Obrigado

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Escutei um grito ali por perto, abri os olhos e vi Tobi aparentemente desesperado por algo que tinha ali por perto.

Levantei discretamente e toquei em seu ombro.

— SENPAI!!!!! — Ele se agarrou em mim. — TEM UMA COBRA ALI!!!! — Meu ouvido chegou a apitar com os gritos dele.

— Aí, calma — O empurrei para ficar longe de mim. Fui até aonde deixei as minhas coisas e dei argila para minhas mãos mastigarem, elas ficaram no formato de um bichinho no qual provavelmente a cobra iria querer come-lo.

O soltei e quando ele passou pela moita, uma cobra branca o abocanhou. Me assustei pela cor da cobra.

— katsu! — fiz o sinal com a mão, assim a cobra explodiu para todos os lados. — Tobi? — Ele batia palminhas. — Acho melhor tomar cuidado daqui pra frente. Orochimaru deve estar por perto.

— Pela cobra branca? — Concordei com a cabeça.

— Mas como você achou ela?

— Ela tentou me atacar, mas passou do meu corpo, então correu pra moita e eu gritei pra você me salvar mesmo. — O olhei seriamente.

— Você só pode estar de brincadeira com a minha cara, Tobi! — peguei uma pedra e ataquei nele, atravessando o seu rosto. — Olha o seu tamanho! E ainda fica com medo de uma cobra. — Apontei para ele, falando em um tom totalmente irado.

— É bom assim, pelo menos quando precisar de ajuda eu vou até você — Corei, então o moreno riu. — Você tem vergonha de mim?

— Não! É que tá calor aqui — Andei alguns passos até às minhas coisas, mas Tobi me pegou pelo pulso e me fez virar para ele.

— Deidara... — Senti a minha mão tremer com aquilo. — Eu não me sinto assim desde que alguém importante para mim morreu.

— Não invente isso — Soltei a sua mão do meu pulso. — Você sabe que é impossível — Falei baixo.

— Por que? Você não quer ser meu amigo? — Ele soltou um riso baixo.

— V-você tá falando de amizade? — Meu rosto ficou ainda mais vermelho, eu só queria cavar um buraco e ficar por lá.

— Sim, você pensou no que? — Ele voltou a rir, enquanto a vergonha consumia o meu corpo todo.

— Não interessa! — O empurrei, sendo surpreendido por um abraço.

— Obrigado, senpai — Ele falou baixinho perto do meu ouvido, senti todo o meu corpo derreter com aquilo.

Encostei minhas mãos nas suas costas, ficando mais confortável no abraço. Por que ele sempre desfazia o jutsu que ele ficava intocável só para me abraçar? Ou me tocar.

Eu não conseguia parar de sentir o seu cheiro, me trazia tanta calma e felicidade.

Ele é a melhor dupla da minha vida.

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