O clima entre Chanyeol e eu, melhorou bastante após a última “discussão”, acho que fora necessário para nós, realmente confiarmos um no outro. Isso também nos aproximou, bastante.
Chanyeol passou a ficar mais tempo em casa, cheguei a me perguntar se antes, ele se sentia desconfortável com a minha presença, isso explicaria sua ausência. Não quis perguntar, tinha certeza de que ele não conseguiria responder, se esse fosse o caso.
Durante os dias enquanto ele estava em casa, passávamos o tempo assistindo filmes, séries e, até doramas. Ele sempre prometia que resolveria as coisas, que meus pais ficariam seguros. Eu decidi confiar nele e, esperar que conseguisse resolver as coisas. Eu não podia fazer muito, somente confiar e o dar força. E fazer isso, estava fazendo com que eu começasse a desenvolver sentimentos estranhos por Chanyeol. Mesmo achando ser somente por estarmos passando muito tempo juntos e, por ele ter me ajudado, estava me deixando levar. O que poderia ser um erro mais tarde.
Park já estava fora faziam três dias e, eu já estava preocupada, pois, embora nós nos falássemos por mensagens e ligações, ele ainda estava fora e, sabe-se lá, o que ele poderia estar fazendo ou, o que poderia lhe ocorrer.
Segundo ele, estava voltando hoje, decidi preparar algo pra ele comer. Acreditava que Chanyeol chegaria cansado e, com fome. Também, queria fazer algo por ele.
Preparei arroz, kimchi jjigae e alguns acompanhamentos, da forma que minha mãe havia me ensinado e, esperava que ele gostasse. Esperava que estivesse bom.
Quando tudo estava quase pronto, Chanyeol finalmente chegou, sua aparência era de exaustão. Ele me cumprimentou rapidamente e disse que voltaria em alguns minutos, iria tomar um banho antes. Terminei de preparar tudo e, arrumei a mesa, Chanyeol não demorou muito e logo voltou, ele parecia cansado e sua expressão não era das melhores. Se sentou à mesa e suspirou, pegando a colher e provando um pouco da sopa do kimchi jjigae.
— Eu tenho uma boa notícia e, uma péssima, qual das duas você quer primeiro? – O meu coração se apertou com a sua pergunta. Me senti ansiosa, qual era a péssima?
— Coma primeiro. – Embora estivesse curiosa, poderia esperar até que ele terminasse. Eu, já não conseguiria comer ou beber nada.
Chanyeol começou a comer devagar, talvez quisesse ter certeza de que, estivesse bom, fiquei o observando comer diligentemente.
— Foi você quem fez? – Ele perguntou, assenti. Chanyeol ficou em silêncio enquanto continuava a comer.
— Por que? Está ruim? Não coma se estiver, pode lhe fazer mal – Ameacei afastar a tigela dele mas, ele pousou sua mão sobre a minha, impedindo-me.
— Não está ruim. – Chanyeol estava estranho, parecia que começaria a chorar a qualquer momento. — Faz tempo desde que cozinharam pra mim, sua comida me lembra a de alguém que, eu falhei em proteger. – Fiquei confusa, ele estava se referindo à quem? Seria uma namorada?
— Namorada? – Não contive a minha curiosidade, Chanyeol passou as costas de uma de suas mãos, nas bochechas e riu.
— Não, não é uma namorada. – Ele terminou de comer. — Bem, obrigado pela comida. Podemos conversar? – Saber que não era sobre uma namorada, me deixou aliviada. Eu estava começando a gostar de Chanyeol. Assenti, nos levantamos e caminhamos até a sala de estar. Me sentei ao seu lado no sofá de três lugares e, aguarde até que ele começasse a falar.
— Você pode começar – Disse quando ele ficou calado. Ele suspirou parecendo tomar coragem pra falar. — Você tá me deixando ainda mais nervosa.
— Desculpa, é que, eu não sei como deveria lhe contar o que tive confirmação hoje. – Se Chanyeol não falasse logo, era possível que eu desenvolvesse uma úlcera, de tanto nervoso. — A boa notícia primeiro né? – Assenti. — Sua mãe, ela tá realmente segura agora, em uma casa em outra cidade, tem alguém de confiança que ajudará ela. – Suspirei aliviada fechando os olhos , era algo que me trazia muito alívio.
— E meu pai? – questionei por ele só dizer sobre minha mãe.
— A péssima notícia é que, o motivo pelo qual estavam atrás de você, é porque, seu pai te vendeu pro chefe pra quitar a dívida e, conseguir mais dinheiro. – Encarei Chanyeol com os olhos arregalados e, perplexa.
Como era possível que meu próprio pai tivesse feito uma atrocidade dessa? Ele não faria, não é possível, ele não teria coragem. Eu não poderia estar enganada sobre a pessoa que me deu a vida e, sempre me criou com amor apesar das dificuldades.
— Não é possível Chanyeol, você deve estar enganado, me diz que isso é só especulação e que, você não tem certeza? Por favor, huh?! – Pousei uma de minhas mãos no antebraço de Chanyeol enquanto o encarava com a esperança de que, ele me dissesse que não estava confirmado ainda e, que meu pai poderia ser inocente.
— Eu sinto muito – Chanyeol abaixou a cabeça, ele parecia claramente mal me dizendo aquilo, parecia doer mais nele, que em mim.
Eu estava sem chão, foi como se um sopro de vento tivesse levado toda estrutura que me protegia, eu estava exposta e, vulnerável. Tentava assimilar aquilo mas, era em vão, eu não podia acreditar. Era traição demais ser vendida pelo meu próprio pai, o que mais eu poderia esperar de ruim na minha vida?
— Você sabe o motivo dele precisar de mais dinheiro? – Questionei sentindo as lágrimas grossas e quentes escorrendo pelas minhas bochechas.
— Pelo que soube, seu pai anda apostando jogos de cartas. – Meu estômago começou a embrulhar com as revelações, eu fui vendida pra um agiota pra que meu pai pudesse continuar jogando dinheiro fora com apostas?
— Eu tenho tão pouco valor assim? Pra ele me vender somente pra conseguir dinheiro pra jogar? Pra ele me jogar fora dessa maneira? – Neste momento acredito que, se eu fosse esfaqueada várias vezes no peito, doeria menos do que, o que meu progenitor havia feito comigo.
Talvez fosse uma dor que estou sentindo agora, nunca passe, meu coração e confiança foram triturados pela pessoa em que, jamais, desconfiei.
— Não meça seu valor por causa do que seu pai fez, eu sei que deve ser difícil mas, entenda, você tem muito valor, tanto pra sua mãe, quanto pra mim. – Eu só conseguia chorar, achando a situação inacreditável. — Seu pai infelizmente, se tornou uma pessoa viciada e, neste instante, nem mesmo ele, tem valor pra ele. – Me aproximei de Chanyeol e, recostei a cabeça em seu peito. Ele provavelmente estava surpreso mas, logo senti sua mão acariciar meus fios, obviamente em uma tentativa de me consolar. Eu precisava que ele me consolasse, eu queria que ele estivesse aqui por mim nesse momento, eu precisava dele. Eu não queria passar por tanto sozinha, como sempre passei.
— Chanyeol – O chamei e ele respondeu com um “hm?”. — Eu preciso saber. – Chanyeol questionou “do que?” — Você também vai me jogar fora?
— Você não é um objeto mas, não, eu nunca te jogaria fora. – Mesmo só ouvindo sua voz, eu sentia que ele estava sendo sincero comigo.
— Então não me jogue fora, Chanyeol. – Porque você é a única pessoa que me restou e, a única em quem posso confiar.
»»»»
Hello mores, o que acharam do capítulo?
Chungha tá gostando do Chano.
O pai dela é um verdadeiro cretino.
Às vezes as piores coisas vem de quem a gente menos espera.
enfim, mores, criei uma grupinho no wpp dedicado aos meus leitores e, amaria ter vocês com a gente lá, então, caso se interessem, o link tá na minha bio. Todxs são muito bem vindxs, não se acanhem. 🌸
por hoje é isso, obrigada por ler, xoxo ❤🌸
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Fake Bandit ▸ Chanyeol
Fanfic↳Concluída↲ ❝Park Chanyeol só queria fazer o trabalho pelo qual fora obrigatoriamente designado: Cobrar a dívida que a família cujo sobrenome era Kim tinham com seu chefe, no entanto, Chanyeol só não esperava que a filha do casal era Kim Chungha, a...