Capítulo 21

736 47 4
                                    

       O pai de Christiana finalmente havia respondido a carta. Ele aceitou o casamento. Chegaria ali em questão de dois a três dias.
        Elena estava totalmente decidida de que iria para atacar Katherine. Ninguém concordava de que ela deveria ir, além de Christian.

  — Não seja idiota, Christian. Ela é uma rainha! — esbravejou Gabriel na reunião daquela manhã. Ali estavam Gabriel, Elena, Christian, James e  o general.

  — E é exatamente por isso, meu irmão. Aqueles homens estão lutando por ela. Se fosse por eles, eles estariam acordando agora com um café da manhã com sua esposa e contando histórias para seus filhos. Mas eles estão aqui, madrugando para treinar ataques caso alguém arrisque a vida da nossa querida rainha. Eles estão desmotivados, Gabriel. Estão com as cabeças nas casas deles, e não aqui, onde deveriam estar. A única motivação desse povo são os benefícios que suas famílias ganham enquanto eles estão aqui.

  — Talvez o rei devesse ir então — disse James e todos olharam para ele.

  — Por incrível que pareça, eu concordo com ele — respondeu Gabriel.  — Eu vou e você fica aqui — disse apontando para Elena.

  — O quê? Não! Se eu morrer, você se casa novamente e continua rei, mas se você morrer, eu fico aqui e vejo Katherine tomar meu reino. Sem condições. Eu vou, e se mais alguém se enfiar no meu caminho, vai levar uma facada em um dos rins. General, selecione seus melhores homens. Eu irei a frente com poucos, para ver se conseguimos entrar no castelo sem sermos vistos, e atrás de nós virão mais homens. Será depois do casamento do Christian e da Christiana. Sei que não concordam, mas sinceramente, eu não quero saber. Quem discorda de mim pode guardar a opinião para si. Obrigado pela reunião. Tenham uma ótima tarde.

      Christian, James e o general se retiraram dali, deixando apenas Gabriel e Elena. Ele estava bravo ainda por ela querer ir para a batalha, e talvez por causa de James também, mas ela não se importava. Já estava decidida.

      Ela se sentou em sua mesa e ele na dele, em frente a ela. Os dois ficaram em silêncio, lendo o que tinham que ler, escrevendo cartas e pensando sobre os assuntos que tinham que resolver.

  —  A família de Christiana passará três dias aqui. Eles concordaram em não haver festa de noivado porque eles querem que ela case logo para a filha mais nova deles se casar também — disse a ele após ler a carta do pai de Christiana.

   — Tudo bem.

    E fez-se silêncio novamente. Sem ela perceber, ele ficou parado olhando para ela por um tempo, depois disse:

  — Eu não quero que morra — ela ficou em silêncio por uns segundos, depois olhou para ele.

  — Gabriel...

  — Não, eu sei que já de decidiu. Já aceitei isso. Eu só não quero que você morra.

        Ela se levantou e caminhou até ele.

  —  Não vou morrer.

  — Me promete? — ela deu um sorriso gentil e colocou uma mão em seu rosto, de forma carinhosa.

  — Sabe mais do que eu que não posso prometer uma coisa dessas. — ela acariciou o rosto dele.

  — Existe alguma coisa que eu possa fazer ou dizer que a faça mudar de ideia? — ele louvou a mão em cima da dela e suspirou.

  — Não, não há. Só preciso do seu apoio.

  — Você sabe que não o tem — ela tirou a mão do rosto dele e suspirou cansada.

Unidos Pela CoroaOnde histórias criam vida. Descubra agora