Capítulo XVI

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Primeiramente quero me desculpar pelo capítulo pequeno, mas só hoje eu consegui terminar, e meu dia tem sido horrível, depois de uma puta crise forte pra caralho de cólica, ainda vem uma vespa e pica minha cara (que tá ardendo até agora). Mas o que importa é que o capítulo tá aqui, e melhor um pouco pequeno do que nada, né?
Boa leitura ♥

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A aurora começava a dar sinais de raiar quando o Stark acordou. Pacificamente ele abriu os olhos, pois não podia se dar ao luxo de permanecer na cama, uma vez que muito em breve seria hora de partir. Piscou algumas vezes para clarear a visão e olhou em volta, podendo discernir bem as formas pelo quarto graças a janela aberta, por onde também entrava uma brisa fria da manhã, que o fazia se apertar contra os cobertores.

Almejando se proteger melhor do frio, Tony tentou puxar seu cobertor mais para cima, somente para se dar conta de que aquilo que cobria parcialmente seu corpo era nada menos que o corpo de outra pessoa. De sua posição deitado, tudo o que podia ver eram os revoltos cabelos castanhos, os quais não demorou muito a reconhecer.

Não foi com pouca surpresa que ele se descobriu sendo abraçado por Peter, gerando automaticamente a pergunta: Por quê?

Não se lembrava de ter outra vez invadido o quarto do garoto, nem do mesmo invadir o seu, muito menos de terem feito um acordo mútuo de dormirem juntos. Então o que ele fazia ali?

Tony não conseguia pensar em qualquer resposta plausível para tais questões, então simplesmente se deixou apreciar a companhia.

Enquanto deixava seus braços serpentear entorno do garoto, uma lembrança chata revolveu do fundo de sua mente, um zumbido que lhe parecia muito irritante alertando-o da promessa que fizera a si mesmo na véspera, de que não trataria, agiria ou sequer pensaria em Peter de maneira diferente a um simples colega de viagem. Ignorando por ora tal pensamento, Tony envolveu a cintura de Peter com seus braços, o puxando para perto e para cima delicadamente, até que seus rostos se encontrassem lado a lado. Podia sentir todo o corpo do Parker contra o seu, desde a perna jogada sobre as suas, o braço caído frouxamente sobre seu peito e sua respiração quente batendo em seu pescoço.

O ressonar ritmado da respiração alheia lhe dizia que o jovem ainda se encontrava em sono profundo, o que o deu uma certa liberdade para fazer aquilo que há dias estava desejoso. Sem querer pensar em sua ousadia, Tony subiu uma mão que estava no quadril de Peter, contornando a curva de sua cintura enquanto se infiltrava por debaixo de sua camisa, fechando os olhos e puxando de sua memória a imagem daquela pele alva sem impedimentos enquanto suavemente o tocava, sentindo seu calor e suavidade, levemente, tentando a todo custo não o acordar com o toque áspero de sua palma calejada.

Aproximou então seu rosto até que este tocasse o de Peter, acariciando sua pele com seu nariz, o arrastando por sua bochecha, ainda mantendo os olhos cerrados, sentindo seu cheiro e o guardando na memória juntamente com a textura de sua pele, tocando-a de leve com a sua própria, deixando suas bochechas se tocarem por um momento, um brevíssimo momento de hesitação antes de deixar seus lábios roçar de leve pela maçã de seu rosto, descendo pela bochecha macia até se afastar minimamente, apenas para alinhar suas faces, até que seu nariz tocasse o de Peter.

Nesse momento Tony abriu os olhos, encarando o rosto sereno e, em seu íntimo mais profundo, desejou que tivesse a oportunidade de tocar o garoto desse modo enquanto ele estivesse acordado, para sentir sua respiração descompassar e a pele arrepiar sob seu toque, não somente esgueirando toques furtivos sem ao menos Peter ter conhecimento deles.

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