twenty six

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Ash.

Você está com ciúme!— Eu disse batendo em seu ombro, ele tirou o cinto de segurança e olhou pra mim rindo, enquanto eu tirava o meu.

—Eu não estou com ciúme! Só acho que ele é muito chato. É isso.— Ele disse e respirou fundo, ele estava com a cara fechada.— Ok, talvez eu esteja com ciúme.— Ele disse e olhou para mim, eu mordi meu lábio.

—Eu não ligo muito pra isso.— Eu deitei meu banco, apenas puxando onde o manuseia.— Você fica super sexy com essa cara de bravo.— Puxei seu pescoço até eu deitar no banco, e o mesmo vir para cima de mim. Ele começou a distribuir beijos no meu pescoço enquanto distanciava minhas pernas, para que sua cintura coubesse ali. Sua bermuda era de um tecido mais transparente, e eu estava de saia, o que me fez sorrir ao sentir aquele toque.

—Ashley, quando você tá na vontade, qualquer feição minha é sexy pra você.— Ele disse me olhando nos olhos e eu dei risada. colocou as mãos na minha cintura e apertou-a— Mas você tem uma música para gravar, gatinha.

—Não lembro da minha carreira quando você me olha assim.— Eu disse e mordi o lábio. Ele deu risada, me deu um beijo na testa e voltou para seu banco.

—Você anda muito esquecida. Mas, vamos, você vai me agradecer depois.— Ele pegou seu telefone e carregador e sorriu pra mim. Peguei o meu que estava em baixo da minha perna e olhei para ele emburrada

—Nunca vi um participante da Foda sendo um empata foda.— Eu disse abrindo a porta do carro e ele viu.

Entrei na sala de gravação sozinha, já que Jack decidiu ir ao banheiro, logo avistei Ivan, que estava sentado conversando com meu empresário.

—Ash! Até que enfim! Estava esperando ansiosamente...— Ele se levantou pegou minha mão e beijou-a, e olhando nos meus olhos continou—... por você... Você está linda.

Minhas bochechas coraram, ele estava com segundas intenções naquelas palavras ou eu não sei ler as entre linhas? Fala sério, que péssimo momento pra isso. Eu hesitei em cochichar um "obrigada", com um ar tímido. Escutei alguém coçar a garganta e olhei para trás e Jack estava ali, eu nem ouvi ele abrir a porta. Acordei do meu transe e fui ao encontro de G, abracei-o de lado e coloquei uma de minhas mãos em seu peito. Ele deu um sorriso e pareceu mais confortável.

—Ah, Ivan, este é Jack, meu...— Eu olhei para ele com um olhar de dúvida. Afinal, o que nós éramos, exatamente?— Meu amigo.— Jack fechou a cara no mesmo instante. Parabéns Ashley. Mas, eu não tinha culpa. Ou tinha? Ele conheceu minha família, mas acabamos de nos conhecer. Será que estávamos indo rápido demais? Ou só não estávamos prestando atenção no que estava acontecendo? Ok, eu preciso me acalmar.

—Eu conheço você, admiro muito seu trabalho.— Ivan disse com um grande sorriso e indo em direção ao Jack. Ivan estendeu sua mão para um aperto mas Jack G só o encarava sério. Ele não podia estar fazendo isso.

—Obrigada.— Jack disse a ele sem mover um músculo, olhou para mim, respirou fundo e começou a falar em um tom cansado.— Bom, se vocês me permitem...— Ele disse e saiu devagar em direção a porta.

—Não. Gilinsky, espera.— Quando me virei para ir atrás dele, o mesmo fechou a porta na minha cara. Encarei a porta por alguns segundos. Será que ele foi realmente embora?

    Mas, eu não podia deixar o Jack atrapalhar meu trabalho. Eu tinha um sonho. Eu tenho um sonho. É nada pode interfiro-lo. Nem ninguém. Mas, por mais que eu tentasse dar tudo de mim naquela gravação, eu não consegui. Foram quatro longas horas. E eu só conseguia pensar no Jack. E se eu realmente sentia algo por ele.

—Foi uma honra trabalhar com você, Ashley.— Ivan disse enquanto eu pegava meu blaser.

—Eu digo o mesmo. Você mandou bem.— Eu disse colocando-o.

—Obrigada... então, você mora em Los Angeles?— Eu suspirei e assenti, sabendo aonde aquilo daria.— Bom, nós poderíamos sair pra jantar qualquer dia desses, o que você acha?— Eu respirei fundo.

—Olha, Ivan, você é muito educado, bonito... mas, não, obrigada.

—Nossa, e qual era sua intenção quando pediu pra fazermos uma música juntos?— Ele perguntou e eu fiquei incrédula.— Olha, desculpa, mas se você quiser que isso realmente aconteça, a gente precisa fazer alguma coisa.

—Olha, quer saber? Eu não preciso disso. Não use está música, simples.— Eu estava quase chorando. Mas eu não podia me vender. Eu quero ser reconhecida pelo meu talento, não porque um cara qualquer me levou pra cama.

—Nossa...— Ele olhou pro meu empresário q estava vermelho feito um tomate.— Você tem certeza disso?

—Sim, Ivan. Eu estou cansada de homens como você.

     Dei minhas costas para ele e bati a porta com força. Lágrimas desciam pelo meu rosto. Que humilhação. Desci as escadas e percebi que estava chovendo muito. E o carro de Gilinsky não estava ali. Ótimo. Peguei meu celular e me surpreendi: 1%. Ótimo. Esse dia não podia piorar. Para onde eu iria ir? Sai da gravadora. A água da chuva incomodava meus olhos, que estavam cheios de maquiagem. Olhei para meu lado direito. Havia um ponto de ônibus perto, há uns 100 metros. Comecei a caminhar até ele.

     Olhei para trás e havia um carro atrás de mim, que estava com ligado e os faróis estação quase me cegando. Ele parou e eu continuei andando em frente. A chuva estava muito forte e já estava tarde, e a rua da gravadora era escura. A porta do carro se abriu e Gilinsky saiu de dentro do mesmo. 

--Entra no carro, Ash!-- Olhei para frente e continuei andando. Eu estava encharcada, eu sentia a água escorregar em todas as partes que estavam descobertas do meu corpo. O vento forte me causava arrepios.-- Ashley!

--O que foi, Gilinsky? Eu não quero falar com você!-- Eu disse e parei no meio da rua, ele começou a andar em minha direção.

--Me perdoa. Eu não sei o que deu em mim.-- Ele começou a falar mais alto, a chuva estava cada vez mais forte, cada vez mais barulhenta. Eu apenas fiquei em silêncio. Ele se aproximou, colocando as suas mãos em meus braços.-- Vamos, entre no carro.

Neighbor | Jack GilinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora