eleven

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Ash.

     Jessie estava passando a manhã comigo. Fomos ao mercado comprar bebida, enrolamos mais um pouco lá, já que encontramos um menino que ela achou a coisa mais linda. Inclusive, ele era meramente familiar para mim. Ele sorriu para ela e ela caiu "acidentalmente" em cima dele. Eles ficaram conversando no setor de carnes, já haviam trocado números de telefone. Até que meu celular tocou. Era Gilinsky, eu atendi

Oi, Gilinsky, tudo bem?— ele respirou fundo

—Olha, se eu fosse você eu vinha correndo pra sua casa.

—O que? O que aconteceu?

—Acho que você deixou uma panela no fogo. A fumaça estava tão grande que chegou à janela do meu quarto. Bom, não é tão grande a distância entre as nossas janelas.

—Eu to correndo aí agora.— eu disse e desliguei o telefone.— Pelo amor de Deus, Jess, corre!— Eu deixei o carrinho de compras no caixa e sai correndo, ela veio atrás de mim sem entender nada. Corri dois quarteirões em quarenta segundos, virei a rua e cheguei à minha casa. Comecei a pensar no pior. Lembrei do Batman. Quase comecei a chorar. Havia um carro de bombeiros ali. Olhei o primeiro funcionário a minha frente e cutuquei ele.— Olha, eu moro aqui. Está pegando fogo? O que aconteceu?

—Você é a vizinha do Gilinsky, então.— Ele disse e eu concordei com a cabeça.— Bom, você teve sorte. A única coisa que queimou foi um pano de prato, e você perdeu uma das bocas do fogão.— Ele disse e eu suspirei.— Gilinky entrou aqui e tirou o seu cachorro de dentro, enquanto Johnson ligou pra gente e ligou os ventiladores e o resto das janelas.— Coloquei a mão no meu peito. Que amável. Que alívio.

—Ashley?— Olhei para trás e lá estava Johnson e Gilinsky. J estava com Batman. Corri até eles e dei um abraço nos dois e peguei ele no colo.

—Obrigada. Sério mesmo.— Eu disse saindo do abraço.

—Foi o Gilinsky que fez tudo. Eu fiquei em estado de choque o tempo inteiro.— Johnson disse. Claro que eu sabia que poderia ser mentira. Pra Gilinsky ganhar uns pontinhos comigo.— Eles disseram que você precisa esperar duas horas e meia pra entrar de novo.

—Tudo bem. Eu to de folga hoje.— Eu disse e olhei para ele. Ele estava sujo.— ô mãe, to precisando de um banho.— Eu disse deixando minha voz aguda, me dirigindo ao Batman. Jessica chegou e os cumprimentou. Ela os conhecia?

—Amiga, depois a gente se vê.— ela disse me meu ouvido e saiu sem eu poder responder

—Bom, falando nisso... a gente vai dar uma Pool Party hoje lá em casa. Começa em uma hora. E, acho que você não tem mais o que fazer agora.— Gilinsky disse e eu ri. Eu parecia tão entediante assim?

—Ei! Eu sou uma pessoa super ocupada, ok?— Eu disse rindo.— Na verdade preciso até ver na minha agenda.— Fiquei uns segundos em silêncio.— Ok, eu tenho umas horinhas vagas. Mas, olha, eu não tenho biquíni.

—Tudo bem. Acho que...— Johnson começou a me examinar, levantou meu braço, apreciou minha barriga, observou minhas pernas, eu estava rindo, ele estava fazendo graça, mas Gilinsky não gostou muito e deu um tapa no braço dele— Aí! Eu só ia dizer que algum biquíni da Manu deve servir nela, eu, hein!

—Bom, eu levo você até o quarto dela.— Gilinsky disse.

Sua casa era enorme, ele me levou até um quarto, que era todo em tons rose, era aparentemente feminino, já que tinha uma penteadeira e uma mesa de estudos extremamente organizada, com várias canetas e marca-textos.

—Então...— Eu me sentei na cama enquanto ele foi em direção do guarda-roupa.— Quem é Manu?— Eu perguntei e ele começou a vasculhar as dezenas de gavetas que haviam ali

—É a prima do Johnson. Ela e as duas melhores amigas moram aqui. Sabe como é, grupo de três, primeiro ano da faculdade... nunca param em casa.— Eu bufei.— Olha, esse aqui ficaria legal em você.— Ele estendeu algo minúsculo, que só esconderia o básico. Olhei para ele seriamente e ele começou a rir.— Desculpa, só quis fazer graça.— Ele continuou rindo— Aqui olha, acho que esse fica bom.— Ele levantou um biquíni roxo com alguns detalhes lilás e branco. Achei lindo. Ele ficou do lado de fora do quarto e eu o coloquei. Abri a porta e ele me olhou sorrindo.

—Eu achei meio curto aqui atrás...— Eu disse arrumando a parte inferior do biquíni— E isso aqui não tá cobrindo muita coisa.— eu disse arrumando a parte da frente. Bufei.— Pra que entrar? Vai, vou ficar com minha roupa normal mesmo e...— Eu virei de costas para devolver o biquíni no lugar e ele me puxou pelo braço

—Você tá linda. E, está fazendo 36°, você vai morrer de arrependimento se não entrar.— Ele disse olhando nos meus olhos. Me aproximei mais dele. Ele soltou meu braço, com vergonha. Cruzei os braços e saímos do quarto, começamos a caminhar pelo longo corredor de sua casa. Cruzei os braços, ninguém havia chegado e provavelmente só eu estaria semi-nua ali.— Olha, toma isso...— olhei por lado e ele estava tirando sua regata.

—Meu Deus.— eu disse espantada, sem tirar os olhos de sua barriga. Ele riu ao ver a direção dos meus olhos. Olhei para ele novamente e ele estava me entregando a regata. Eu coloquei e dei um sorriso.— Obrigada.

Fiquei meio deslocada na festa. Fazia uma hora que ela havia começado. Conversei muito com Johnson, trocamos telefone, nos seguimos no instagram. Também socializei com Nash e Nate, que ficaram me perguntando de Nova York, se eu me arrependi, se eu sentia saudades. Mas, nossa conversa acabou quando Austin chegou. Eu nem sabia que eles eram amigos. Ou melhor, em que momento eles viraram amigos? Ele chegou na roda de conversa junto com Gilinsky e Hayes.

—Tá, e quando vocês viraram amigos?— eu perguntei para ele

—Sabe quando a Madison pegou nós dois na mesma noite? Então, no ano passado aconteceu a mesma coisa. Só que ao contrário. Eu fui o primeiro. Achamos engraçado.— Ele completou e eu comecei a rir alto, junto com Nate

—Bom, pelo menos vocês assumiram o chifre.— Maloley disse rindo alto comigo. Hayes começou a rir e Nash logo em seguida

—Muito engraçado, gente.— Gilinsky disse cruzando os braços e se jogando na cadeira. Comecei a rir mais ainda e a apontar para Austin, que começou a rir da minha cara

—Palhaça!— Ele disse rindo e me abraçou de lado.— porque não nos respondeu no grupo?— Ele perguntou baixo, os outros meninos começaram a conversar entre si.

—Meu carregador está em casa e eu só posso pegar em...— Olhei parra meu relógio e eram 14:45– Meia hora.— eu dei um sorriso sem mostrar os dentes. Ele me olhou confuso.— Minha casa quase pegou fogo.— Eu disse normalmente e ele arregalou os olhos. Ri de sua expressão.— tudo bem, eu só perdi um pano de prato e uma boca do fogão.— Ele riu da minha cara.

—Ei!— O Johnson apontou para gente.— Vamos brincar de verdade ou desafio?— ele perguntou e eu ri

—Tudo bem, adolescente de 14 anos.— Disse Miller rindo. Todos nós demos risada e Johnson mostrou o dedo do meio para ele, mas segurando a risada.

—Ei, coloquem mais uma menina aí.— Eu disse com vergonha, por ser a única menina dali.

—Pode ser a gente?— olhei para trás e Jessie estava com Jade e mais uma menina que eu nunca havia visto.— Essa aqui é a Manu.— ela disse levantando sua mão e olhando para mim e Austin.— podemos ficar com ela, podemos?— eu dei uma risada.

—Bom, acho que vai ser legal.— Disse Gilinsky ajeitando sua postura.

—Bom, vamos começar.— Nate abriu o celular, colocou no aplicativo de verdade ou desafio e deixou em cima da mesa de centro.

Neighbor | Jack GilinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora