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Sou acordada por um forte cheiro. Um cheiro podre, como se eu estivesse dentro do próprio lixão.

Tento abrir meus olhos, mas claridade impede que os abra de uma vez. Meu corpo estar pesado, como se estivesse passado um caminhão sobre ele.

Então me lembro do que aconteceu antes de tudo sumir.

Eu estava conversando com Eduarda até que o som de uma buzina e um forte clarão me atingir.

Massageio minha testa pela pontada de dor.

Eu estou morta?

Levanto-me desesperada do chão, tentando me equilibrar para não cair e finalmente olho ao redor.

Como eu vim parar aqui?

Estou dentro de um terreno abandonado, um terreno sujo, fedorento e cheio de lama. Tampo o meu nariz pelo fedor que o vento espalha.

— Como eu vim parar aqui?

Sussurro e continuo a varrer o lugar onde estou até serem capturados por alguém. Ou melhor, por um menino.

Ele esta de costas, seu corpo curvado sobre os joelhos e seu braço se movimentando sobre o chão me faz pensar que ele esta se divertindo bastante fazendo sei-lá-o quê.

— Ei, — o chamo, enquanto caminho em sua direção — pode me dizer onde estou?

Chamo a sua atenção. O garoto para de fazer o que estava fazendo e se levanta virando em minha direção com um pequeno sorriso de lado.

Sua blusa amarela marca exatamente a soa barriga grande. Seus braços e perninhas gordinhas têm algumas picadas de mosquito. Seu cabelo encaracolado caído na testa o faz jogar para trás, mas volta para o lugar rapidamente.

— Que bom que você acordou, Abi. Você dorme muito, menina! – Ele da uma varredura no lugar ao seu redor antes de se voltar para mim novamente. — Você está no meu jardim. ­

Como ele sabe o meu nome?

Jardim?

Seu jardim? Isso não é um jardim. — afirmo.— E como sabe o meu nome?

O Primeiro Amor - REESCREVENDO ( EM ANÁLISE) Onde histórias criam vida. Descubra agora