- E aí, mitos, de boa? Após um tempo sem postar a continuação do nosso trabalho, hoje estamos voltando com tudo e mais tranquilos agora. Eu sou o Alifer Soares e sejam bem-vindos ao nosso quadro: Mitos Reais do Folclore Brasileiro. Como sabem a lenda folclórica de hoje será o Capelobo, para aqueles que não o conhecem, se trata de u.m monstro que muitas vezes é assemelhado com o lobisomem por causa da estrutura física com exceção do seu nariz que é descrito com um focinho de um tamanduá. Por isso, alguns folcloristas dizem que ele é uma espécie de lobisomem da região norte do Brasil. Em algumas tribos indígenas, acredita-se que alguns índios possuem a capacidade de se transformarem em Capelobo. Ele costuma sair à noite, rondando as casas e acampamentos que ficam dentro das florestas, costuma apanhar cães e gatos recém-nascidos, mas quando captura um animal maior ou um homem, ele quebra o crânio e come o cérebro ou bebe o sangue. Só é morto com um ferimento no umbigo, e meu grupo vai... – senti nesse momento algo roçando minha perna e quando olhei para baixo, vi uma pequena aranha tentando escalar minha calça. Chutei sem pensar duas vezes conseguindo tirá-la de mim. Assim que levantei minha cabeça para continuar a gravação, olhei para o lado esquerdo após ver uma silhueta perto de mim, quando olhei dei de cara com um garoto com uma máscara demoníaca me encarando a sentimentos de meu rosto. – Mais que mer... - dei um grito de pavor caindo com cadeira e tudo direto ao chão.
A queda foi feia para mim que bati a cabeça no chão, uma dor de cabeça surgindo em seguida quando eu segurei meu crânio com os olhos fechados como se fosse saltar a qualquer momento. Ouvia risos aumentarem no meu quarto denunciando as pessoas que participaram daquela brincadeira estúpida.
- E a trolagem foi um sucesso – falou Jeferson olhando para sua própria câmera digital da Cannon com um suporte de pau de selfie. – Esse foi a minha primeira cobaia para essa estreia, galera. O truque da aranha robótica foi um sucesso. Deixem seu like e seguimos em frente na próxima trolagem. Quem será dessa vez, em, em, em, em? Deixem nos comentários e nos vemos no próximo vídeo. Fui.
- Viado – resmunguei entre dentes conforme me levantava. – Vai ter volta, pode ter certeza.
- Se me ameaçar eu te trolo com seu maior medo – Jeferson me ameaçou conforme ria da minha cara.
Olhei com uma careta muito irada com o intuito dele ler minha expressão facial, o advertindo a fazer tal ato.
- Como tá a cabeça, meu garoto – falou Sammy Kim massageando minha nuca.
- A dor já passou – respondi calmamente. – O que está acontecendo por aqui? Estava iniciando nosso quadro sobre o Capelobo – fui até minha câmera parar a gravação.
- Jeferson nos encontrou para nos dar a notícia de que ele comprara uma câmera nova e que iria entrar também para o ramo de bluefire com conteúdo somente de trolagem – explicou Samanta, rindo maliciosamente. – E como já estávamos todos reunidos com exceção de você... já tínhamos a nossa cobaia perfeita.
- Bom saber disso – falei ironicamente. – Agora se me derem licença eu vou terminar minha introdução para o quadro. Me aguardem lá na sala de estar – disse empurrando meus amigos com calma para fora do meu quarto, fechando a porta a seguir com a tranca.
Voltei para a cadeira para encerrar a introdução do quadro.
- Como eu dizia antes de ser brutalmente interrompido. Eu e minha equipe vamos nos aventurar em uma noite de acampamento por quatro dias com o pessoal da igreja que frequento. Vai ser muito legal. Por isso, mitos... vamos sugar esse like e compartilhem com os amigos. Prontos para mais uma aventura?
Parei a gravação e me dirigi para a sala de estar onde meus amigos estariam me esperando.
Cheguei na sala vendo meus amigos assistindo meu anime favorito: Koutetsujou no kabaneri, na cena em que os personagens estão enfrentando um zumbi espadachim dentro de um trem.
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Série Mitos Reais do Folclore Brasileiro
Short StoryContinuação do primeiro volume Mitos Reais do Folclore Brasileiro- Edição Extra: O Saci-Pererê