Meu belo Déjà vu

592 70 26
                                    

O sol já anunciava o alvorecer, quando ouvia o ruir do pequeno relógio sob o criado ao lado da cama, anunciando as seis horas. Em verdade, o som do pequeno aparelho não mudara nada em meu despertar, em detrimento a que nem ao menos havia se quer me posto à cama para o descanso. Havia latejando em minha mente o ocorrido no dia anterior. Eu finalmente tive a chance de encontrá-lo, e mesmo assim se quer pudemos ter uma centelha de algo maior senão um curto deleite de não mais que uma simples charla. Isso deverás me angustiava, afinal eu não poderia saber se este ou qualquer outro seria o último contato que pudera ter, e não poderia se quer arriscar como nossas últimas palavras tão mera circunstância. Eu vivia a pensar que todo o momento poderia ser o último para mim.

Após aprontar-me para o colégio, oque consistia em vestir um simples uniforme branco por cima de uma camisa púrpura, com um tipo de calça jeans negra e tratar de pegar a grande bolsa de couro com os materiais necessários para às aulas, fui até a habilitação ao lado alertar as demais pilotos para podermos em fim irmos ao nosso destino. 

— Ah, olá! Você chegou bem cedo hoje hein?! — Disse a Major ao recepcionar-me. — Venha, entre! Ainda está cedo demais, e a Asuka fez o café!

— Eu pretendo não cometer o impropério de incomodar-lhe. — Disse eu mesmo, ainda estático por além à porta.

— Ah para com isso! Já disse que não precisa ser tão formal assim! — Exclamou a major, puxando-me para dentro do local. — É uma ordem! Como sua superior exijo que se sinta à vontade e venha logo tomar o café! Além disso pare de me chamar de major! Para você e o resto dos pilotos é Misato! — Disse ela, dando uma leve risada ao guiar-me à mesa localizada na sala de estar.

— Desse jeito vai acabar espantado ele daqui! Seja mais delicada Misato! — Denunciou a ruiva ao servir o desjejum. — Mari, Rei, venham logo aqui se não o café vai esfriar!

— Olá Senhor Nagisa. — Disse Ayanami, ao sentar-se ao meu lado.

— Príncipe! Você já tá aqui! — Disse a sexta criança, ao abraçar-me quase levando-me ao chão. — E que belo café preparou, princesa! — Exclamou ela, ao sentar-se ao lado de Soryu.

— Me explica um coisa Nagisa, qual é a daquela tal de Dtra. Stella? Ela parecia bem preocupada quando viu que estava aqui. — Indagou Misato ao abrir uma pequena lata de cerveja posta à sua frente.

— É verdade, deu até um pouco de medo! Parecia que ela ia matar você Misato! — Disse Soryu, com um perceptível tom de ironia.

— Ela é minha tutora legal, minha agente, ademais de ser também minha própria mãe. — Disse, tentando ocultar o máximo possível sobre sua verdadeira identidade. — Ela é deverás cautelosa e por isso ficou naturalmente furiosa ao saber que estaria aqui sem a sua permissão.

— Tenho pena da Ritsko, se fosse eu já teria pedido transferência. — Disse Misato já desocupando seu lugar na mesa, e indo para outro cômodo da casa. — Aliás, acho melhor já irem ou vão chegar atrasados na escola.

Dito isso, terminamos as pressas o desjejum, e avançamos com nossas pequenas bagagens escolares em destino à porta da sala, não antes de despedirmonos de Srta. Katsuragui, que ja com seu típico uniforme vermelho carmim onde localisava-se por detrás à porta para também despedir-se de nossa presença.

— Não vamos à buscar Ikari para acompanharnos também? — Indago, ciente da eminente possibilidade de negação.

— O Shinji idiota nunca vem com a gente. — Disse a ruiva com um certo tom de desgosto.

— Vi que você gostou muito dele, né príncipe! — Afirmou Makinami, já esperando minha reação.

— Ele parece-me ser um tipo bem intrigante. — Eu disse, dando-lhe um sorriso calmo e descontraído.

— Nagisa, você... — Sem ao menos terminar oque estava a dizer, percebi Ayanami a encarar-me profundamente com seus deslumbrantes olhos carmim. — Ah... Desculpe! — Disse percebendo o encontro de nossos iguais olhares.

Percebi imediatamente a expressão submissa e envergonhada da nova Lilith, e não pude deixar de ver também uma certa aflição em seu olhar, como se quisera dizer-me algo, mas não o pudera ser feito. E nos minutos seguintes, a tensão formada por nosso tímido e constrangido contato, alimentava o terrível silêncio que nenhum dos que ali estavam ousavam interromper, até pudéssemos em fim alcançar nosso destino.

E lá estávamos, diante da principal instituição de encino de Tóquio-3, a escola pertencente a Nerv. Onde eu teria de estar para cumprir com o plano de aproximação aos ouros pilotos, e onde localisava-se também o meu próprio objetivo, e a verdeira causa de eu estar alí, minha vocação, e meu único desejo, Shinji Ikari.

— Nagisa, você nasceu exatamente no dia do segundo impacto não é?! — Indagou Soryu olhando o panfleto a diante de si, onde informava a localização de estudo dos alunos que ali deveriam estar.

— Certamente, meu nascimento coincide exatamente nesta data. — Afirmei, tentando descobrir a razão da seguinte questão proposta. — Mas, se me permite o questionamento. Pôr que o queres saber?

— É por que você não está na mesma série que a gente. — Disse a garota, entregando-me o pequeno pedaço de papel. — Tá vendo! Somos do 1-A e você do 2-C!

— Como é que a princesa sabe quando o príncipe nasceu? — Indagou Mari, em um tom ao mesmo debochado e descontraído.

— Ah, e desde quando isso te importa?! — Exclamou a ruiva alterando de um tom rude para um pouco tímido ao perceber que também o houvera questionado. — Eu sei disso pôr que é um dos fatos mais comentados sobre ele!

— Asuka! Rei! Mari! E.... — Dizia radiante Ikari ao vir ao nosso encontro. — Nagisa...

Neste momento, percebi Ikari a encarar-me com tal vigor que até mesmo cogitei que pudesse haver em mim algo distinto para merecer tão belo e profundo deslumbre.

— Ikari, pode chamar-me Kaworu. — Eu o assegurei, ao levar também com esta simples frase a lembrança de nosso primeiro encontro.

— Ah, c-claro, então p-pode me chamar de Shinji também! — Disse ele, abruptamente desviando o olhar.

TRIIIM, TRIIIIIIM, TRIIIIIIM! — O relógio ja marcava as sete horas, e já podíamos escutar o sonar do antigo alto-falante logo a cima de nós, anunciando o início das atividades escolares.

— Acho que nos veremos em breve Shinji! — Disse, despedindo-me de meu große Liebe ao encaminhar-me à sala localizada no terceiro piso.

— A-até mais Kaworu!

Amor e piedade Onde histórias criam vida. Descubra agora