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           As mãos de Chungha sangravam, suas pernas já não aguentavam mais forçar os pés a baterem contra a estrutura de ferro

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           As mãos de Chungha sangravam, suas pernas já não aguentavam mais forçar os pés a baterem contra a estrutura de ferro. A mãe de Chanyeol estava da mesma forma, exausta e machucada. 

— Por favor, pare! – A mulher mais velha pediu a Chungha quase em súplica, lágrimas grossas escorriam dos seus olhos tristes. 

— Não! Eu não posso desistir, eu não posso deixar a dor e o cansaço me vencer. – Chungha continuou usando as mãos pra bater nas paredes do container. Ambas já estavam muito machucadas e a garota sentia muita dor, no entanto, suportaria até que alguém as tirasse de lá ou, até que seu corpo não aguentasse mais. — Alguém precisa nos notar, nos ajudar, eu sei que não vai ser fácil mas eu tenho que fazer algo.

               Young Hee não insistiu em tentar pará-la, mas não podia a ajudar, não aguentava. Então a garota continuou, batendo e gritando com a voz falha. Tentando de todas as formas vencer o cansaço, já nem tinha mais noção de quanto tempo estavam ali. 

                Na delegacia, Jooheon ainda interrogava Suyeon, tinha provas o suficiente para mantê-lo ali. O homem ainda utilizava do mesmo tom debochado de antes.

— Vendo o quão desesperado você parece, ainda não encontraram o container certo? – Perguntou mantendo o sorriso que deixava Jooheon irado.

— Nós vamos encontrar, você não vai se livrar da acusação de sequestro e tráfico de pessoas. Além do mais, mesmo que negue, você disse coisas comprometedoras aqui. – Jooheon sorriu, era como se os dois homens estivessem numa batalha pra ver qual parecia ter o sorriso mais rude e sarcástico. — E também, graças a isso. – O promotor finalmente mostrou o livro de contas à Suyeon, pego por Chanyeol. O agiota o encarou com os olhos arregalados. — Você será sem dúvidas preso, assim como os nomes aqui presentes. Aceite, você perdeu Suyeon-ah. – Lee voltou a ser informal, dessa vez realmente tinha conseguido intimidar o homem. — Ah e, eu solicitarei ao juiz pena de morte, não mais prisão perpétua. Já decidiu qual vai ser a sua última refeição? – Jooheon se levantou e deixou a sala, em seguida pediu que os policiais levassem o homem para a cela. Suyeon não ia colaborar mais, Lee conhecia aquele tipo bem, não adiantava forçar.

                 O detetive Im continuava empenhado em conseguir informações. Enquanto isso, Jooheon decidiu ir pra casa para tomar um banho e colocar roupas limpas, já estavam caminhando para o segundo dia desde que Chungha havia sido sequestrada e até o momento não haviam conseguido localizá-la. Apesar de preparado para o pior, Jooheon se mantinha esperançoso de que encontraria a garota e mãe de Chanyeol com vida. 


• • •

               No hospital, Chanyeol ainda se recuperava do golpe de faca que havia sofrido. Felizmente nenhum órgão havia sido danificado, o que era estranho visto que Junmyeon sempre foi especialista com facas, não costumava errar seus golpes, eram sempre letais. Isso fez o rapaz pensar que o antigo colega havia o poupado propositalmente, talvez ainda existisse alguma humanidade em Junmyeon.

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