2° CAPÍTULO TURBULÊNCIA

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ANY

Me encontrava dormindo, mas algo me tirou do transe quando o avião começou a tremer.
Abri meus olhos lentamente, olhei para Josh e perguntei o que estava acontecendo.

Ele abriu a boca para dizer alguma coisa mas foi interrompido por uma outra voz que ecoou pelo avião.

Aeromoça:Prezados passageiros, aconselho colocarem seus cintos pois entramos em uma leve turbulência, mas não é nada com que se deve preocupar. Obrigada.

Suspirei aliviada, coloquei meu cinto e o passageiro ao meu lado, me cutucou.

Josh:Oi, como você deve saber...Eu não falo português, pode traduzir para mim?

Lembrei que este avião pertence ao Brasil, então...os funcionários são brasileiros.

Any:Nós entramos em turbulência, eles pediram para colocarmos o cinto.

Josh:Obrigado.

Josh estava com seus fones pendurados em seu pescoço.
Ele colocou o cinto e me encarou.

Josh:Você está bem?Aconteceu alguma coisa?

Any:Não, me desculpe, me distraí por alguns segundos.

De repente, escutamos um barulho um tanto alto que logo depois, causou um forte cheiro de fumaça.

Josh:O que aconteceu?

Any:Eu não sei! Devemos nos preocupar?

Josh:Talvez sim, estamos sobrevoando o mar!

Novamente, a aeromoça se pronunciou.

Aeromoça:Pedimos perdão ao barulho causado! Um dos motores explodiu, sei que está um cheiro forte de fumaça, caso esteja lhes incomodando, tem uma máscara de oxigênio pendurados no teto. Obrigada.

Olhei para cima e de fato, havia uma máscara lá.
Puxei-as e coloquei em meu nariz, podendo respirar um ar mais fresco.

Josh:Então...quer traduzir para mim de novo?

Encarei o passageiro ao meu lado, tirei a máscara de oxigênio e expliquei o que estava acontecendo.

Ele assentiu com a cabeça e puxou uma máscara.

A maioria das pessoas usavam as máscaras para ter um ar mais adequado e não respirar fumaça que poderia ser tóxica e prejudicial.

A aeromoça entregava garrafinhas de água para os passageiros.

Assim que me entregou, tomei um gole.
Comecei a encarar o teto por alguns segundos, depois, fechei meus olhos tentando esquecer do que acabou de acontecer...
O avião ainda tremia, o que me deixava assustada, mas tentei manter a calma e permanecer quieta, imóvel.

Senti uma vontade de ir ao banheiro, comuniquei ao Josh que se levantou, permitindo que eu passasse. Caminhei para o fundo do avião, onde continha um minúsculo banheiro.

A porta estava fechada, pensei que estivesse ocupado, portanto, esperei.
Percebi que estava demorando muito, então bati na porta. Mas foi em vão, então bati outra vez. Ninguém respondeu.

Tomei a livre liberdade de abrir a porta e como eu esperava, não havia ninguém.

Senti uma leve raiva de mim mesmo, mas me acalmei e fiz minhas necessidades.

Sai do banheiro e todos pareciam desesperados.

Algumas pessoas choravam, outras permaneciam caladas porém pálidas, algumas chegaram até a gritar.

Comecei a andar em direção ao meu acento mas o avião desequilibrou, o que me levou a chão.

Meu coração começou a acelerar quando escutei várias pessoas gritarem em uníssono que o avião estava caindo.

Tentei levantar, mas o desespero não deixou...

Ele estava inclinado, e descendo em direção ao mar.

Senti meu corpo tremer, então, alguém me agarrou.

Olhei para cima e vi Josh, segurando meus braços, ele parecia com dificuldade.

Todas as pessoas estavam sentadas.

Ele me levantou, sentamos nos acentos rapidamente colocando o cinto.

Aeromoça:Prezados passageiros, eu sinto muito em lhe dizer, este vôo não está sendo um sucesso! Peço perdão por tudo...mas o avião está caindo.

Logo depois, senti um impacto!
O cinto não ajudou pois assim que o avião se chocou contra o mar, fui jogada para cima.

Depois disso, enxerguei apenas um breu.

CAPÍTULO PEQUENO.
ESPERO QUE TENHAM GOSTADO.
OBRIGADA POR LEREM.
IGNOREM QUALQUER ERRO ORTOGRÁFICO E ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO.

°CONTINUA?°

TRAGEDYOnde histórias criam vida. Descubra agora