Live

1.8K 139 23
                                    

     POV'S VICTOR

     Na maioria das vezes eu consigo explicar para alguém o motivo de algo estar me incomodando. Eu consigo dizer com todas as letras o que está se passando pela minha cabeça para não confundir não só a pessoa que está me questionando mas não acontecer isso comigo também. Ver o Weed beijar a Babi foi como uma faca bem afiada deslizando pelo meu pescoço porém de uma forma que não conseguisse né matar, infelizmente. Ela parecia estar gostando. Então é essa a sensação de ter os lábios dela só pra si? De certa forma, saber que outra pessoa havia sentido muito antes de mim me deixa revoltado, ou fato de ele ter a tocado daquela forma. Eu estou tentando me sabotar e dizer que tudo isso foi apenas um incômodo meu porém tanto ela, quanto eu sei que nada consegue substituir o ciúmes em uma explicação plausível. Porém, se ela perguntar sobre, irei negar até a morte se for preciso.

───── Coringa, espera! ────── Ela segurou o meu braço afim de impedir que eu continuasse e assim o fiz, podendo me colocar à frente da mesma, porém ao mesmo tempo eu não conseguia olhar em seus olhos. ────── Qual o seu problema?

────── Qual o meu problema? Era você que estava beijando um cara que mal conhece. ────── Ergui a minha mão em direção aquele enorme espaço, dando um passo a frente. ────── Mas não temos nada, não é? Eu realmente não deveria me importar.

────── Mas visivelmente está se importando. Então me diz o que você quer porque eu não tenho como adivinhar. ────── Revirando as minhas orbes pude me direcionar até o ponto principal para pedir um táxi, percebendo que ela está me seguindo. ────── Não me deixe aqui falando sozinha, Victor! ────── Ela raramente me chama assim e pelo seu tom de voz está bem irritada, porém ela nem está no direito de demonstrar esse sentimento. Simplesmente aguardei que o táxi fosse estacionado e logo pude adentrar naquele carro, porém ela fez o mesmo entrando do outro lado.

────── Vai deixar seu amiguinho aí? ────── Questionei afim de cutuca-la. Essa é uma das minhas partes favoritas quando o assunto é a Babi: eu estou gostando ainda mais de pirraçar ela.

Durante o caminho pra casa, o percurso inteiro fora em silêncio, apenas com a música que tocava no rádio do motorista. Minutos depois pude pagá-lo porém quando olhei para a garota ao meu lado, a mesma estava dormindo, praticamente abraçada aos seus sapatos. Um sorriso sobressaiu dos meus lábios no mesmo instante, podendo descer do veículo e dar a volta, segurando a mesma em meus braços, me conduzindo para a mansão. Ao entrar na mesma, pude subir as escadas, seguindo até o seu quarto. Repousei o seu corpo sobre a sua cama. Os seus sapatos foram colocados ao lado da cama, cobrindo o seu corpo totalmente. Eu adoraria ter de tirar o seu vestido porém de preferência com ela acordada. Entretanto ainda não temos toda essa intimidade para que eu possa cuidar dela dessa forma.

          ────── Onde você vai? ────── Ela questionou com uma voz sonolenta após erguer o meu corpo daquela cama.

           ────── Para o meu quarto. ────── Respondi, levando a minha mão até a sua coxa, podendo retirar a corrente que envolvia a mesma para não machucá-la durante o sono.  ────── Me desculpa pelo surto. Eu só me preocupo com você. ────── Conduzi meus dedos aos seus cabelos, retirando o excesso dos mesmos do seu rosto.

              ────── Dorme aqui...só hoje... ────── As suas orbes foram direcionadas as minhas, ocasionando em um sorriso repentino. Retirei os meus sapatos e as minhas meias, fazendo o mesmo com o blaser, desabotoando alguns botões da blusa social. Logo, me deitei ao lado dela, onde a mesma pôde repousar a sua cabeça sobre o meu peito. ────── Muito melhor... ────── Resmungou, percorrendo o seu braço pela minha barriga. Ela murmurou mais uma vez quando remexeu-se sobre a cama, demonstrando desconforto com aquilo.

Era uma vez...Onde histórias criam vida. Descubra agora