A lua de Kleper 35

49 3 7
                                    

O Senhor Star é bem calado as vezes, já em outros momentos ele é bem falante. Mais qual seria o seu passado? Ele falou sobre uma tal jóia do universo, um tesouro que pode realizar desejos! Será que eu terei três desejos?

- Senhor Star? - Pergunto inocentemente enquanto ele me encara curioso.

- Sim.

- Como é essa tal jóia do universo? - Pergunto me aproximando dele.

Odara fica em silêncio. Ele me ignora e volta a focar no vazio do espaço profundo a qual parecia não ter fim e que ao mesmo tempo mergulhavamos. Insisto mais uma vez:

- Senhor Star, senhor star, por favor me conta! Como ela é? Ela é que nem uma lâmpada mágica?

Ele para. Sinto uma leve tensão que também me faz parar de imediato e enfim ele responde de forma plena:

- Eu não sei.

Ao término desta longa e bela resposta elaborada, Odara continua sua viagem enquanto fico sem entender nada novamente.

- Como assim? Você nunca viu ela?

- Não. Apenas um ser neste universo já presenciou o poder da jóia do universo, entretanto, ele não está mais vivo. Mais não se preocupe, pois estamos a caminho de uma lua do planeta Kleper 35 aonde se reúnem muitos viajantes e mercadores e se dermos sorte vamos conseguir informações valiosas sobre o paradeiro da jóia do universo.

Continuamos nossa viagem até que finalmente avistamos o Planeta Kleper 35. Um planeta gasoso enorme e amarelado, sem dúvidas inóspito à abrigar vida. A visão é magnífica! Que me faz ver o quanto somos insignificantes diante dos planetas e estrelas.
Prosseguimos em frente até que uma pequena Lua se revela e Odara adverte:

- Lá está pequeno Leonardo! Devemos tomar muito cuidado pois alguns seres não aceitam nossa existência e podem ser violentos as vezes.

- Seres como a gente? - Pergunto franzindo a testa.

- Sim. Seres como nós que conseguem nadar no espaço, então tome cuidado, agora vamos.

A lua de Kleper 35 não tem nada de charmoso ou impressionante.
Um local escuro e frio que vai ganhando vida aos poucos conforme nos aproximamos de forma discreta.
Ao longe avistamos uma colônia cercada de luzes e sons de todos os tipos e confesso que estou animado!
Ao pousarmos em uma área mais afastada, Odara adverte:

- Fique perto de mim o tempo todo. Esses alienígenas podem te confundir com comida e isso seria um problemão para nós dois. - Diz Odara calmamente.

- O que?! - Pergunto assustado.

- E mais uma coisa, não conte nada ou à ninguém sobre como chegamos aqui e se insistirem diga que foi em um veículo espacial. Tudo bem? - Diz enquanto me encara esperando uma resposta.

- Tudo bem Senhor Star, pode confiar em mim!

A entrada da colônia era repleta de luzes coloridas que eu jamais havia visto!
Ao entrarmos vejo seres de todos os tamanhos e raças perambulando pelos corredores apertados daquele lugar que dividiam espaço com os comércios pequenos e grandes.
Eles se comunicavam através de sons estranhos em uma verdadeira folia sem fim, no que parecia ser uma grande feira ao ar livre.
Conforme avançavamos o som se intensificava ainda mais!
E ao longe, sentado em uma cadeira de bar apreciando uma boa bebida quente, um ser encapuzado e misterioso nos observa.

Continua.

O dia em que aprendi a nadar no espaço Onde histórias criam vida. Descubra agora