Rosa vermelha

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Separei meus lábios dos de Tobi, enquanto a fixa caia ficávamos nos olhando fixamente. Quis bater nele e me bater ao mesmo tempo por não resistir a ele.

Mordi o lábio, então ele me beijou novamente mais profundamente. Parecendo realmente querer matar toda uma saudade que existia.

Me deixei levar, já não sabia nem quem eu era mais. Apenas sabia que era extremamente bom o seu toque, ele separou e ficou me olhando.

— Aconteceu algo? — Ele negou com a cabeça.

— Não, eu só tô te querendo muito agora — Abracei a sua nuca, enquanto voltava a beijá-lo com mais agressividade, mordendo uma vez ou outra seu lábio.

Deitei na cama e o puxei pela gola da camisa, sentindo seu corpo já quente deitar sobre o meu.

Eu já não queria mais nada além dele.

×

Acordei e demorei abrir os olhos, quando tive a coragem de abrir vi Tobi dormindo do meu lado. Como esperado nu, e que incrível, eu também.

Não sei aonde minha cabeça foi parar no momento que eu fui me entregar ao ponto de transar com o Tobi.

Meu corpo doía, mas por outro lado tinha válido tanto a pena. Queria me explodir.

O maior se espreguiçou e me olhou sonolento.

— Bom dia, senpai~ — Falou em um tom suave, sorrindo pra mim.

— Bom dia, bem... Desculpa — Fiquei vermelho.

— Por que? — Ele se apoiou no colchão com o cotovelo, me olhando.

— Por acontecer isso... — Ele riu.

Sério que ele ainda ria da situação? Que desgraçado.

— Imagina, você até ficou bem animadinho — Dei um peteleco nele.

— Não ouse repetir o que saiu de mim, hm! — Franzi o cenho. — Eu estava sobre efeitos de hormônios!

— Eu achei até que íamos amanhecer fazendo aquilo — Dei outro peteleco mais forte nele.

— Shiu — Me levantei, pegando as minhas roupas e vestindo. — Você acha que alguém ouviu?

— Com certeza — Bocejou em seguida.

— E p-por que você não me controlou, hm?! — Eu sentia que iria explodir sem precisar de muito esforço.

— Mas foi você que pediu pra-

— NÃO PEDI NADA! — Gritei, antes que ele terminasse a frase. Amarrei o meu cabelo e antes de sair, olhei para o moreno. — Não se convença ao eu dizer isso, mas... — Ele me olhou e sorriu. — Mas você sabe como me tirar a sanidade de todos os jeitos.

Sai do quarto, respirei fundo e tentei achar minha dupla que tinha sumido também. Provavelmente Kakuzu estava junto.

Pain estava na cozinha com a Konan, tomando algo na sua xícara, resolvi me aproximar mais.

— Credo, não consegui dormir direito hoje — Bufou cansado. — Fiquei escutando as coisas batendo na parede. — Tapei o meu rosto com uma das mãos.

— Que coisas? — Konan indagou.

— Acho que tava vindo aquele quarto que normalmente usamos pra cuidar dos outros meninos — Era onde eu e Tobi estava.

— Deidara e Tobi que estavam lá... — Escutei um suspiro do Pain.

— Ah, não tô surpreso — Fui para o meu quarto.

Eu também não estava surpreso de que a maioria ali já sabia.

×

Estava restabelecendo o meu estoque de argila explosiva, quando alguém me cutucou e eu demorei olhar. Murmurei um "espera", mas a pessoa não pareceu convencida e me cutucou de novo.

Olhei um pouco impaciente e dei de cara com o Tobi.

— T-Tobi? — Ele estava com um dos braços atrás do corpo, sem a máscara e me olhando com aquele típico sorriso fechado dele.

— Eu trouxe para você — Ele me deu uma rosa vermelha, a cor dela destacava muito, até me lembrava a cor de seu sharingan.

Segurei a rosa, olhando os detalhes dela. Mesmo com toda aquela confusão, Tobi fazia questão de ainda me trazer uma rosa vermelha.

— Obrigado... — Falei baixo, sorrindo pequeno.

— É para você lembrar de mim — O olhei, parecendo falar aquilo triste. — Eu vou passar um tempo fora, completando algumas missões com o Pain...

Meu coração doeu. Ele não estaria comigo aqui sempre?

— Mas por que ele não leva a Konan? — Encostei a flor no meu peitoral, o olhando triste.

— Eu tenho um sharingan... Ele vai ajudar — Ele não me olhou nos olhos desta vez.

Toquei no seu rosto, fazendo carinho no lado que tinha as cicatrizes. Suspirei e levantei seu rosto, lhe dando um selinho demorado.

Ele sorriu, mexendo no meu cabelo.

— Tá, não fica felizinho não, foi um jeito de desejar sorte — Me virei novamente, deixando a flor na mesa e arrumando minhas coisas.

Ele me abraçou forte por trás.

— Obrigado, senpai — Arregalei os olhos, sensível com ele me agradecendo.

O pior é que eu nem sabia por que ele estava me agradecendo. Mas seu abraço era quente e confortante.

Volte vivo, por favor....

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