— Será que não poderemos mais ter filhos? — quis saber Gabriel mexendo em uma mecha do cabelo dela.
Os dois estavam deitados. Ela com a cabeça no peito dele, pensando.
— Por que não poderíamos? — ele suspirou.
— Poderemos. O que me deram não causa danos permanentes. Tudo ficará bem.
— Mas, quando não estamos trabalhando, estamos na cama. Por que não temos outro bebê? — ela riu.
— Não é assim que funciona, meu amor. Ainda não é para acontecer, apenas. E eu prefiro assim. Estamos em meio a uma guerra. Sem previsões para sermos atacados. Sem conhecer nosso inimigo. Não quero um bebê no meio de uma guerra. Você lembra o que aconteceu da última vez — lembrou triste.
— Você tem razão. Eu só estava animado.
— Eu também estava. Mas, como você disse, teremos outros. Agora apenas não é a hora — ele assentiu e lhe deu um beijo na testa.
— Pietro tem espiões por ai no Reino. Alguns deles alegam estarem perto de descobrirem algo.
— Espero que seja logo. Aquela mulher ainda não disse nada?
— Não. Duas semanas sendo torturada e nada. Ela diz que morrerá pela causa.
— Se for preciso, eu a mato — ele levantou o rosto dela para que ela o olhasse.
— Não gosto quando fala assim.
— Ela matou meu filho. Não posso fazer nada além de sentir nojo.
— Sei disso, mas ela é o monstro. Matar não é bom, sabe disso. Não deve desejar matar ninguém. Você disse isso para mim uma vez.
— Tem razão. Apenas não consigo não pensar em fazer isso com ela.
— Eu entendo, mas tenta. Não gosto quando diz esse tipo de coisa. Você não é assim. É uma pessoa doce, amável, delicada e turrona — ela riu.
— Não sou turrona.
— Claro que é. És teimosa além da conta — ela riu.
— Acho que é hora de levantar? — disse suspirando.
— Acho que vou passar o dia todo aqui — disse beijando o pescoço dela fazendo-a suspirar.
— Acho que reis não podem fazer isso — ele fez bico.
— Eu queria poder ficar aqui o dia todo com você. Sem extresse. Sem nada para nos incomodar — ela riu.
— Não podemos fazer isso.
— Mas seria bom, não seria? — ele começou a dar beijos segyudos de mordidas no pescoço dela e ela riu.
— Seria ótimo. Mas temos que nos levantar — ele levou uma mão ao seio dela e ela fechou os olhos — Não comece com isso...
— Por que não?
— Porque sabe que não vou querer parar.
— Não quero parar também.
— Mas nós temos... — ela tirou a mão dele e virou de frente para ele — Nós temos que descer. Não vai me distrair de novo — disse a levantando e ele riu.
— Às vezes é séria demais.
— Não sou séria, apenas tenho responsabilidade com meus compromissos. Deveria aprender comigo — ele riu ainda mais.
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Unidos Pela Coroa
De TodoPrincesa de uma nação. Noiva desde que nasceu. Tantas responsabilidades que Elena carrega desde tão pequena. Sem conhecer seu futuro marido e rei, ela sonhava com aquele dia à anos. Sem saber o que esperar, ela apenas esperava. Mas foi s...