Fourteen

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Ash.

Eu estava no carro de Gilinsky, ele havia acabado de me contar como conheceu os meninos.

—e você? Como conheceu eles?— Gilinsky me olhou por um instante e voltou a olhar a rua rapidamente

—Bom, o Austin era meu colega de classe, nós nem éramos amigos. Mas, depois do meu cachorro morrer, ele passou a vir na minha casa todos os dias, durante dez anos, dá pra acreditar?— Eu dei uma risada lembrando dos bons tempos.— Ele não tinha muito com quem ficar, a mãe dele estava sempre trabalhando e o padrasto nunca estava em casa, e, quando estava, só dormia, ele bebia demais.— Eu dei um suspiro.— Bom, a Jessica é meia-irmã da minha prima que eu mais odeio.— Eu dei uma risada.— A Jade eu conheci em Nova Iorque, ela foi passar um ano com a tia, pra terminar o ensino médio. A gente virou melhores amigas e mantemos contato. Até porque, eu sempre visitava São Francisco.

—Que vida turbulenta.— Ele deu risada e desligou o carro. Eu nem havia notado que tínhamos chegado.— Bom, pode descer.— Fomos em direção ao shopping e entramos.— Preciso comprar um terno.— Ele disse e eu bati com a mão na testa

Gilinsky.

—Amanhã é aniversário da minha sobrinha. Que burra.— Ela continuou com a mão na testa.— Eu sou tão sortuda, se eu te contar você não acredita.

—Acredito sim.— eu disse rindo.

     Fomos na loja de brinquedos primeiro, já que eu demoraria muito pra provar os ternos.

—Quantos anos ela tem?— perguntei Assim que entrei na loja.

—Quatro. Ela é inteligente, queria comprar um livro pra ela, sei lá.— ela disse e eu olhei para ela com deboche

—Um livro? Que tipo de tia chata você é?— Ela olhou para mim com cara de brava e segurando o sorriso.— Coitada, é tipo dar meia no natal.— olhei para o lado e vi uma caixa com um patins, peguei o na mão e mostrei pra ela.— Isso aqui não está na moda?

—Ela tem quatro anos, Gilinsky.— Ela riu, pegou o brinquedo da minha mão e colocou ele de volta no lugar.

    Nós estávamos saindo do o caixa quando seu celular tocou.

—Minha irmã está me mandando mensagem. Vou até mostrar a boneca, vai que ela desaprova.— Ela ficou uns segundos digitando e bateu com a mão na testa.— Minha sobrinha vai passar o final de semana aqui. Eu nem me lembrei. Que dia é hoje?

—Quinta.— Eu disse e ela olhou pra mim espantada

—Deus, ela chega amanhã.— Ela disse, bufou e foi em direção ao caixa. Tive uma ideia brilhante. Corri para a área de livros, peguei o livro que ela disse que queria comprar para ela e chamei um vendedor

—Você pode guardar esse aqui pra mim? Depois eu venho buscar.— Eu disse num cochicho pra ele, ela voltou e me puxou para irmos.— Agora é tentar achar um terno.— Ela concordou e nós fomos em direção à loja de ternos

    Provei o terno e chamei ela pra ver o resultado. Ela sorriu e bateu palmas

—Lindo, já pode emendar pra usar no nosso casamento.— ela disse e eu ri. Mordi o lábio inferior. Ela se aproximou lentamente de mim, me olhou nos olhos e colocou a mão na minha nuca. Eu olhei para o lado esquerdo, para ver se nenhum funcionário iria aparecer, voltei a olhá-la e a dei um beijo. Coloquei minhas mãos na sua cintura e puxei ela para mais perto, sei nem eu notar, nossas línguas já haviam se encontrado. O beijo era lento e parávamos a todo instante pra dar um sorriso. Paramos o beijo, eu dei um beijo em sua bochecha e nos distanciamos. Me virei para o espelho e comecei a ajeitar o terno. Estava meio apertado no ombros.

   Comprei o terno certo, passamos na lanchonete e paguei um lanche pra ela. Voltamos para casa e deixei ela de frente para a mesma.

—Obrigada.— Eu disse entregando mais uma sacola pra ela.— Ela olhou confusa.— Dá pra sua sobrinha.— ela abriu a sacola e olhou para mim

—Você não precisava ter comprado!— Ela disse boquiaberta.— Em que momento você foi pegar isso?

—Um mágico nunca revela seus truques.— Eu disse cruzando os braços e olhando para o lado. Ela me deu um beijo e um sorriso.

—Obrigada, Gilinsky.— Ela disse e eu sorri a olhando.

—Até depois, Ash.— Eu disse e fui na direção da minha casa

Neighbor | Jack GilinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora