O pai de Christiana finalmente havia respondido a carta. Ele aceitou o casamento. Chegaria ali em questão de dois a três dias.
Elena estava totalmente decidida de que iria para atacar Katherine. Ninguém concordava de que ela deveria ir, além de Christian.— Não seja idiota, Christian. Ela é uma rainha! — esbravejou Gabriel na reunião daquela manhã. Ali estavam Gabriel, Elena, Christian, James e o general.
— E é exatamente por isso, meu irmão. Aqueles homens estão lutando por ela. Se fosse por eles, eles estariam acordando agora com um café da manhã com sua esposa e contando histórias para seus filhos. Mas eles estão aqui, madrugando para treinar ataques caso alguém arrisque a vida da nossa querida rainha. Eles estão desmotivados, Gabriel. Estão com as cabeças nas casas deles, e não aqui, onde deveriam estar. A única motivação desse povo são os benefícios que suas famílias ganham enquanto eles estão aqui.
— Talvez o rei devesse ir então — disse James e todos olharam para ele.
— Por incrível que pareça, eu concordo com ele — respondeu Gabriel. — Eu vou e você fica aqui — disse apontando para Elena.
— O quê? Não! Se eu morrer, você se casa novamente e continua rei, mas se você morrer, eu fico aqui e vejo Katherine tomar meu reino. Sem condições. Eu vou, e se mais alguém se enfiar no meu caminho, vai levar uma facada em um dos rins. General, selecione seus melhores homens. Eu irei a frente com poucos, para ver se conseguimos entrar no castelo sem sermos vistos, e atrás de nós virão mais homens. Será depois do casamento do Christian e da Christiana. Sei que não concordam, mas sinceramente, eu não quero saber. Quem discorda de mim pode guardar a opinião para si. Obrigado pela reunião. Tenham uma ótima tarde.
Christian, James e o general se retiraram dali, deixando apenas Gabriel e Elena. Ele estava bravo ainda por ela querer ir para a batalha, e talvez por causa de James também, mas ela não se importava. Já estava decidida.
Ela se sentou em sua mesa e ele na dele, em frente a ela. Os dois ficaram em silêncio, lendo o que tinham que ler, escrevendo cartas e pensando sobre os assuntos que tinham que resolver.
— A família de Christiana passará três dias aqui. Eles concordaram em não haver festa de noivado porque eles querem que ela case logo para a filha mais nova deles se casar também — disse a ele após ler a carta do pai de Christiana.
— Tudo bem.
E fez-se silêncio novamente. Sem ela perceber, ele ficou parado olhando para ela por um tempo, depois disse:
— Eu não quero que morra — ela ficou em silêncio por uns segundos, depois olhou para ele.
— Gabriel...
— Não, eu sei que já de decidiu. Já aceitei isso. Eu só não quero que você morra.
Ela se levantou e caminhou até ele.
— Não vou morrer.
— Me promete? — ela deu um sorriso gentil e colocou uma mão em seu rosto, de forma carinhosa.
— Sabe mais do que eu que não posso prometer uma coisa dessas. — ela acariciou o rosto dele.
— Existe alguma coisa que eu possa fazer ou dizer que a faça mudar de ideia? — ele louvou a mão em cima da dela e suspirou.
— Não, não há. Só preciso do seu apoio.
— Você sabe que não o tem — ela tirou a mão do rosto dele e suspirou cansada.
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Unidos Pela Coroa
AléatoirePrincesa de uma nação. Noiva desde que nasceu. Tantas responsabilidades que Elena carrega desde tão pequena. Sem conhecer seu futuro marido e rei, ela sonhava com aquele dia à anos. Sem saber o que esperar, ela apenas esperava. Mas foi s...