Era uma vez...

Você é importante para mim.

POV'S VICTOR

A única coisa que me agrada ao discutir com a Babi é o fato de ver a cara dela quando estou insistindo em algo e ela parece detestar em como consigo ser teimoso em muitos momentos. Dessa forma posso usar isso a favor de mim e contra ela. Me coloquei ao lado do GS para observar o MOB beber aquela cerveja. O certo é quem conseguir ficar mais tempo de cabeça pra baixo bebendo a mesma e não cair de uma forma que não precise de um médico para ajudar. Ao meu lado o GS demonstra agonia e eu toco o seu ombro afim de acalma-lo, mesmo sem saber do que.

──── Tá tudo bem, cara? ──── Cruzo às sobrancelhas, afastando a minha mão quando ele percebe que eu estava falando com ele.

──── Mais ou menos. Faz o maior tempão que a Babi subiu pra trocar de roupa e até agora nada. ──── Pela forma em que ele olhava para o relógio demonstrava que ela estava mesmo demorando.

──── Quer ir no quarto dela? Pra ver se tá tudo bem? ──── Ele assente de imediato, então seguimos até as escadas. GS sobe bem mais rápido que eu e dessa forma passei a achar ainda mais estranho. ──── Espera ai cara...

──── Babi? ──── Ele bate a mão contra a porta e ela não responde, está trancada. Me aproximo da mesma, pressionando meu ouvido contra a porta.

──── Socorro! ──── Fora um grito abafado não só pela música no andar de baixo mas porque o próprio quarto fora feito para que o som fosse apenas interno, dessa forma nao incomodaria ninguém.

──── Vamos ter que arrombar, cara. ──── O GS já falou se afastando da porta e eu fiz o mesmo. ──── No três. Um, dois... ──── Antes dele falar três eu já havia deferido um forte chute contra a porta, que logo fora ao chão.

Aquela cena sobre a cama era a última coisa que eu queria que estivesse acontecendo. A Babi está sob o Marcelo, trajando apenas uma calcinha e o mesmo está retirando o seu cinto. Na verdade estava. Quando ele viu o GS e eu, levantou-se da mesma de imediato. A Babi se cobriu com o travesseiro, encolhida sobre a cama.

──── Seu filho da puta, que merda é essa? ──── Me aproximei dele, deferindo um forte soco contra o seu rosto, o empurrando contra a parede.

──── Calma... ──── O GS pegou um lençol e envolveu ao corpo da Babi, que automaticamente se encolheu nos braços dele afim de ser protegida. Os socos contra o rosto dele não foram cessados, aquela raiva estava me consumindo e se eu não parasse, poderei matá-lo.

──── Eu não pude resistir. Ela estava me dando mole! ──── Mais um soco e dessa vez foi tão forte que eu conseguia sentir o dorso da minha mão completamente destruído. O Marcelo caiu sobre o chão, aparentemente desacordado. Me direcionei até a cama, vendo o GS abraçá-la fortemente enquanto a mesma chora em desespero em seus braços.

──── Eu vou falar com o PH... ──── Ergo o meu corpo daquela cama porém ela segura o meu braço, encarando os meus olhos.

──── Espera a festa acabar, por favor. Ninguém precisa saber disso. Eu não quero que saibam... ──── E foi ali que a ficha caiu da merda que tinha acontecido. O Marcelo está caído sobre o chão com o rosto ensanguentado, a Babi está coberta por um lençol e tremendo muito enquanto as lágrimas tomam o seu rosto que agora esta avermelhado por consequência do choro.

──── Eu vou levar você pro meu quarto, tudo bem? ──── Ergo as sobrancelhas para ela, indo até o seu guarda-roupa. Pego um vestido qualquer porém que seja confortável e entrego para ela. ──── Vem, ninguém vai ver você. GS, pode chamar o PH e explicar o que aconteceu? Não quero deixar ela sozinha.