Capítulo 11

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SAMANTHA

Ah não, de jeito nenhum. Não posso aceitar isso! Esse cara é completamente insano. Não é possível que alguém em plena sanidade proponha algo assim.

—Você é um louco! - exclamei, debatendo-me contra ele. —Eu quero ir embora agora! Me solte.

Ele soltou um risinho e me apertou ainda mais.

—Eu nunca vou deixar você ir, minha princesa. Agora você é minha! Você será minha.

Ele disse e encostou a cabeça no meu pescoço. Começou a dar beijos por toda parte. Sua mão foi para o meu cabelo e o puxou gentilmente. Então ergueu o rosto e moveu a mão que estava no meu cabelo para os meus lábios.

— Eu quero beijar você, eu quero muito beijar essa sua boca gostosa. Por favor, diga sim, deixe-me sentir o gosto dos seus lábios.

Sua boca tão perto da minha. Minha respiração começou a ficar ofegante com sua aproximação. Droga!
Eu não posso me render assim.

—Diga sim... - Nicolás falou, já estava suplicando. Seus lábios tão perto dos meus. Eu não sei por quanto tempo eu ainda poderia resistir- Princesa...
—Sim...

Não precisei dizer mais nada e logo senti seus lábios nos meus. Seu beijo era ardente, intenso e apaixonado. Ele me beijava com fervor. E no inferno, se não era o melhor beijo que já tive. Suas mãos, agora na minha cintura, faziam carícias leves sobre a minha roupa. A sensação era agradável. E eu estava sentindo a melhor sensação do mundo.
Um tempo depois, ele se afastou por falta de ar e começou a dar leves beijos no meu pescoço. Minha respiração estava ofegante, e a sua não estava diferente.

— Você é tão linda, porra, linda pra caralho. - ele sussurrou no meu ouvido. — Eu á quero tanto. Fique comigo... cancele esse maldito casamento e fique comigo.

Foi aí que voltei à realidade. James! Droga! Ele não merece isso. Droga! Onde eu estava com á cabeça? James é a melhor pessoa do mundo para mim, e eu o traí. Eu nunca vou me perdoar. Meu Deus, eu o traí, o que vou fazer? O que vou fazer agora? Por que fiz isso?

Tentei me afastar de Nicolás, mas ele me apertou ainda mais.

—Nicolas... me solte, por favor.
—Não!
—Nicolás! Droga, eu tenho um relacionamento. E você sabe disso!
—Não por muito tempo! Você vai terminar tudo e ficar comigo. E acabou.

Ele me pegou no colo e sentou-se na cadeira comigo em seu colo. Minhas pernas ficaram de cada lado dele.

—Princesa, eu não vou prejudicar o seu pai. Ele está fora da minha lista para fazer você ficar comigo. Desculpe por cogitar isso — sorri levemente. — Não fique animada ainda, James trabalha para mim e a qualquer momento ele pode ser demitido...

Ele parou de falar e deixou a frase no ar.

— O quê? Você não pode fazer isso! - tentei me levantar, mas ele me apertou ainda mais. - Me solta!

— Pare de se mexer... Já estou ficando excitado, e você se mexendo em cima de mim não ajuda. E eu não quero... você sabe, fazer pela primeira vez, ter você pela primeira vez aqui.

Suas palavras me fizeram estremecer e parei quase de respirar.

— Nicolás.. Eu não quero nada com você... Por favor, por favor me deixe. Eu amo o James e eu não..

Você sabe quando você sente que cometeu um grande erro? E parece que tudo ao seu redor fica em câmera lenta? Foi exatamente isso que senti antes mesmo de terminar de falar.

Nicolás se levantou da cadeira num piscar de olhos e me soltou, fazendo-me cair de bunda no chão.

—Droga - murmurei baixinho, sentindo uma leve dor.

Olhei para Nicolás e me encolhi. Ele estava transtornado, andando de um lado para o outro e puxando o cabelo. Um verdadeiro doido.

—PORRA - ele gritou. - Eu não aceito isso. Nem ferrando.
Ele chutou a cadeira que estava ao meu lado, por pouco não pegou em mim, mas não consegui não soltar um grito de susto e me encolher ainda. Eu estava com medo, apavorada eu diria.

— Porra, tudo bem. Você não me quer, tudo bem então. Mas você vai ficar comigo, querendo ou não! Foda-se! Eu posso te querer à força. Não importa. James vai sofrer por cada vez que você me rejeitar! Caralho.

Ele parou e se virou, olhando para mim. Sua expressão estava fria. Ele começou a caminhar em minha direção, cada passo seu mais medo eu ficava. E quando enfim chegou onde eu estava ele se abaixou na minha frente.
Eu já chorava, lágrimas desciam pelo meu rosto rápido demais.

—Querida, você vai fazer exatamente o que eu disser. Sem protestos, ou então eu juro que matarei todos que você ama!

Ele levantou a mão e a colocou no meu rosto, depois pegou meu cabelo e o puxou, trazendo o meu rosto para perto do dele e sussurrou:

—Você entendeu, minha princesa?
Apenas concordei com a cabeça, incapaz de falar.
—Ótimo.

Depois disso, ele aproximou o rosto do meu e me beijou.

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