Chefe Loey

Due

Manhattan
Duas semanas depois

Do segundo andar do Stella Luminosa, Baekhyun observava os casais dançando na pista e a movimentação do clube naquela noite. Por conta do final de semana, o clube estava cheio de pessoas comuns e o cantor observava os membros da máfia Loey não se misturarem com a multidão.

Era algo bem contrastante, como os homens que ocupavam a metade das mesas continuavam sentados e conversando entre si no mar de risadas e música. Estava bem claro que eles pertenciam a máfia, porém os dois lados não se misturavam e nem as garçonetes serviam onde eles ficavam, pois o Byun não gostava de expor suas funcionárias a homens folgados.

Ele foi distraído por uma batida na porta. A pessoa do outro lado não esperou uma confirmação antes de abrir a porta e entrar, entretanto, Baekhyun sabia muito bem que só havia uma pessoa naquele clube que entraria sem ser avisado.

— Você me chamou?

— Loey, entre, por favor — pediu Baekhyun.

O chefe da máfia usava seu terno cinza com uma blusa branca por baixo do colete, a gravata meio torta incomodou o cantor. O chapéu do maior estava em uma mão enquanto na outra ele segurava uma garrafa de vinho.

— Um presente para você, minha esmeralda.

A garrafa veio de um carregamento que havia acabado de chegar no porto e Chanyeol pediu para que Sehun trouxesse uma caixa para deixar no escritório, pegando uma garrafa para trazer para o cantor, pois ele sabia o prazer que Baekhyun tinha ao beber vinho.

— Obrigado — o menor agradeceu polidamente.

Ele indicou as poltronas estofadas em frente a mesa de seu escritório para que o mafiosos sentasse. O Byun foi até o armário e retirou duas taças antes de voltar para perto de Loey e sentar-se na poltrona ao seu lado.

— Eu andei investigando após nossa conversa semanas atrás — Baekhyun começou a falar após abrir a garrafa e servir os dois.

— Meu opal, o que você andou aprontando?

Baekhyun tentou fingir que não gostava de ser chamado de jóia pelo maior. Cada dia era uma pedra preciosa diferente, algumas que o próprio Byun nem conhecia e Loey parecia que tinha um estoque infinito de jóias para chamar o cantor.

— Creio que você já tenha ouvido sobre a nova família que se criou ao norte?

— Ouvi alguns boatos — na verdade, Chanyeol tinha ouvido mais do que alguns boatos, porém não havia motivos para investigar algo até aquele momento.

— Eu estive investigando e parece que eles estiveram se movimentando recentemente — detalhou para o mafioso a sua frente — Eu sei que alguns tiveram aqui.

Não foi difícil para Chanyeol deduzir onde o cantor queria chegar. Se outra máfia esteve no clube, as chances de ser essa mesma máfia atraindo seus membros era quase que cem por cento certa.

— Eles são corajosos, eu tenho que admitir — falou o maior antes de bebericar mais um pouco do vinho — Invadindo um território que é claramente meu e no meio dos meus homens.

Era algo arriscado também. Todos do mundo em que Chanyeol vivia sabiam como o Stella Luminosa estava fora dos limites para qualquer outra máfia e que o clube, principalmente o seu dono, deveria ser deixado de fora dos esquemas daquele mundo inferior.

— Eu observei alguns visitantes novos e tenho alguns palpites sobre quem é o recrutador dessa nova mafia.

— Então? — indagou o maior terminando sua taça de vinho — Quem eu devo matar?