I like when you call me love

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— Essa aqui, no nosso baile de formatura.

Lud diz e aponta para uma das milhares de fotos penduradas ali, vou até ela e olho para a foto. É impossível não sorrir ao ver a versão mais nova minha e de Ludmilla juntas, na foto eu estou sentada de lado em seu colo, ela está com a cabeça recostada em meu colo, seus olhos estão fechados e ela sorri. Meu sorriso na foto não é menor que o dela, parecemos felizes.

— Nós fomos juntas? 

— Sim. - Continuo olhando para a foto, tento forçar minha mente para me lembrar desse dia, mas nada acontece. — Eu aluguei uma limusine gigante, você quase enfartou quando viu.

Ela conta e gargalha, olho para ela e sou contagiada pelo som de sua risada. Sua cabeça sendo balançada de um lado para o outro, Ludmilla morde o lábio inferior e olha para baixo.

— Isso é a sua cara. - Ela levanta a cabeça ao ouvir meu comentário. — Me lembro bem do quão exagerada você era no colégio, acha que me esqueço daquela sua moto gigante? 

 — Ela nem era tão grande assim.

— Era sim. O dia que você me deu carona, eu quase morri, eu pensei que sairíamos voando com aquele troço. 

— Que exagero, amor. - Mordo os lábios e dou um pequeno sorriso ao ouvi-la me chamar daquele jeito. — E-eu... Saiu sem querer. 

Olho para ela que está com as bochechas coradas, junto as sobrancelhas confusa.

— O que? 

— Eu te chamei de amor... Foi sem querer. 

Esclarece e a expressão em meu rosto suaviza, hesitante dou um passo para mais perto dela. Ela me olha quase sem piscar, e se mover. Nem sei dizer se ela está respirando, mas acho que não. Aproximo meu rosto do seu e quando estou prestes a juntar nossos lábios, o celular dela começa a tocar. Saltamos uma para longe da outra por causa do susto. 

— Jesus!

Exclamo levando uma mão até meu peito, Ludmilla solta uma risadinha nervosa e busca pelo aparelho em seus bolsos, quando ela finalmente o acha logo atende a ligação.

— Oi, pai.- Me recupero do susto aos poucos. — Não, eu vim dar uma volta com a Brunna... Sim, nós viemos aqui no sítio. - Ela me olha e sorri enquanto ouve o que seu pai diz. — Já estamos indo, okay.

— Vamos embora? 

É impossível não notar a decepção na minha voz, e com certeza ela notou. 

— Sim, mas nós podemos voltar amanhã ou quem sabe dormir aqui... 

— Aqui? 

— Não aqui na casa da árvore, mas na casa lá na frente. - Ela explica apressadamente e eu acabo sorrindo de seu jeito meio afobado. Ludmilla se afasta da parede e ajeita suas roupas. — Vamos?

Me chama e apenas concordo com a cabeça, estamos quase saindo da casa quando eu a seguro pelo pulso. Ela me olha sem entender e antes que ela possa falar algo, seguro seu queixo com minha mão livre e selo nossos lábios. Ela suspira com força, o ar batendo contra meu rosto. Sinto Ludmilla apertar minha cintura e então aprofunda o beijo. Nossos lábios se movendo lentamente, como se estivéssemos dançando uma valsa.

— Só para deixar claro, eu gosto quando me chama de amor.

Confesso apos pararmos o beijo, me afasto um pouco dela e a vejo abrir um enorme sorriso. Deus! Que sorriso mais perfeito ela tem. Eu acho que tenho uma queda por ele.

Na verdade tenho um abismo por ela inteira... E só parece aumentar. 

Eu simplesmente não consigo tirar os olhos dela.

Stupid Wife - Versão BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora