- Bom dia, mitos. Sejam bem-vindos a mais um vídeo do nosso quadro: Mitos Reais do Folclore Brasileiro. Eu Alifer Soares voz convido para mais essa aventura e hoje vamos explorar a lenda da Iara, também conhecida como lenda da Mãe d'água. Essa história é de origem indígena, nascida por essa terra a Amazônia, muitos conhecem esse conto, trata-se de uma sereia metade mulher, metade peixe que vive nas águas amazônicas. Dizem que ela possui cabelos pretos e olhos castanhos, cujo dom é emitir uma melodia que atrai os homens, os quais ficam rendidos e hipnotizados com seu canto e sua doce voz. O passado de Iara foi marcado pela tragédia. Ela era umas das índias de sua tribo mais corajosa do que muitos homens e isso fazia com que seu pai, o pajé, ficasse mais orgulhoso de seus feitos do que de seus irmãos, causando uma inveja doentia neles. Um dia Iara descobre que seus irmãos procuravam matá-la e para se defender no momento do embate, a índia consegue inverter a situação e acaba matando seus irmãos. Diante disso, com muito medo da punição de seu pai, Iara foge o mais longe e rápido que podia, infelizmente o mesmo a encontra e com muito pesar castiga sua última filha com o banimento, sua tribo a amarrou e a jogaram de encontro aos rios Negros e Solimões. Os peixes se compadeceram de sua situação e foram de encontro ao seu corpo desatando os nós e o levaram de volta a superfície perto de uma rocha, onde ele foi banhado pela luz da lua e quando Iara se deu conta, suas pernas haviam se transformado em uma belíssima cauda de sereia. Desde então, ela vem seduzindo suas vítimas que são somente homens para um mergulho sem volta. Assustador, não? Por isso eu e meus amigos vamos explorar com todo cuidado essa lenda e pedimos humildemente para mergulharem no like e compartilharem com seus amigos e família, até daqui a pouco. Tamo junto e fui.
Depois do conto do Curupira ter acabado de uma forma inesperada para mim, resolvi tirar dois dias de descanso do nosso trabalho, conhecemos pessoas novas e um outro grupo de bluefires caçadores como a gente. Grupo esse que vou almoçar daqui a pouco no refeitório. Deixei minha câmera ao lado do computador e fui tomar um bom banho e me arrumei para descer. Comprimente Raisa, nossa recepcionista e ela me perguntou sobre nosso trabalho. Disse para ela que agora iríamos atrás da Iara e ela ficou curiosa para saber o resultado do nosso material assim que terminássemos.
Me dirigi ao refeitório cheio de pessoas indo e vindo e lá vi meu grupo conversando tão animadamente com seus novos amigos. O que vocês precisam saber sobre esse grupo é que eles são compostos por quatro meninos, todos jovens e extrovertidos, são gente boa e acolhedora. Samanta e Sammy Kim eram as únicas meninas do bando. O legal dessa turma nova era que eles são mais antigos no ramo de bluefires com dois anos na ativa, e o melhor vem agora, mitos... eles já possuem seus próprios uniformes. Cada um tinha um boné azul com o a palavra Tigers. A camisa era branca e vermelha com um colete a prova de balas com o logotipo de um tigre, a calça era preta azulada com cinto de utilidades. Ah, sim, eles também usavam luvas pretas com abertura nos dedos. Estava indo na direção deles quando ouvi Léo falar:
- Já deu uma olhada no cardápio de hoje? - instigou travesso.
Me dirigi automaticamente até o buffet para saciar minha curiosidade. Estava a minha disposição uma feijoada, quatro bolinhos de queijo e muito mais. Já a sobremesa tinha pudim e alguns bolos de chocolate e tortas, fora as frutas que coloquei no prato. Um almoço completo.
- Caramba, mano - disse Roma surpreso quando me viu sentar ao lado de Sammy Kim. Ele é um dos garotos do outro grupo. Um jovem moreno do meu tamanho, olhos da cor âmbar (rara pelo que sei), cabelo raspado e com um sorriso encantador. Usava brincos de estrelas. - Pra onde vai tudo isso?
- Pro meu poço sem fundo - disse ironicamente. - Essa é a minha vantagem cara, posso comer de tudo e não engordar.
- Passa pra mim cara essa vantagem - falou Israel, o líder do grupo. Esse também era moreno e de personalidade alegre. Olhos azul-esverdeados. Seu rosto possuía uma beleza natural. Seu cabelo era liso curto com uma franja na testa.
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Série Mitos Reais do Folclore Brasileiro
Short StoryContinuação do primeiro volume Mitos Reais do Folclore Brasileiro- Edição Extra: O Saci-Pererê