O Movimento Da Terra (Tradução)

Capítulo 15: Rendição

Após várias horas de observação, os médicos finalmente determinaram que eu não precisaria de enxertos de pele. Felizmente, minha mão não estava na 'fogueira' por tempo suficiente para destruí-la completamente; curaria por si só, mas lenta e dolorosamente. Meu braço direito provavelmente ficaria fora do elenco antes que minha esquerda estivesse totalmente funcional novamente.

Quando o médico desembrulhou a gaze, dei uma olhada e fechei os olhos com um gemido. O médico explicou o tratamento em casa para Charlie, falando sobre antibióticos e cicatrizes enquanto eu tentava apagar da minha mente a imagem da minha carne vermelha e branca. Victoria estava morta, eu me lembrei. Victoria estava morta, todo mundo estava vivo, e então tudo valeu a pena.

Mas parecia que correr com vampiros e lobisomens realmente tinha seus riscos.

Chegamos em casa do hospital no momento em que o sol estava começando a se pôr. Eu não esperava Jacob antes do anoitecer, então me acomodei no sofá enquanto Charlie pegava um bloco de papel e começava a fazer listas do que precisaríamos nas próximas semanas.

"Que comida você pode comer sozinha, Bells?" ele perguntou, acenando com o dedo indicador e o polegar expostos.

Eu belisquei experimentalmente. "Não muito", eu disse. "Palitos de cenoura, talvez. Nuggets de frango. Tortilhas." Minha dieta certamente seria chata por um tempo.

Charlie rabiscou diligentemente. "E eu vou pegar muitos canudos. Você vai comer sopa com um canudo?"

"Se eu tiver que." A idéia era meio repulsiva, mas era infinitamente melhor do que ser jogada como uma criança.

"Tudo bem. Você precisa ... uh ... e quanto ..." Charlie corou profundamente.

Eu fiz uma careta. Alice não haveria para me ajudar a tomar banho desta vez - embora agora que ela voltasse, eu não tinha dúvida de que ela ofereceria seus serviços se eu os solicitasse. O pensamento despertou uma confusão de emoções complicadas ... mas eu estava determinado a lidar com isso sozinho. Ou o mais sozinho que pude. Depois de incendiar um vampiro, as pequenas coisas não pareciam mais tão impossíveis. "Apenas me dê uma bucha no palito, pai", eu disse. "Eu vou descobrir." Vestir seria mais difícil, mas eu descobriria isso também.

"Uma ... bucha?"

"Ou uma esponja", acrescentei apressadamente sua expressão confusa e vagamente aterrorizada. "Ou um daqueles coquetéis de bola de rede. Tanto faz, contanto que esteja em um bastão."

Ele relaxou. "Oh, tudo bem."

Terminamos a lista de suprimentos juntos e então comecei a adicionar uma lista de compras. "Brócolis. Aspargos. Brotos de feijão. Pão integral."

"Como você deve comer brotos de feijão?"

" Eu não estou comendo brotos de feijão", expliquei. " Você é."

Ele piscou. "Por quê?"

"Alface", continuei, ignorando-o. "Peru moído. Beterraba."

"Bella, eu nunca comi beterraba e certamente não estou começando agora . Eu nem sei cozinhar beterraba".

"Existem receitas nos livros de receitas", eu disse. "Arroz integral. Rabanetes. E eu quero que você atravesse o freezer e jogue fora todas as costeletas de porco e bacon. O peixe pode ficar."

Charlie parou, depois me deu um olhar longo e sério. "Bells", ele disse gentilmente, "Harry sempre teve um coração fraco."

Eu balancei minha cabeça. "Ele tinha a sua idade. Melhor prevenir do que remediar."

"Ouça-me, Bella." Ele colocou o bloco de papel na mesa de café. "Eu conhecia Harry desde que éramos crianças, antes da reserva ter construído sua própria escola. Ele começou a tomar remédios aos dez anos. Lembro-me de ter ciúmes porque ele nunca corria a milha na aula de ginástica". Ele teve que fazer uma pausa para apertar os lábios - a morte de Harry era muito fresca e crua para ele, e eu me arrependi de fazê-lo falar sobre isso, mesmo que obliquamente. "Ele não se importou o suficiente nesses últimos anos. É por isso que Sue estava sempre gritando com ele."