Sette

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Todos que passassem por aquele corredor, se perguntariam o porquê do chefe Loey estar há tanto tempo parado em frente àquela porta, com o punho levantado como se quisesse bater. Alguns chegariam a considerar que o mafioso estava assustado, com medo de cruzar aquela porta.

E de certo modo, eles teriam razão.

Loey estava arrependido pelo modo que tratou seu diamante no dia anterior. Por isso que ele estava ali, para desculpar-se e tentar entrar em um acordo sobre a permanência do cantor naquela casa.

O que ele sabia que não seria nada fácil.

Ele respirou fundo duas vezes antes de bater na porta, anunciando sua presença e esperando a confirmação do menor, e entrou no cômodo.

— Eu espero que tenha gostado do seus aposentos, meu rubi.

Baekhyun estava sentado na grande cama de casal, com um livro no colo e uma xícara do que parecia cheirar a chá de erva-cidreira.

— É bem confortável e as moças que me trazem comida são simpáticas — e ótimas fontes de fofoca sobre a máfia e Loey, pensou o menor.

Era um quarto grande com paredes de um tom azul claro, uma cama de casal no centro e alguns móveis espalhados pelo cômodo. O que chamou a atenção do cantor foi a porta ao lado do banheiro que dava para um closet compartilhado com o quarto ao lado.

Baekhyun não precisou de muito tempo para deduzir sobre quem seria o dono daquele quarto.

— Eu fico feliz — admitiu com um pequeno sorriso — Fiquei preocupado que algo não te agradasse.

Ele andou até aproximar-se da cama e sentou na beirada. O Byun pegou a xícara e a levou aos lábios em uma tentativa de conter o riso ao ver o mafioso sentando tão longe de si.

Um silêncio instalou-se entre a dupla. Baekhyun ainda estava envergonhado com a discussão de horas atrás.

— Sobre o que eu disse ontem — começou um pouco hesitante — Eu gostaria de pedir desculpas.

O cantor levantou a palma da mão em um pedido que ele parasse de falar. Baekhyun passou a noite toda pensando sobre a situação em que estava e sua relação com Loey e apesar de não ter gostado como o mafioso o tratou, ele também não poderia dizer que não teve culpa.

— Eu que deveria pedir desculpas — ele desviou os olhos para um detalhe dourado no cobertor — Eu fui egoísta e não pensei em como você se sentiria.

Loey abriu um pequeno sorriso ao ver como o menor estava envergonhado por estar pedindo desculpas.

— Bem, eu aceito seu pedido de desculpas se você me contar sobre esse livro que está lendo.

Ele levantou e andou até dar a volta para sentar-se ao lado do Byun. Eles estavam colados, ombro com ombro, e o cantor tentou não soltar um suspiro de satisfação.

— Eu não quero ocupar seu tempo — murmurou inclinando-se para ver o maior — Tenho certeza que com a morte do chefe da Dokgo você está cheio de coisas para fazer.

O mafioso fez uma careta ao lembrar da situação em que sua máfia estava. Não era estranho duas famílias entrarem guerra e uma sair vitoriosa ao matar o chefe, mas a posição de Loey não era das melhores.

Metade dos homens que abandonaram os Dokgo estavam desaparecidos e a outra metade não queria jurar lealdade a Loey. A possibilidade de uma revolta contra si era grande e um ataque ao seu quartel general maior ainda.

— Tenho certeza que você tem muitas coisas mais interessantes para fazer — comentou o Byun.

— Minha pérola, eu não estou interessado em fazer nada além de ficar do seu lado — e para provar seu ponto, Loey retirou os sapatos e esticou as pernas em cima da cama.

Chefe LoeyOnde histórias criam vida. Descubra agora