Anniversary

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OLHA QUEM VOLTOOOU, É O ÚLTIMO DE HOJE GENTE, MEU DEDOS JÁ ESTÃO DOENDO.
BOA LEITURA...

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— Ah...

Solto um gemido de dor ao tentar abrir os olhos, minha cabeça está latejando, meus olhos ainda ardem e sinto meu nariz ainda entupido. Ontem após voltar para o quarto - ainda chorando, deitei-me com Rafael e abraçado a ele chorei até pegar no sono.

Minha cabeça não só parece que vai explodir como também está uma enorme bagunça, não consigo achar uma solução para tudo isso, não faço ideia do que fazer, qual direção seguir. Nem como seguir. 

Isso tudo é uma grande bosta, eu poderia simplesmente acordar um dia desses e me lembrar de tudo logo. Seria menos cansativo e doloroso.

Mesmo com os olhos ainda fechados, passo a mão pela cama e sinto Rafael ao meu lado, devagar abro meus olhos e viro a cabeça. Meu pequeno está ali, todo arreganhado pela cama. Sorrio com aquela imagem, é a melhor visão para se ter de manhã. Fico em meus cotovelos e estalo o pescoço, duas vezes. Bocejando sento na cama e após me espreguiçar saio da cama, mas volto para dar um beijo em meu filho.

Meu filho. Isso soa tão bem mesmo somente na minha cabeça. Tenho orgulho de saber que ele é meu filho, Rafael é um excelente garoto, além de super inteligente é muito obediente e carinhoso. O filho que sempre quis, mesmo durante a adolescência.

Vou até o banheiro lavar o rosto, molho a nuca e suspiro. Nem sei que horas são, mas deve ser cedo, tudo está quieto demais.

— Uh...

Mal saio do quarto e já bato de frente com alguém, cambaleio um pouco para trás e olho para ver quem me quase me atropelou. Marcos. Seu rosto amassado deixa claro que ele acabou de acordar, eu nem fazia ideia que ele havia dormido aqui.

— Perdão, não vi você.

Se desculpa sem jeito e arruma seus cabelos desalinhados, sorrio para tranquiliza-lo e ele suspira. Marcos me olha fixamente, sei que ele quer dizer algo, só espero que não me de sermão.

— Bom dia.

— Bom dia.

Ele desvia o olhar e continuamos em silêncio, isso já está me incomodando. 

— É... - pigarreio duas vezes e ergo o tronco, ele me olha curioso. — Então... Você quer me dizer alguma coisa? Estou começando a ficar sem jeito de tanto que você me olha.

Confesso e ele pressiona os lábios, sem graça abaixa a cabeça e eu me controlo para não rir. 

— Oh... Perdão. - Pede timidamente e eu apenas balanço a cabeça. — Eu já vou indo, er... Avisa a Ludmilla quando ela acordar.

— Tudo bem.

— Tchau, Bru - Aceno para ele que está prestes a descer as escadas, mas para, sussurra algo consigo mesmo e grunhe.— Droga!

— Algo errado? 

— Não, não! - Ele respira fundo e bagunça os cabelos, acho é quase um toc dele. — Quer dizer, sim... - Volta para perto de mim e olha de relance para a porta do quarto do Rafael, Ludmilla deve estar ali. — Eu prometi que não iria me meter, mas talvez você não faça ideia do quanto está me doendo ver minha irmã da forma que eu vi ontem durante a noite quase toda. 

Ouvi-lo dizer isso me deixa pior ainda do que estava antes, eu fazia uma ideia que estava sendo difícil, mas não pensava que era tanto assim.

— Eu sei que é tudo uma confusão para você, que você não gosta muito dela. - Entorta a boca e suspira, olho para baixo envergonhada. — Mas, Brunna, não é um pedido dela, é um pedido meu, tente ao menos conhecer ela. Você não faz ideia do quão maravilhosa minha irmã é, não estou te dando uma ordem, muito pelo contrário, ao menos dê uma chance para conhecer ela do modo correto. 

Stupid Wife - Versão BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora