↳Concluída↲
❝Park Chanyeol só queria fazer o trabalho pelo qual fora obrigatoriamente designado: Cobrar a dívida que a família cujo sobrenome era Kim tinham com seu chefe, no entanto, Chanyeol só não esperava que a filha do casal era Kim Chungha, a...
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Nem tudo são arco-íris e borboletas
São os compromissos que nos impulsionam
Meu coração está cheio e minha porta está sempre aberta
Venha sempre que quiser
(Maroon 5 – She Will Be Loved)
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No outro dia foi difícil lidar com a ideia de que, meu pai havia feito o que fez comigo. Não parecia real que, um pai tivesse coragem de fazer isso com a própria filha.
Pedir que Chanyeol não me jogasse fora, foi um pedido desesperado pra que, ele não me abandonasse também. Ele é a única pessoa que eu tenho agora. E, eu gosto de estar perto dele.
Chanyeol é sempre educado e, come tudo que eu preparo pra ele comer, se preocupa mais comigo do que com ele. Arrisco dizer que é um anjo da guarda.
Com os cotovelos sobre a mesa e, o rosto apoiado nas mãos, eu o observo comer. Ele sempre come tão bem, se sua mãe estivesse aqui, com certeza estaria orgulhosa.
— Eu sei que você vai ficar brava mas, ainda acho que deveríamos viajar. – Ele comentou enquanto ainda comia. — Praia seria legal, você poderia sair um pouco desse lugar e, respirar ar fresco.
— Vamos. – Chanyeol se engasgou com a minha resposta e, me encarou de imediato. — Então vamos à praia.
— Sério? – Assenti. Chanyeol sorriu. — Então vamos, hoje!
— Hoje? – questionei surpresa por ele querer ir tão rápido.
— Sim, agora mesmo, pegue suas coisas e, o que você não tiver, a gente compra no caminho. – Eu não tinha levado muitas coisas pra casa de Chanyeol mas, ele havia me comprado algumas roupas e acessórios. Obviamente fui relutante em aceitar mas, acabei cedendo. — Vamos, vamos, vamos – Ele se levantou, deixando a comida de lado, começou a me puxar e, me apressar.
— Calma, eu vou pegar minhas coisas. – O rapaz comemorou.
Arrumei as poucas coisas que tinha, Chanyeol também arrumou as dele. Ele fora cauteloso antes de nós deixarmos o prédio, não queria que houvesse a possibilidade de alguém me ver saindo com ele. Não havia ninguém do lado de fora, poderíamos sair numa boa.
Já distante do apartamento, abri a janela sentindo o vento bater sobre o meu rosto. Era bom estar fora de casa, já estava começando a me sentir muito mal ficando apenas dentro do apartamento.
Chanyeol dirigia em uma velocidade média, as ruas não tinham muito tráfego. Me sentei corretamente, olhando os carros a frente, era correto mesmo estar indo me divertir com todo o caos que minha vida se tornou?
Pensei e repensei, pode ser que não fosse correto mas, o que poderia fazer? Não tinha nada que eu pudesse fazer pra me livrar desse maldito caos. Também tem o Chanyeol, ele tem sido bom e generoso comigo desde que nos conhecemos. Ele deve passar por muito e, também, merece um pouco de diversão.
Após algumas horas, nós finalmente chegamos à praia. Já era tarde e, o sol estava prestes a se pôr. Chanyeol estacionou o carro e, nós descemos indo em direção à areia. Ventava um pouco e, o mar estava agitado, ao fundo, dava pra ver o sol nos deixando. Respirei fundo deixando meu corpo relaxar e, me sentando sobre a areia fofa. Olhei o rapaz de pé ao meu lado.
— Você vai ficar de pé ai? – questionei, embora tivéssemos ficado por horas sentados, deveríamos relaxar ali e assistir a ida do sol.
— Não quero que minhas roupas fiquem cheias de areia – Revirei os olhos com a sua resposta.
Então, segurei uma de suas mãos e o puxei pra baixo, por ter sido uma atitude repentina, Chanyeol não teve tempo de resistir e, caiu sentado do meu lado. O rapaz me encarou perplexo e, tudo que consegui fazer foi rir pra ele.
— Garota, você é doida! – Ele começou a rir, sorri pra ele desviando o olhar para o mar. — Minha roupa nova vai ficar cheia de areia. – O imitei com uma voz no mínimo irritante.
— Para de reclamar. – Disse quase como uma ordem. Park me mostrou a língua, ri pra ele. — É bom sair um pouco, respirar ar fresco.
— Por isso eu estou dizendo a semana toda pra gente vir, é bom sair um pouco de Seoul. Mas você brigou comigo e ficava insistindo em ficar no apartamento. – Chanyeol revirou os olhos.
— Achei que era injusto relaxar enquanto tudo de ruim acontecia.
— Injusto é a vida que você leva, se preocupa tanto com seus pais e, no fim das contas, esquece de você mesma. – Aquilo era uma verdade impossível de negar, eu só me preocupei com meus pais esse tempo todo e, no fim das contas, fui vendida pelo meu pai.
Decepcionante.
— Eu sou assim, sempre pensando mais nos outros do que em mim mesma, sempre colocando as pessoas na minha frente. Idiota, não? No fim, eu só me decepciono. – Lamentei, eu ainda estava chateada e acho que permaneceria por um bom tempo.
— Não é idiota, é humana. Acho que às vezes é normal colocar outras pessoas na sua frente. Eu também sou assim. – Chanyeol encarava o mar.
— É, eu sei. Você fez isso por mim. – Chanyeol virou o rosto pra me olhar. — Me colocou na sua frente. – Ele estava um pouco surpreso, talvez não estivesse esperando que eu reconhecesse. — É clichê dizer que eu não sei o que seria de mim se, eu não tivesse te conhecido? – Falei timidamente, apesar de sincera, estava com vergonha de admitir tal coisa. Um sorriso grande e meigo, surgiu nos lábios de Chanyeol.
Muita coisa poderia ter acontecido, eu provavelmente teria sido vendida para algum prostíbulo ou, teria meus órgãos retirados. São tantas possibilidades, eu realmente fui salva do pior.
— Ah, desse jeito você faz meu coração acelerar. – Ele disse de forma tímida e sorriu.
— Como naquele dia no beco? – Chanyeol umedeceu os lábios sem graça.
— Aquele dia? Ah, aquele dia…foi a adrenalina do momento que acelerou meu coração. – Deu uma desculpa me fazendo começar a rir, nem mesmo ele conseguiu se conter e, começou a rir também.
— Eu sei que você gosta de mim, Chanyeol. – Ele me encarou com as sobrancelhas erguidas mas, logo sua expressão suavizou.
— Eu também sei disso. – Park sorriu, sorri também. — Eu gosto de você, garota do parque.
