seven

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Ash.

Ele deu em cima de mim e depois pediu desculpas. Depois sou eu que namoro! Tenho certeza que ele tem algo com aquela... qual é o nome dela mesmo?

—Madison Beer.— Ele disse.

—Isso. Madison Beer. Ele teve um remember com a ex bem na minha frente e...— Austin me interrompeu

—Olha, dá pra ver um dos cômodos da casa dos Jacks's aqui da sua janela.— Dei uma gargalhada e fui até a janela

—Seu doente.— Continuei rindo e comecei a olhar para a casa.

—Eu sou doente e você veio examinar, não é?— ele riu, olhou para janela e arregalou os olhos.— Eita porra.

—O que foi?— Eu perguntei já que não estava enxergando nada, já que eu estava sem óculos.

—Ten alguém transando ali!— Eu corri para pegar o óculos que estava em cima da minha escrivaninha e voltei. Forcei os olhos e comecei a enxergar.

—Acho que acabou.— Ele disse olhando para mim. O homem na janela colocou uma cueca e foi até a janela fechar as cortinas e aí eu vi o rosto dele.

—Meu Deus, é o Gilinsky!— Eu disse rindo mas de boca aberta.— Aquela mina ali é...

—É a Madison.— ele disse como se não fosse novidade. Olhei para ele confusa— O que? Eu não contei? Já dormimos juntos.— Ele disse e voei para a cama largando meu óculos pelo chão.

—Que ótimo. Agora eu estou com ciúmes de você e do Gilinsky.— Eu cocei a testa e me toquei no que eu tinha acabado de dizer. Olhei para Austin e ele estava sorrindo

—Você me ama demais, sabia?— ele se jogou na cama.— Fica tranquila, eu chamo ela agora pra saber.— Ele disse pegando seu celular.

—Serio?— Eu perguntei pra ele com a mão no peito.

—Sim. Olha, já enviei.— ele me disse me mostrando o celular. Eu o abracei. Nós nos tratávamos como irmãos, de dormir na mesma cama até trocar de roupa na frente um do outro.— To descendo na cozinha.— ele largou o telefone e desceu as escadas. Mas seu telefone tocou no mesmo instante. Olhei para ver o que era e era uma mensagem da Madison.

Madison: eu namorando? Acho que você tá me confundindo, Miller hahahhahahaha
Madison: inclusive, saudades, posso passar na sua casa?

Comecei a rir de nervoso, peguei o celular dele e desci as escadas correndo.

—Ô Austin, olha isso aí.— Comecei a rir entregando o celular. Ele arregalou os olhos.

—Eu que não vou falar não.— Ele pegou o celular correndo e eu o olhei rindo

—E você pretende fazer isso aonde? Porque sua família inteira está na sua casa.— eu perguntei e ele olhou bem pra mim. Deu uma olhada na casa e eu saquei a ideia dele.— Nem fodendo! Miller pelo amor de Deus, ela acabou de foder com outro cara!— Ele começou a rir e subiu lá pra cima, batendo palma.— ô Austin! E onde eu vou dormir?— eu perguntei olhando pra cima, já que minha casa nem sofá tinha ainda

—Sei lá, faz seus corre. Eu só sei que hoje tem, cachorro.— Ele disse rindo. Cínico.

Deitei no banco que tinha entre minha casa e a casa dos Jacks, que, na verdade, estava mais longe da minha casa do que da deles. Levei um lençol para forrar, dois travesseiros e um edredom para me cobrir. Já eram três e meia da manhã quando vi Madison chegar. A festa já havia acabado então, pelo menos o barulho não seria mais um problema. Amanhã seria uma reunião e tanto.

Um pouco antes de eu dormir, começou a garoar. Eu estava molhada, mas não liguei, me cobri completamente e com a grossura do edredom eu nem percebia as gotas de água caindo. quando eu estava quase pegando no sono, escutei alguém gritando meu nome.

—Ashley?— olhei para trás sonolenta, era meu vizinho, Johnson.— O que você está fazendo aqui fora? Não consegue entrar em casa?— Eu levantei minha mão, tirando apenas ela de dentro da coberta e balancei meu dedo, negando.— Cruzes. Vem, entra aqui.— Me levantei pegando minhas coisas e colocando na sacola que eu havia trazido. Ele me colocou dentro de sua casa que, por sinal, estava muito suja. No sofá estavam Nate e Gilinsky. Johnson fechou a porta atrás de mim e olhei para ele, que dei um sorriso de orelha a orelha.— Achei essa moça largada no banco da rua, podemos ficar com ela, podemos? Por favor!— Ele fez cara de pidão e eu ri.— Ela não pode entrar em casa e eu convidei ela pra dormir aqui.— Gilinsky acenou com a cabeça e sorriu, se levantando. Fiquei sem graça, com o que já havia acontecido na sua festa. Uns minutos depois eu deitei no sofá e torci pera nada de mal acontecer. Mas, sinceramente, eu não achava que podia.

Na manhã seguinte eu acordei com meu despertador, a cozinha já estava cheia. Esses amigos deles não tinha casa?

—Bom dia, vizinha.— Gilinsky disse sorrindo. Eu dei um sorriso e comecei a arrumar minhas coisas.— Dormiu bem?— Eu acenei com a cabeça.— Então, vai nos contar porque não pode dormir em casa hoje?— eu parei de fazer aquilo para dar atenção à eles, eu estava morrendo de sono.

—Meu suposto "namorado" usou minha cama pra transar.— Eu disse e eles ficaram boquiabertos. Comecei a rir.

—Suposto?— Perguntou o tatuado, o Nate.

—A gente não namora. E eu não tenho sofá, então...— Eu disse e eles começaram a rir, mas Gilinsky não. Ele mordeu seu lábio inferior e começamos a se olhar.

—Me passa seu telefone para da próxima vez que você precisar de um teto sobre sua cabeça.— Johnson disse rindo e eu respondi com um "claro", quase que ironicamente— Ele olhou para Gilinsky sorrindo.— Anota aí, G.

Eu disse meu telefone, terminei de arrumar minhas coisas, me despedi deles e fui até a minha casa. No mesmo instante que peguei meu celular para perguntar ao Austin, Madison saiu e deu de cara comigo. Olhei para trás e Gilinsky estava ali, boquiaberto.

—Você esqueceu seu travesseiro, vizinha.— Ele disse me entregando o mesmo sem olhar para mim, apenas para Madison, que estava com os olhos arregalados.— Seu suposto namorado ainda está transando, Ashley?— Ele me perguntou sem me olhar. Eu havia gelado. E, para minha salvação, Austin saiu da minha casa, sorrindo.

—Não, não estou.— ele disse se apoiando na porta. Ele estava mascando um chiclete e olhou para Gilinsky.— Acho que nós dois caímos direitinho.— Madison saiu batendo o pé e Gilinsky socou a primeira parede que viu. No caso, a da minha casa

—Bom...— eu bati no ombro do Austin— Eu preciso me arrumar. Tchau para vocês. Obrigada de novo, Gilinsky.

Neighbor | Jack GilinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora