twelve

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Gilinsky.

As regras eram claras: o jogo rodava e se a pessoa e escolhesse verdade, quem perguntava tinha que inventar uma pergunta, mas se a pessoa escolhe desafio, quem pergunta escolhe o nível dele: 1, 2 e (Que era, mais ou menos, assim: 1= uma coisa boba, 2= ou fazer algo muito nojento, ou muito esquisito, 3= beijo na boca ou algo tarado, para ser um clássico) 3, e o próprio jogo decidiria a pergunta. Nós colocamos nossos nomes no aplicativo e demos enter para começar a jogar. O celular rodou pela primeira vez e Manu teria que perguntar para Jessie.

—Eu escolho verdade.— ela disse a fitando

—Se isso aqui estivesse pegando fogo, quem você salvaria?— Manu perguntou

—Essa é das minhas!— Austin disse e brindou com Manu, que estava rindo. Olhei para Johnson e percebi que ele estava com um pouco de ciúmes.

—Eu acho que... Ah, meus amigos não, eles são chatos. Sei lá, o Sammy.— Eu comecei a rir, lembrando que o Sammy havia nos falando da garota que deu em cima dele no meio do mercado. O Nate clicou de novo e o nome de Ashley apareceu na tela, seguido do meu. Eu gelei.

—Desafio.— ela disse e me surpreendi no mesmo instante. Pegou o celular da mesa e cliquei na direção do nível 3, rindo.— Não seja tão malvado.— Ela disse e eu a olhei rindo, olhei para a tela e arregalei os olhos. Senti minha bochecha queimar, dei uma risada pequena e peguei o celular mostrando para ela.— "Ash, fique sentada no colo de...— Ela deu uma pausa e engoliu seco— Gilinsky por cinco rodadas."— Todos riram e ela ficou amarela. Ela se levantou e sentou em mim sem falar nada. Olhei pra ela desacreditado. Me ajeitei e engoli seco.

—Ela é sempre louca assim, vocês que não estão acostumados.— Austin disse e deu um gole, todos riram

     Três rodadas  se passaram e agora o desafio era Manu ficar trancada no banheiro da piscina com o Austin. O jogo dizia que eles deviam ficar ali por 5 minutos, e eles não saíram de lá no tempo. Ashley estava inquieta e não parava de se mexer. Eu fiquei nervoso e com vergonha, não queria parecer um tarado.

—Pelo amor de Deus, Ashley.— eu disse rindo e tampando os olhos com os dedos.— Aí Deus, me fala que isso não tá acontecendo.— eu disse ainda rindo e os outros começaram a nos olhar. Ela se virou ficando de lado para mim e eu ri mais um pouco.— Não faz isso comigo não.— Eu completei e ela começou a rir. Abraçou meu pescoço e dei um beijo em sua testa. Eu acho que ela havia bebido mais do que devia

—Olha ali, eles estão saindo!— ela disse apontando. Austin estava sorrindo e secando os lábios. Ela riu de sua cara— Camisa 10, hein? Eu que ensinei!— eles sentaram e começamos a rir, já que eles ficaram dez minutos a mais do que deveriam.

—Ashley você bebeu demais.— Eu disse rindo, e ela também.— Eu acho melhor você ir tomar um banho.— eu disse e Austin concordou. Ele parecia ter um carinho imenso por ela.

—Leva ela pra casa. E, se você não trancar ela dentro do Box ela não toma banho não, tá?— Austin disse e eu assenti sorrindo. Levantei ela e fomos andando em direção ao portão.— Só não seja pervertido, se não eu arranco seu pênis!— Outro bebaço. Eu dei risada.

     Eu estava segurando a cortina e ela estava tomando banho, ela entrou de biquíni, e ele tinha razão, ela só toma banho se não tem outra alternativa.

—Terminei.— Ela gritou e o barulho de chuveiro acabou

—De verdade? Lavou bem o cabelo?— Eu perguntei e ouvi o som da risada dela.

—O cabelo eu esqueci, mamãe!— Ela gritou ironicamente. Eu sorri.— Me joga a toalha.— Entreguei a toalha para ela e soltei a cortina. Eu me sentei na pia e ela desceu da banheira, esbarrou na privada, caiu e a toalha foi junto. Eu era realmente sortudo. Tampei os olhos e ela começou a gargalhar. Fiquei mexendo a mão no ar procurando a mão dela, achei e a levantei.— Fica tranquilo, eu já te vi de cueca uma vez.— eu dei risada

—Já?-- ela colocou a toalha novamente e se levantou

--Vem cá. --Ela puxou meu braço, passamos a sala e subimos as escadas. Ela me deixou de frente para uma janela, me sentou e apontou. Dava para um dos quartos. Comecei a rir.

—Eu já mudei de quarto, sua psicopata.— eu disse rindo e ela deu de ombros.— Vai se trocar, eu vou esperar lá no sofá. Me levantei, peguei meu celular que estava me sua cama e fui em direção às escadas.

—Ei, Gilinsky.— Ela me chamou e eu me virei.— Obrigada. Por tudo.— ela disse sorrindo sem mostrar os dentes. Eu sorri para ela.

—Não precisa agradecer. Eu estarei sempre a disposição.— mordi meu lábio inferior, desci as escadas e me joguei no sofá antes de terminar os degraus, já que a escada era que dividia a cozinha e sala de jantar da sala de estar. A casa estava mais para um apartamento estúdio, o segundo andar só dava para seu quarto e um pequeno closet, não havia paredes e havia uma cerca que dava pra ver a sala e a porta de entrada. A casa era pequena, mas o quintal era enorme. A casa ainda estava com um cheiro não muito agradável, eu abri as janelas e as portas. Ela desceu as escadas e ligou a TV. Abriu na Netflix e me deu o controle.— Quer assistir o que?— Ela deu de ombros. Ficamos alguns segundos em silêncio, ela estava tão bem agora a pouco, o que será que aconteceu? Tentei puxar assunto.— Você é daqui mesmo?

—Sim. Sou de São Francisco. Mas eu fiz o último ano e a faculdade em Nova Iorque, onde minha mãe mora. Voltei aqui porque, sei lá, a vida perdeu o sentido lá. Eu não fazia o que eu gostava.— Eu olhei bem para ela.— Enfim, mas talvez eu tenha de voltar a qualquer momento. Meu irmão está doente.— ela respirou fundo e murmurou.— Minha cabeça parece que vai explodir.— Ela deu uma risada. Ela parecia já estar um pouco melhor. Clicou na primeira coisa que viu e encostou a cabeça no meu ombro. Eu sorri.— Eu vou tirar uma...— ela deu um bocejo— soneca.

Neighbor | Jack GilinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora