Red roses

Tapas e beijos

Depois de uma semana, fui em busca da besta de três caudas com Hidan, não demoramos para capturá-la e levamos logo para o Pain. E o mesmo foi com a besta de quatro caudas, Tobi e Kakuzu a trouxeram rápido.

Me sentei no chão exausto e com fome, meu estômago doía, escutei um barulho ali por perto. Me levantei e fui ver o que era, então me deparei com um Kakuzu tentando socar o Tobi, mas ele fugia rápido e várias vezes seu braço passava dentro dele.

— C-calma, Kakuzu senpai! — Fiquei encarando o maior tentando quebrar os ossos do moreno.

O Tobi olhou para mim e correu atrás de mim, justo quando Kakuzu ia dar um soco nele. Então eu levei uma no nariz, meu olho ardeu e eu coloquei a mão no nariz.

Meu olho começou a sair lágrimas automaticamente pela dor que era levar um soco no nariz.

Hidan chegou e deu risada da minha cara.

— Por que você bateu no Deidara? — Eu queria explodir de ódio, tanto por ter levado um soco do Kakuzu, como por Tobi ter chegado perto de mim para se esconder.

— Eu não ia bater no Deidara, o Tobi que merecia esse soco — Hidan riu mais, enquanto eu ainda chorava pela dor no nariz.

Tirei a mão do nariz e vi que estava sangrando até demais, continuei chorando.

— Você quebrou a porra do meu nariz, Kakuzu! — Olhei para o culpado disso, ele pareceu não ligar muito. Mas eu sofria por causa da dor no meu nariz quebrado, então não tive forças para meter um soco nele também.

Senti Tobi me segurar cuidadosamente, não consegui esquivar por estar sentindo muita dor. Ele passou um pano no meu nariz, algumas lágrimas saíram dos meus olhos.

Ele enfiou o pano dentro do meu nariz, quis morrer pela dor.

— VAI SE FODER, TÁ DOENDO! — Gritei, tirando o pano de dentro do meu nariz.

— Se você ficar mexendo vai doer mais mesmo! — O maior segurou o meu rosto novamente, deixando o pano ali perto do meu nariz. — Não tá parando de sangrar.

— Eu vou morrer — Voltei a chorar, não podendo fungar o nariz por Kakuzu ter quebrado os ossinhos dele.

— Você é muito burro também — Ouvi Hidan reclamar para sua antiga dupla.

— E eu não sabia que o Deidara viria aqui — Deu de ombros, parei de chorar e olhei para a máscara de Tobi.

Ele segurava meu rosto e limpava o sangue que escorria do meu nariz. Ele tirou a máscara, continuei olhando para seu rosto, mesmo quando ele ainda me encarou, eu não consegui deixar de olhá-lo.

— Tá doendo? — Resmunguei um "não". — Fica segurando, ainda tá sangrando — Peguei o pano, o pressionando embaixo do meu nariz.

— Você não vai pedir desculpas? — Olhei para o casal que se encontrava discutindo, mas perdi a maior parte da conversa por prestar atenção no Tobi.

— Eu não — Cruzou os braços.

— Ridículo.

— Pode me xingar, até tava sentindo falta — Hidan ficou vermelho, ri baixo.

— Dá pra você parar? — O maior negou com a cabeça, levando um empurrão do rapaz com cabelo cinza e saiu, sendo seguido por Kakuzu.

Infelizmente fiquei sozinho com Tobi, e com o meu nariz machucado. Ele me cutucou, me olhando com os olhos lacrimejando.

— Você tá se cuidando? — Indagou baixo, concordei com a cabeça. Ele suspirou. — Não deixe de se cuidar, Deidara.

Olhei para o chão, desconfortável por falar com ele. Ainda nem sei como ele não sente raiva de mim por ter dado dois tapas na cara dele.

Eu fui tão idiota.

— Eu... — Tobi ia se pronunciar, quando escutamos o barulho de algumas coisas caindo ali por perto.

Tobi se levantou e abriu a porta, vendo Kakuzu encostando Hidan em uma mesa que tinha um dos vasos preferidos da Konan, que nessa hora já estava em cacos.

Fui para perto do Tobi, encarando os outros dois.

— Vocês estão brigando? — O moreno do meu lado perguntou, Hidan saiu cuidadosamente, respirando fundo de perto de Kakuzu.

— Não, eu só tava convencendo ele pra não meter um soco nos colegas de trabalho — Seu rosto estava vermelho. Acabei rindo.

Não aguentei e espirrei, deixando mais sangue escorrer do meu nariz. Olhei para o pano que já estava com uma grande quantia de sangue, Tobi empurrou o pano para perto do meu nariz novamente.

— Eu não acredito que o Kakuzu usou tanta força assim — Franziu o cenho, olhando para a dupla. — Vem, eu vou te levar pra Konan — Tobi me carregou.

— Tobi é o meu nariz que tá ruim, não minhas pernas... — Ele fez "shh", me levando para Konan.

Chegamos lá e explicamos o que aconteceu, Pain riu da minha cara, sendo que eu sempre o achei o mais maduro da Akatsuki. Konan fez parar o sangramento e fiquei com dois pedaços de algodão dentro do nariz, até passar o inchaço.

Tobi me deu ramen para comer, quando terminei apenas deitei e dormi. Acordei com Tobi fazendo tranças no meu cabelo.

Bocejei, tocando na mão dele.

— Bom dia — Sussurrou, acariciando o meu rosto. Ele tirou o algodão do meu nariz, consegui fungar.

— Já é de manhã?

— Não, eu só disse isso porque sim — Esfreguei os olhos, me ajeitando de lado para voltar a dormir. Até que abri os olhos assustado e notei que não era qualquer um que estava ali comigo, e sim, o Tobi.

Me sentei e me afastei, voltando a não olhar para o seu rosto.

— Você tá se sentindo bem? — Ele tentou se aproximar novamente, mas me afastei mais.

— Sim, não chega perto, Tobi! — Ele se afastou, me olhando um pouco de longe.

— Me deixa ver o seu nariz pelo menos — Neguei com a cabeça. — Tudo bem, depois não reclame se ele cair — Franzi o cenho.

— Que merda, hm! — Ele riu, segurando o meu rosto e analisando o meu nariz. Provavelmente não entendia nada e só estava usando isso para aproveitar e me tocar.

O olhei, sentindo meu coração aquecido por aqueles olhos pretos que ele carregava. Eu senti meu corpo mais leve por ter ele ali do meu lado, por sentir seu toque e seu cheiro tão de perto.

Eu esquecia completamente da nossa briga com aqueles olhos pretos, seu rosto pálido, sua pele macia e o melhor, seus lábios que eram maravilhosos.

Ele ficou falando comigo, mas não prestei atenção. A única coisa que consegui fazer foi avançar o meu corpo e selar nossos lábios.

Tobi era desgraçadamente apaixonante.