te faço um cafuné

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- Como assim um gato, vitória?

- tu não gosta, não?

- gosto! mas não pensei que você fosse capaz de cuidar de alguma coisa que não fossem plantas de plástico

- hahaha, muito engraçada você Naclara! Pra sua informação eu sou uma ótima mãe de pet, as plantas que não se adaptaram a mim

- vitória, eram cactos! Quem mata cactos???

- é que eu esqueci de molhar, poxa não foi culpa minha eu cuidava com todo carinho...

- e se tu esquecer de dar comida pro gato?

- ele não vai me deixar esquecer, gato fala, planta não - ri da frase com sentido esquisito

- e tu já sabe com quem vai arrumar um filhotinho?

- sei não, tu conhece alguém?

- não, mas nada que uma fuçada básica no Instagram não resolva, quer ajuda?

- oxe, demorou

Com apenas alguns cliques encontramos um perfil de protetores animais doando gatinhos, vitória entrou em contato e marcou de ir fazer uma visita no meio da semana, eu tentaria ir com ela se estivesse de folga o que era pouco provável

- vi, a gente ainda vai jantar fora? - perguntei me aninhando mais a seu corpo

- se tu quiser eu quero - falou me fazendo cafuné

- é que tá tão gostosinho aqui...

- ah então a gente pode pedir comida e continuar grudadinhas - me apertou e me deu um selinho

- pensando bem... uma parte de mim adoraria ficar abraçadinha em você a noite toda mas tô te devendo esse date faz tempo e não posso mais acumular dívidas com você

- oxe e os milhões de beijo que tu ainda me deve? - falou sério

- esses eu faço questão de que tu cobre com juros tão altos que eu nunca consiga pagar - a beijei sem pressa e com leveza, meus lábios faziam carinho nos dela de um jeito tão sutil que me causava leves cócegas

- do que cê tá rindo, Ninha?

- é que te beijar me deu cócegas - ri

- depois eu que não tenho juízo - me deixou um beijo no pescoço - então vamo se aprumar pra não ficar tarde? - beijou minha clavícula

- se você continuar me beijando assim eu vou desistir do jantar e de todos os compromissos nos próximos dias - falei já arrepiada com as sensações que os beijos nesses lugares me causavam.

- pois eu adoraria - Vitória parou de me beijar e só me abraçou apertado colando nossos corpos

- Ana - falou sério

- Vitória (?) - respondi e ela continuou me olhando por uns bons segundos - tá começando a me assustar, que foi meu dente tá sujo?

- não! É só pra eu guardar esse momento no meu painel de coisas boas aqui - apontou pra própria cabeça

- tu é uma figura - ri sem jeito - vai se arrumar aqui?

- vou não, vou correndo em casa e volto antes que você perceba - falou se levantando e vestindo a roupa - não demoro, tá? - me deu um selinho e saiu de meu quarto em direção ao próprio apartamento me deixando com cara de bestalhada olhando pro teto

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- veja se essa calça tá boa com essa blusinha

Bem-me-leveOnde histórias criam vida. Descubra agora