"então, eu... eu não sei"
foram as minhas últimas palavras
antes de me lançar
diante de você,
diante do desconhecido.
mas eu sabia o que eu queria.
sabia que diante de você eu hesitaria,
que eu me perderia.
e quis me perder mais ainda.
então, eu me lancei.
encontrei-me em seus lábios,
em seu abraço,
em suas mãos que me apertavam trazendo-me de volta.
aquele badalar dos sinos me trazia de volta;
como um sinal da realidade
no meio da escuridão nos meus olhos fechados.
mas eu lutava porque eu amo a escuridão,
e principalmente aquela escuridão.
escuridão que não precisava de luz no vim do túnel
para me trazer esperança;
a escuridão era a esperança.
a esperança de não-realidade,
de total sonhos com você ao meu lado,
à minha frente,
aos meus braços,
aos meus lábios.meu bem, você sabe como é:
eu não sei.
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Desabafos Desperdiçados
Poesía"A partir do momento que você tem que esconder o seu próprio rosto de si mesmo, tudo o que resta é nada; é uma figura estranha que você imagina estar estampada na sua cara e que todo mundo olha e ninguém entende, assim como você também não entende...