Parte 10

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No dia seguinte, à noite, pai e filha já caminhavam pelas ruas do Rio, saindo da Ladeira da Conceição, na Praça Mauá, onde Jorge morava, descendo a pé rumo à Cinelândia, pois Foluke vira no jornal um festival de animação no Cine Odeon, que não queria perder de jeito nenhum.

— Não acho boa ideia ficarmos andando à noite por aqui. Não estamos na cidade pequena que você viveu metade da vida, sabia?

— Qual é, pai? Vai dizer que tá com medo??

— Medo não, cautela. Não gosto de problemas, então não ando trás deles.

— E o senhor acha que devemos esperar os monstros baterem na nossa porta pra cumprirmos com a missão que os Orixás confiaram a nós?
Jorge estacou e Foluke somente percebeu muitos passos à frente.

— Foluke! Isso não é uma brincadeira! Você não vai lutar com monstros como vê no cinema, garota!

Participaremos é de trabalhos e giras no Terreiro!

A garota voltou até o pai, olhando-o nos olhos.

— Não, pai. O meu terreiro é aqui fora.

Deu dois tapinhas no tubo plástico, destinado a guardar mapas, que carregava preso ao ombro, nas costas.

— Eu vim preparada pros Quiumbas materializados.

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