O Natal chegou rapidamente, e, antes de ir para a casa dos seus pais Bulma subiu até o apartamento de Vegeta, para entregar a ele seu presente. Tocou a campainha e ele atendeu. Estava usando um suéter vermelho com um bordado natalino que não combinava nadinha com ele e calças jeans, além de botas de inverno. Sorriu quando a viu e disse:
- Me diga que não é um suéter cafona, Kakarotto me chamou para passar o Natal na casa dele e me obrigou a usar isso que você está vendo, e, o pior, aquele meliante é cúmplice! – ele apontou para o irmão, que estava em pé na sala de estar, usando um suéter parecido, mas com um boneco de neve na frente, com as mãos nos bolsos, rindo-se gostosamente do irmão.
- Ora, vamos, irmãozinho... você nunca faz nada bem-humorado
- Como você está, Tarble?– perguntou Bulma, sorrindo.
- Eu? Ótimo. Preparando-me para subir o Annapurma e talvez o Lhotse no próximo ano. Quem sabe o Nanga Parbat...
- Para você que não sabe, Bulma, essas são as próximas tentativas de suicídio dele – disse Vegeta, levando a cadeira de rodas até perto da mesa e pegando um pacote sobre ela e trazendo para Bulma. – Eu acho que isso é seu, senhorita – ele sorriu – Não abra antes da meia-noite.
- E se eu quiser abrir? Você sabe que eu não vou estar por aqui, não sabe? Como vai saber se eu esperei ou não?
- Tenho meus meios – ele sorriu. – E vai ficar segurando meu presente até meia-noite, senhorita?
- Não, claro que não – ela entregou a caixa a ele e brincou – podia ter comprado um cachecol para combinar com seu casaco.
- Só se fosse para eu enforcar vocês todos com ele, por me obrigarem a usar essas coisas – ele sorriu e disse: - tem certeza que não quer vir conosco?
- Não posso. – ela sorriu – meus pais passam o ano todo sem me ver.
- Como você vai? Quer um carro, um motorista?
- Não, minha irmã vai passar aqui.
- Então... ok – ele disse, sem querer tirar os olhos dela – espero que você tenha um ótimo Natal e...
- Cunhado, eu estou pronta – uma voz soou, vinda da direção da sala.
- Ah, ótimo, podemos ir, finalmente... – disse Vegeta – Conhece Caulifla, Bulma, a louca que decidiu namorar meu irmão?
Bulma olhou na direção da garota que ia para perto de Tarble e riu, porque ela também usava um suéter natalino com uma espalhafatosa árvore de natal bordada na frente. Ela deu um beijo na boca do rapaz dizendo:
- Deus, essa porra pinica mesmo! Só você e aquele palhaço do Goku para...
- Caulifla! – Bulma sorriu – há quanto tempo!
- Ah, oi, azuladinha – ela sorriu – pois é, o Son Goku parece que fez algo certo quando nos apresentou aquele dia – ela segurou a mão de Tarble, que riu e deu um beijo no rosto dela. – Larguei o Parkour, no entanto... ele me chamou para escalar alta montanha... – ela disse, indicando Tarble com a cabeça.
- Como pode ver, Bulma, uma dupla de loucos. – Vegeta disse.
Ela se despediu e desejou um Feliz Natal a todos. Ia saindo pelo hall quando Vegeta seguiu-a e disse:
- Bulma...
Ela virou-se olhando para ele, que disse:
- Eu preciso arrumar um ramo de visco para ganhar um beijo?
Ela sorriu e disse:
- Não. – ela abaixou-se e o encarou, com aqueles grandes olhos azuis antes de depositar um beijo de cada lado do rosto dele e, então, um selinho nos lábios dele, que fechou os olhos, esperando por mais. Ela deu um beijo mais demorado e ele segurou a sua mão, dizendo, num sussurro:
VOCÊ ESTÁ LENDO
As Paredes do Aquário
FanficE se Vegeta tivesse uma tragédia irreparável em sua vida, como ele seria? E se ele se sentisse punido por algum crime que jamais cometeu, seria tão difícil e orgulhoso? E se ele não pudesse andar? Sempre vi um traço de melancolia no príncipe dos say...