- a..aham! - meus lábios passeavam pelo seu colo e vez ou outra voltavam pra sua boca de um jeito bem mais agressivo do que os outros beijos que demos durante a noite. Coloquei Ana Clara sentada no balcão e me encaixei no meio de suas pernas aprofundando a sequência de beijos enquanto ela puxava meu couro cabeludo - vi-itória...
- hm - falei lhe dando um selinho
- tem alguma coisa vibrando na minha perna e eu tenho quase certeza de que é teu celular
- Puta merda, logo agora, sério? - encostei minha cabeça em seu pescoço respirando fundo, eu não podia ter largado esse telefone em qualquer canto e fingido que ele não existe?
- olha logo, pode ser importante - Ana Clara falou soltando meu pescoço, tirei o celular do bolso pra checar e havia 5 ligações e uma porrada de mensagens de Ana Beatriz
- é aninha, ela tá preocupada se eu ainda tô viva e quer saber se eu vou dormir em casa eu esqueci a chave e ela já vai deitar
- e tu vai dormir em casa?
- tu quer que eu durma aqui, é?
- se tu quiser...
- pois eu não tava pensando em dormir tão cedo - falei lhe dando um beijo
- então responda a menina logo e jogue esse celular longe por favor... - falou manhosa
- prontinho, tá avisada - falei depois de digitar uma mensagem pra minha irmã dizendo que não voltava pra casa hoje e falando pra ela se cuidar
- vi, tu não tá com fome não? - a olhei com o sorriso mais sacana que conseguia ter - não essa fome - Ana Clara me deu um tapinha da leve no braço
- agora que tu falou acho que tô, tu quer que eu prepare algo?
- não, baby. Vamo pedir comida que é mais rápido e dá menos trabalho - dei de ombros - pizza?
- a gente não comeu pizza ontem?
- e tem isso? Todo dia é dia de pizza e de coxinha também, amém
- tá bem, tu pede ou eu peço?
- eu peço, só me tira daqui de cima pra eu procurar meu celular - gargalhei - tá rindo de que vitória?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Bem-me-leve
RomanceUma história sobre o amor, em sua face mais leve Vitória é uma jornalista recém formada que ama o que faz, Ana trabalha numa empresa de logística embora seu sonho de infância é ser artista, elas têm suas histórias cruzadas desde antes de se darem co...