Elena não sabia mais o que fazer. James não respondia mais suas perguntas. Ela estava amarrada, com frio e com fome.
Ele parou a carruagem, amarrou Elena na copa de uma árvore e armou uma fogueira no meio dos dois. Ele estava tenso, mas não queria aparentar isso a ela.— Está com frio? — perguntou sem olhar para ela.
— Estou confusa e com raiva. Meu frio é a última coisa que quero saber. Que merda você está fazendo, James?
— Elena, por favor fique quieta.
— Não vou ficar quieta coisa nenhuma. Você me sequestrou!
— E eu sinceramente espero que você entenda.
— Entender? James, me leva de volta. É sério.
— Eu não posso — disse ainda sem olhar para ela.
— Pode sim. É fácil. É só me desamarrar, me colocar naquela carruagem e me levar de volta para o castelo. — ele balançou a cabeça.
— Eu não posso fazer isso, Elena. Você não entende.
— Eu não entendo porque você não está me explicando nada, criatura. Para onde você está me levando, James? — ainda sem resposta — James? Para onde está me levando? — insistiu.
— Para Katherine — respondeu baixo. Ela demorou alguns segundos para responder. Depois riu. Ela não sabia se ria de nervoso ou de medo.
— Isso é brincadeira, não é? Me diz que isso é uma brincadeira criada por você e por Gabriel para me mostrar como é idiota a minha ideia de ir lá.
— Não é brincadeira, Elena. — ele finalmente começou a encará-la.
— Por que você está fazendo isso, James? Qual é o seu problema? — ele suspirou.
— Não interessa o porquê. Vamos embora logo. Não podemos ficar parados por muito tempo. — ele se levantou aparentemente irritado. Apagou a figueira, a desamarrou e a levou de volta para a carruagem.
Dessa vez ele a colocou na frente ao lado dele, no lugar do cocheiro, ainda com as mãos amarradas.
Ela não sabia exatamente o que fazer ou o que dizer. Estava nervosa demais e estava terrivelmente brava e com nojo de James. Como ele poderia fazer isso com ela depois de tudo o que ele já disse que sentia por ela? Ou depois de toda a confiança que ela depoisitou nele?
Ela fazia de tudo para não ter que encará-lo ou sequer encostar um pouco nele. Ficava encarando para o outro lado e se não fosse por essa situação, a imagem seria linda e muito agradável.
As folhas das árvores mortas amareladas jogadas no chão dão uma linda imagem e um ar acentuado do outono eminente.
Fazia frio, mas não tão frio assim. Os passarinhos cantando longe avisava o sol que já estava para nascer. Ela não sabia nem a quanto tempo estava ali porque não sabia por quanto tempo dormiu. Mas não iria perguntar isso a James.Depois de muito tempo de silêncio e depois de o sol nascer, ela resolveu que deveria tentar conversar com ele. Talvez se o amor que ele disse ter sentido por ela tenha sido real, ele mude de ideia. Mas ela deveria fazer isso enquanto ainda não estavam tão longe do reino. O problema é que ela não sabia o quão longe já estavam.
— Falta muito? Estou com fome.
— Falta uns dois dias. Vou caçar uns coelhos no caminho para você comer. Tem uns cobertores na carruagem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Unidos Pela Coroa
RandomPrincesa de uma nação. Noiva desde que nasceu. Tantas responsabilidades que Elena carrega desde tão pequena. Sem conhecer seu futuro marido e rei, ela sonhava com aquele dia à anos. Sem saber o que esperar, ela apenas esperava. Mas foi s...