—Você está com uma torção no tornozelo. Não é nada grave. – Fala a enfermeira.—Mas como isso aconteceu?
—Eu não sei, acho que acabei tropeçando nos meus próprios pés.
—Você tem que tomar mais cuidado, principalmente depois do que aconteceu.
—Eu vou tomar cuidado.
Ao sair da enfermaria notei que Bryan e Annie estavam me esperando.
—O que a enfermeira disse? Foi grave? – Bryan perguntou.
—Foi só uma torção.
—Eu preciso agradecer você dois. Nós nem somos amigos nem nada, mas mesmo assim vocês me ajudaram.
Os dois sorriram.
—Silas ainda não veio nos procurar?
—Sim, mas ao ser informado do que aconteceu ele nos liberou para ir para casa. – Disse Annie se soltando mais.
—Humm, minha mãe só vem me buscar às 15h30min.
—Eu até te daria uma carona, mas o meu carro está na oficina. Estamos os dois a pé. A não ser que você queira que eu te carregue. – Ele fala como se contasse uma piada.
—Não mesmo. – Falo debochando.
—Olha se você esperar posso chamar meu moto... , quer dizer meu pai, e ele nos leva. – Fala Annie.
—Se não for incomodar.
—De maneira nenhuma.
—Certo, já que você tem carona, eu já vou indo. – Fala Bryan
—Você não precisa de uma carona?—Fala Annie timidamente.
—Não eu estou bem.
Ele disse já indo embora.
Annie estava toda de preto, mas não estava usando capuz. Seu cabelo vermelho ficava em destaque.
—Tem alguma coisa no meu dente?
—Não, me desculpa, eu estava admirando o seu cabelo.
—Ah, isso. Ele tem uma cor estranha.
—Acho lindo esse tom de vermelho.
Annie parece envergonhada. Nunca tinha visto esse seu lado.
—Então, vou ligar para o meu pai.
Annie foi até o corredor. E telefonou para o pai. Eu me sentei em um dos bancos do corredor.
Como tudo isso pode estar acontecendo. Meus amigos não levantaram um dedo para me ajudar, e pessoas com que eu nem falava direito foram tão gentis. Não era como se eu não precisasse de ajuda. Eu cai e fiquei em choque. Mas como eu cai? Eu senti um empurrão, mas não tinha ninguém atrás de mim.
—Pronto ele já está vindo. – Fala Annie me tirando do meu transe.
—Ah, quero te agradecer de novo por estar fazendo isso.
—De nada – Ela fala de novo sem jeito.
Depois de poucos minutos o telefone dela toca novamente.
—Ele já está aqui.
Nossa que rápido. Nem deu tempo de perguntar mais sobre ela.
Annie me ajuda a andar. Ela me leva até um daqueles carros de executivos, como motorista e tudo. Ela não tinha dito que o pai dela viria nos pegar?
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Cadente
Teen FictionOlivia Larter é uma garota normal, vive com a mãe e é apaixonada pelo melhor amigo. Sempre a mercê das vontades dos outros, ela não tem opinião própria, e por isso sempre tenta atingir as expectativas de todos. Conformada com a sua vida ela não espe...