CAPÍTULO 17 - DYLAN

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A noite escura, carrega o frio de uma noite sombria. Não sei se é o frio ou a ansiedade que está fazendo-me tremer como uma vara fina.

Por mil anos, nunca imaginaria que um dia sairia com Charlie para uma boate.

Certo, eu ia quando novo, mas era porque não tinha o que fazer e era convidado. Não era um hobby ou coisa do tipo. Aí chega aquele filho da puta do Rick, e sai falando que eu ia curtir as noitadas, em um lugar onde só tem bêbados, mulheres desocupadas e stripes.

Canalha! Vou mata-lo!

De longe vejo-a parada em sua grande casa. Um ponto vermelho, na gigantesca porta de madeira, na entrada. Aproximo-me, paro a moto e tiro o capacete da cabeça, para observa-la. Seus cabelos estão soltos, derramando sobre os ombros nus, mostrando seu colo e um pouco do seu decote. Veste um vestido vermelho, de costa nua, curto e de alça fina como uma linha. O tecido folga em todo seu busto, apertando, apenas, em seus largos quadris, denunciando curvas, bumbum e pernas suculentas. O salto e o tamanho do vestido, dão uma visão mais alta e mais sexy, além da cor de seu gloss, que é do mesmo tom da roupa, combinando com o avermelhado de seu cabelo, bochechas e olhos.

- Vamos? - Pergunta, com um sorriso animado, mas meio debochado.

Toma o outro capacete de minha mão e sobe na moto sem dificuldades.

Seguro a vontade de olhar para trás. Provavelmente seria uma visão hipnotizante.

Ponho novamente meu capacete e dou partida.

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Chegamos um pouco mais de dez minutos. Já havia música altas, pessoas dançando e bebendo. Sigo Charlie, que abre caminho na multidão para chegar ao bar. O lugar é grande e arrumado. Há seguranças e câmeras por boa parte da estrutura, além de ser escuro, mas com muitas luzes coloridas. Para chegar no andar de cima, tem duas escadas e elevadores nas laterais. Tudo aparenta como uma boate das boas.

- Duas batidas de limão. - Grita, Charlie para o barman, por causa da música.

O homem trajado socialmente por trás do balcão, mexe e derrama em dois copos médios, o líquido pedido.

Charlie dá um gole em um, entregando-me o outro. Não recuso. Sei que não aceitará um "Não".

- Parece um bom lugar! - Fala, próximo de meu ouvido, para que eu escute sem ser preciso gritos, enquanto apoia os cotovelos, pelas costas, no balcão.

- Sim... Pensei o mesmo quando cheguei. - Comento, dando um gole pequeno em meu drink.

Charlie olha-me cética.

- Realmente não sabia que frequentava esse tipo de lugar. Pra mim isso é novo. - Fico vermelho e sem reação. Ela ri. - Eu gosto do "novo". - Acrescenta, olhando-me por baixo, levantando uma sombrancelha.

Toma o resto da bebida e sai, em direção a pista. Faço o mesmo e sigo-a. Seu quadril dança no vestido colado e suas costas se definem a cada jogada de braço que dar quando anda.

Ah! Quero agarra-la agora mesmo! Começar da cintura e escorregar, por debaixo do vestido, para sua barriga e seios, encaixando sua bunda em meu membro.

Calma, calma, calma!

Do nada para, vira para mim e dança, no ritmo do som que é tocado. Com os braços no alto da cabeça e rebolando devagar. Estou hipnotizado em seus movimentos, sentindo minha ereção.

Sua boca está entreaberta, com um sorriso de lado, e seus olhos fitam-me provocantes.

- Que foi, Dylan? Eu sei que você sabe dançar. - Provoca-me, dançando.

Tons de Rubro (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora