Capítulo 12

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Samantha

Eu estava em minha sala quando a porta foi aberta e logo em seguida James surgiu.

James é muito bonito. Eu sou apaixonada por ele. Eu sei que sou, nunca tive dúvidas sobre meus sentimentos quanto a isso, até hoje.
Nós nos conhecemos há tanto tempo. Temos um relacionamento tão incrível, ele sempre tão atencioso e preocupado. Ele sempre sabe quando tem alguma coisa de errado comigo.
Ele diz que é um dom do amor, porque os corações estão conectados.
James realmente acredita nisso, e às vezes, ele fala com tanta convicção que eu quase acredito também.
Eu acho bonito.

James é afetuoso, romântico e compreensivo, o tipo de namorado que qualquer pessoa sonharia em ter. É quase impossível não se encantar por ele. Henrique frequentemente menciona que tive muita sorte em tê-lo como namorado, como se tivesse ganhado na loteria.

Sinto-me terrível por ter traído James com Nicolás. Reconheço que o que fiz é indefensável, e tenho plena consciência de que James jamais me perdoaria. Eu mesma não consigo me perdoar por isso. Além disso, não consigo perdoar Nicolás pela forma como ele age em relação a mim. Talvez a maior parte da culpa seja dele, mas é verdade que ele me pediu para me beijar, e eu consenti, mostrando minha fraqueza. Assumo totalmente a responsabilidade pela culpa nessa situação.

Mas cedo, na sala dele, ele literalmente mandou eu da um "pé na bunda" de James e depois ir procura-lo para "finalmente ficarmos juntos".
Ainda falou que tenho uma semana para fazer isso ou pelo contrário ele vai acabar com a carreira de James e a do meu pai. Sim, ele voltou a ameaça o meu pai. Eu fiquei furiosa com ele, mas ele nem se importo.  Segundo ele: "cada um joga com as cartas que tem."

Agora me encontro diante de uma escolha que tem o potencial de abalar tudo que construí ao longo de três anos junto com James. Estou completamente indecisa sobre qual caminho seguir. Não desejo absolutamente nada com Nicolás, mas está em jogo a carreira que meu pai levou anos para construir e a trajetória que vi James edificar. Não conheço Nicolas há muito tempo, mas sei que ele cumpre o que ele fala.

—Oi amor._ James veio até onde eu estava e me deu um beijo — Vamos almoçar juntos?

Quando o encarei, senti uma vontade forte de chorar naquele momento. Imaginar que em alguns dias estarei pondo um fim em tudo o que compartilhamos, isso apertou minha garganta.

—Sim, vamos! _ me levantei da cadeira e peguei na mão dele _— Estava com saudades _ Eu o abracei apertado. Eu queria chorar bem ali nos braços dele.

James é a pessoa que mais me proporciona uma sensação de segurança no mundo. A ideia de ter que me afastar dele é algo que me deixa completamente sem rumo.
—Querida, está tudo bem? Você parece distante hoje.
—Estou bem, só um pouco cansada, só isso. — eu me distanciei e beijei seus lábios —Eu te amo, amo muito você, James.

—Eu também amo você, amo mais que tudo no mundo._ Ele disse olhando diretamente para mim.—Eu sei que você tem alguma coisa e eu vou esperar o seu tempo para me contar.

Eu apenas sorri e o dei um selinho.

°•●●○●●•°

—Vem vamos sentar ali_ James me guiou até uma mesa perto da janela, que dava uma vista muito boa para a rua.

O restaurante era agradável, não estava tão cheio e o ambiente era bem calmo.
James e eu fizemos o nosso pedido.

—Sabe_ Eu comecei—Bem que a gente podia fazer alguma coisa de casal no final de semana, o que você acha?
—Claro, o que você quiser fazer.
—Eu amo você.
—Eu amo você.

C

ontinuamos conversando por um tempo até que nossos pedidos fossem servidos. Comemos conversando alguns assuntos do casamento e discutindo também assuntos relacionados ao trabalho.


°•●●○●●•°

— Bem, agora eu vou te deixar trabalhar__Depois do almoço, James veio me deixar em frente da minha sala e agora está se despedindo__ Eu vou indo, amor.

E

le se aproximou e me beijou, e eu conrespodir imediatamente. James envolveu suas mãos em torno da minha cintura, enquanto eu coloquei meus braços ao redor do seu pescoço. Nesse instante, um flash do beijo com Nicolás veio à minha mente. Era tão intenso e diferente, muito diferente do de James.

Foi nesse exato momento que as portas do elevador abriram, revelando Nicolás e seu pai, o senhor Jordan. Ao nos notar, pude perceber claramente a expressão hostil nos olhos de Nicolás, tanto em relação a James quanto a mim. Por um instante, cheguei a temer que ele pudesse reagir de forma agressiva. No entanto, seu pai disse algo a ele, e observei Nicolás fechando os olhos.
Logo depois, o senhor Jordan se aproximou de nós dois.


—Eu creio que essa empresa não seja o local apropriado para demonstrações de afeto, Sr. Walters e Srta. Smithson._ Declarou o Sr. Jordan em tom tranquilo, mas não acho que ele esteja tranquilo.

—Também compartilho dessa opinião, pai. Especialmente durante o expediente e diante da sala do chefe._ acrescentou Nicolás, aproximando-se enquanto me encarava fixamente. Um arrepio percorreu meu corpo com a intensidade de seu olhar.

—Peço desculpas por isso. Apenas trouxe a Sam até a sua sala e estou de saída._ James concluiu.

James direcionou seu olhar para mim e depositou um beijo suave em minha testa. Antes de sair, ele se despediu de Nicolás e de seu pai com um breve aceno de cabeça.

—Bem, eu vou... Vou para a minha sala. Com licença_ comentei, virando-me para sair, mas uma mão me deteve.
—Eu estarei esperando por você em sua sala, filho _ afirmou o senhor Jordan, afastando-se do meu campo de visão.

Nicolás segurou meu braço, guiando-me até minha sala. A porta se fechou e ele se voltou para mim. Seus olhos brilhavam de raiva, evocando em mim um temor instantâneo.

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