Atraem-se os polos opóstos

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Finalmente era chegada a hora, finalmente poderia retornar à terra do Sol nascente, a terra onde estava toda a luz que me dava o intenso sentido de viver, eu finalmente iria de encontro à terra onde habitava o meu maior vislumbre, eu iria finalmente encontrar meu ideal, minha cara-metade, meu eterno amor, eu finalmente iria vê-lo, Shinji Ikari.

Seu terno sorriso cercado daquela pele morena e sempre rosada pelo rubor, seus belos olhos cor de café, sua delicada timidez, seu aspecto frágil como vidro, seus cabelos negros como noite... Absolutamente tudo em ti me encanta, Shinji, e agora eu teria finalmente a oportunidade de encontrar-te novamente, de sentir-te e de fazer-te feliz.

Já era noite quando, acompanhados pela numerosa quantia de repórteres e redatores que formavam a grande mídia ao nosso redor, é que anunciamos oficialmente a minha ida como piloto do Evangelion-MP para a base da NERV no Japão. Havíamos divulgado à imprensa que uma associação havia chamado-me como piloto de EVA, em troca de bancarem meu curso de piano no Japão. Era de certa forma, uma boa cortina de fumaça para ocultar o fato de eu ser o primeiro anjo, afinal, isso não causava tanta estranheza quando as histórias ocultas dos outros pilotos que haviam sido divulgadas.

— Bem que a SEELE poderia ser mais generosa, e deixar-te pilotar o Mark-6, não? — Disse minha mãe já embarcando na grande aeronave branca a nossa frente.

— Penso que não lhe faltariam tais escrúpulos, afinal o Mark-6 foi literalmente projetado pelo Sr. Nagisa para enviar-me diretamente para fora deste planeta, e deixar-me pilota-lo seria de uma tamanha inconveniência que creio não caber a SEELE. — Disse já planejando em minha mente como iríamos tê-lo em nossas mãos.

— Não leve minhas palavras ao literal! — Disse-me ela com um leve sorriso de divertimento. — Mesmo ensinando-lhe tudo o que sei sobre a cultura humana, você jamais compreenderá pôr completo aos nossos fazeres e costumes habituais. Afinal você será eternamente um anjo distinto de todos os homens.

Certamente senti estas palavras à penetrarem meu ser, ademais, eu realmente não era um lilin, e jamais poderia se-lo, e isso me distanciaria de vossos corações, ou eu tornaria-me uma ameaça ou um grande ideal, e talvez fosse por isso que além de tudo não poderia viver ao lado destes. Especialmente, eu não poderia viver ao lado de quem mais amo, e isso era oque mais torturava a mim.

E ao fim de incessantes dezeseis longas horas martelando tais pensamentos, envolto por aquela enorme prisão a sobrevoar o oriente, havíamos finalmente pousado em solo japonês. Estava ezuberantemenre ansioso para chegar à base da NERV, e encontrá-lo finalmente. Mas, logo sou retirado de meu transe interior ao ouvir os chamados e indagações da imprensa ao noticiar nossa chegada em Tóquio-3.

Já era um pouco mais de dez horas quando desembarcamos no aeroporto de Hana Yuko, ao incansável sonar das ansiosas e expressivas vozes ao nosso redor. Ademais de toda essa caótica chegada, logo fomos guiados, depois de deverás intromissões para intervistas e cerimônias, ao edifício residencial da NERV onde ficaríamos hospedados um em cada habitação.

O edifício onde nos hosperariamos era de boa estatura e comprimento, além de localizar-se logo a frente do Quartel General. Absolutamente todos os que serviam à NERV, fora a família Ikari, deveriam hospedar-se alí. Normalmente, os pilotos de Evangelion dividiam suas habitações entre si, mas por influência da SEELE, decidiram que eu faria a exceção, e ficaria a sós em uma única habitação. Ao lado direito da minha, estava minha mãe junto a Ritsko Akage, que até então morava a sós. E ao esquerdo, havia a habilitação da Major Katsuragi e os três pilotos de EVA, Mari Makinami, Rei Ayanami e Asuka Soryu. Infelizmente, Shinji Ikari assistia em outro edifício, juntamente à seu pai Gendo Ikari.

Depois de desfazer as malas, e arrumar literalmente as únicas coisas que possuía naquele pequeno lugar azul celeste, fiquei anceando o chamado de Katsuragi para que pudesse comparecer ao QG. Mas logo reparei, que já era sábado, e a NERV não atuava, a não ser pelo intercepto de um novo anjo, e que eu teria de esperar a abertura das instalações apenas na chegada da segunda-feira daqui a dois dias.

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