Capítulo 14

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   — Será que não poderemos mais ter filhos? — quis saber Gabriel mexendo em uma mecha do cabelo dela.

      Os dois estavam deitados. Ela com a cabeça no peito dele, pensando.

  — Por que não poderíamos? — ele suspirou.

  — Poderemos. O que me deram não causa danos permanentes. Tudo ficará bem.

  — Mas, quando não estamos trabalhando, estamos na cama. Por que não temos outro bebê? — ela riu.

  — Não é assim que funciona, meu amor. Ainda não é para acontecer, apenas. E eu prefiro assim. Estamos em meio a uma guerra. Sem previsões para sermos atacados. Sem conhecer nosso inimigo. Não quero um bebê no meio de uma guerra. Você lembra o que aconteceu da última vez — lembrou triste.

  — Você tem razão. Eu só estava animado.

  — Eu também estava. Mas, como você disse, teremos outros. Agora apenas não é a hora — ele assentiu e lhe deu um beijo na testa.

  — Pietro tem espiões por ai no Reino. Alguns deles alegam estarem perto de descobrirem algo.

  — Espero que seja logo. Aquela mulher ainda não disse nada?

  — Não. Duas semanas sendo torturada e nada. Ela diz que morrerá pela causa.

  — Se for preciso, eu a mato — ele levantou o rosto dela para que ela o olhasse.

  — Não gosto quando fala assim.

  — Ela matou meu filho. Não posso fazer nada além de sentir nojo.

  — Sei disso, mas ela é o monstro. Matar não é bom, sabe disso. Não deve desejar matar ninguém. Você disse isso para mim uma vez.

  — Tem razão. Apenas não consigo não pensar em fazer isso com ela.

  — Eu entendo, mas tenta. Não gosto quando diz esse tipo de coisa. Você não é assim. É uma pessoa doce, amável, delicada e turrona — ela riu.

  — Não sou turrona.

  — Claro que é. És teimosa além da conta — ela riu.

  — Acho que é hora de levantar? — disse suspirando.

  — Acho que vou passar o dia todo aqui — disse beijando o pescoço dela fazendo-a suspirar.

  — Acho que reis não podem fazer isso — ele fez bico.

  — Eu queria poder ficar aqui o dia todo com você. Sem extresse. Sem nada para nos incomodar — ela riu.

  — Não podemos fazer isso.

  — Mas seria bom, não seria? — ele começou a dar beijos segyudos de mordidas no pescoço dela e ela riu.

  — Seria ótimo. Mas temos que nos levantar — ele levou uma mão ao seio dela e ela fechou os olhos — Não comece com isso...

  — Por que não?

  — Porque sabe que não vou querer parar.

  — Não quero parar também.

  — Mas nós temos... — ela tirou a mão dele e virou de frente para ele — Nós temos que descer. Não vai me distrair de novo — disse a levantando e ele riu.

  — Às vezes é séria demais.

  — Não sou séria, apenas tenho responsabilidade  com meus compromissos. Deveria aprender comigo — ele riu ainda mais.

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