Capitulo 16

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- O quê? Mas agora? - Mathew perguntou não desviando os olhos da estrada. O seu tom de voz num nível de "A sério Imogen agora?"

- Sim - mas porquê aflita?

- E não aguentas? - Agora encontrava-se de sobrancelhas levantadas - Quero dizer, estamos a tipo, dez minutos do ginásio.

Por isso mesmo. 

- Encosta - sugeri.

- Onde? 

- Ali - apontei. 

Mathew seguiu o meu dedo indicador que apontava para a beira da estrada perto de uma floresta. 

- Vais fazer chichi, numa floresta? - detestava que dissessem a palavra chichi, soava tão mal.

- Diz-se necessidades - corrigi-o.

- Quero dizer, não vais defecar ali certo? - Ele ampliou os olhos desviando desta vez o olhar da estrada cinzenta para os meus olhos mel.

- Não, credo! 

Tentei parecer séria. Falhei.

O meu riso mostrou-se presente no pequeno espaço do carro.

Mathew que antes se encontrava em feições sérias, agora ria-se comigo.

Parando mesmo onde indiquei, abriu a janela do lado do passageiro.

- Porque diabos estás tu a descer a janela? - Perguntei confusa.

- Quero ouvir-te a fazer força - ele sorriu.

Num impulso atirei a minha cabeça para trás batendo com ela na cabecinha do banco do passageiro. Ele era tão, estúpido. 

- Fecha mas é a janela, e deixa-me defecar à vontade - brinquei abrindo a porta do carro e saindo para o ar fresco que me atingira momentos antes devido à janela aberta.

Mathew ria-se no carro enquanto a janela subia.

Não tinha realmente vontade de fazer chichi. De fazer necessidades. O meu subconsciente corrige.

Certo; necessidades.

Levei o meu corpo para trás de uma arvore em forma de fingimento. Eu não ia realmente fazer qualquer coisa aqui.

Quer se dizer, é estranho. E desnecessário. 

De volta ao carro, este encontrava-se trancado.

Mathew fingia estar a dormir.

Bati levemente na janela fechada do carro. 

Mathew abriu os olhos olhando para mim. Fiz em gesto de mãos para que ele destrancasse o carro.

Mathew cumpriu o meu pedido.

Abrindo a porta do lado do passageiro para como objetivo, sentar-me neste. Mathew avançou o carro para a frente fazendo o meu corpo recuar de imediato.

Provavelmente eu ter-me-ia passado, mas conseguia ouvir o riso parvo dele de onde me encontrava.

- A sério? - Guinchei.

A minha voz mais aguda do que esperava que soasse.

A porta do lado do condutor abriu-se revelando um Mathew sorridente.

- Isso demorou - ele brincou.

Demorou mesmo? Só me tinha encostado a uma arvore e ficado ali. A pensar no que deveria pensar. 

Acabei por pensar involuntariamente nele.

- Não se pode apressar a natureza - o quê?

Mathew fez um ar confuso. Até eu continha com certeza um ar confuso.

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⏰ Última atualização: Nov 14, 2014 ⏰

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