Epílogo pt 1

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Quatro Anos Depois

— MELISSA CASTILLO VARGAS! VIENT ICI MAINTENANT! (Vem aqui agora!). — Meu grito fora ouvido, provavelmente, pela vizinhança inteira. Ou talvez eu tenha exagerado um pouco...

— N'était pas moi! Je le jure! (Não fui eu! Eu juro!) — Melissa gritou do andar superior, seus passinhos apressados chegando cada vez mais perto — Ll était Angel! (Foi a Angel!). — gritou assim que parou na minha frente, após descer as escadas correndo.

— Elle est allongéel! Je ne faisais rien! (Ela está mentindo! Eu não fiz nada!) — a voz de Angel se fez presente no mesmo instante, em seguida a mesma apareceu vindo correndo do quintal.

—Qu'est-ce que? (O que...?) — questionei-as com os olhos estreitos. Provavelmente quebraram mais alguma coisa e eu não estou sabendo. Ainda.

— RIEN! (NADA!) — gritaram alarmadas, seus olhos verdes arregalados enquanto trocavam olhares cúmplices.

— Espero que não tenham quebrado novamente a sua cama, Melissa. Seria a terceira vez só esse mês. — Falei seriamente, observando ambas abrirem sorrisos sem graça.

— Excuse, maman! — revirei os olhos, embora estivesse me esforçando para não rir.

Era a terceira vez que quebravam a cama somente nesse mês, porque de acordo com elas a cama ficaria chateada caso pulassem somente no pula-pula que ganharam no seu último aniversário e deixassem a cama de lado. O motivo de certa forma era até fofo, e fez eu e León rirmos durante o primeiro, segundo e talvez até o terceiro mês conseguinte, mas agora a coisa já estava passando dos limites. De duas, uma: ou elas paravam logo com essa mania de pular na cama; ou o jeito era virarmos sócios de alguma empresa de eletrodomésticos. Porque meu Deus...

— Où est papa? (Onde está o papai?).

— Não muda de assunto, pirralha. — Respondi mostrando a língua para elas.

— Ouch, maman!

Sorri para ambas, antes de caminhar até a cozinha para terminar de servi-las. Angel e Melissa apareceram logo depois e sentaram-se uma do lado da outra, como de costume, e começaram a comer em silêncio.

Me sentei em frente a ambas, fazendo uma careta ao sentir outro chute forte somente naquela manhã. E León ainda acha que será uma menina... sinceramente... ainda tenho minhas dúvidas. Combinamos de saber o sexo do bebê somente no dia do nascimento, o que aconteceria daqui um mês mais ou menos. As consultas são normais, exceto que pedimos ao médico para nos dizer apenas o básico.

"— O bebê está bem?

— Sim."

As consultas se baseavam nisso e exclusivamente nisso. Se o bebê estava bem era o suficiente, e então íamos embora. A ideia absurda de não saber o sexo veio de León, de acordo com ele isso era mais emocionante (como se carregar um bebê durante nove meses na barriga; preparar o enxoval completo; transformar um dos quartos de hóspedes em um quarto de bebê; e ainda por cima lidar com outras três crianças pequenas não fosse emocionante o suficiente! E não, eu não estou estressada!), no entanto, por maior que seja/tenha sido minha curiosidade durante esses meses, eu aceitei porque achei que isso fosse o mínimo que eu poderia fazer após León não estar presente na gravidez das gêmeas e nem na gravidez de Nathan (mesmo que essa não tenha sido minha culpa, e sim de Clement).

— MAMAN! — a voz de Nathan invadiu a cozinha, em seguida o garotinho correu até mim dando um beijo estalado na minha bochecha e outro em minha barriga. Sorri com o gesto. Nathan desde pequeno sempre fora muito carinhoso com todos, mas quando resolvia aprontar alguma travessura com as irmãs... 

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