COMO DE COSTUME, eu peguei detenção, só não sei se foi pelas corujas ou pela pequena explosão na aula do Dorian — juro que a última foi sem querer.
Saí da sala do projeto de Sr D — que estava me dando uma bela bronca — e encontrei Penelope encostada na parede ao lado da porta
— Tá fazendo o que aqui? — Perguntei, confusa
— Ué, eu não posso esperar minha amiga para dar apoio moral? — sorri inocentemente
— Ele descobriu que você ajudou com as corujas não foi? — arqueei a sobrancelha
— Aham — deu os ombros — vou entrar e encarar o lorde Voldemort, me deseje sorte — piscou, entrando na sala do Alaric.
Eu entrei na sala de aula e esperei por Penelope, surpreendentemente, eu não era a única: Jed, Alyssa e Aaron — esse último não era surpresa, conhecendo a peça, ele deve ter, no mínimo, sido pego no dormitório feminino — também estavam lá.
— Detenção? Que coisa feia loira— Aaron fala, com um sorrisinho presunçoso
— O mesmo vale pra você, versão mal feita do Greyback — rebati, lhe dando língua
— E o que vocês dois fizeram? — Apontei pra Jed e Alyssa, que estavam quietos
— Bem, o idiota aqui — Alyssa apontou pra Jed — resolveu dar uma de macho alfa. Eu posso ou não posso ter chamado o Alaric de velho bêdado
— Mentira! — Jed fala e ela o fuzila com os olhos — A minha parte não, mas a dela sim. Ela foi pega com o Salvatore no celeiro — fala e eu automaticamente tenho uma crise de riso.
— Quem foi pega no celeiro com o Salvatore? — Penelope pergunta, entrando
— Alyssa — Aaron diz e Penelope se junta a mim. Passamos um bom tempo rindo, o que fez Aaron rir, junto com Jed enquanto Alyssa estava de cara fechada.
— Por que não disse logo? — pergunto, me recuperando
— Ah, sei lá — deu os ombros — achei que vocês dois tinham alguma coisa — eu começo a rir novamente
— Eu e o Salvatore? — ela assente — Por que?
— Vocês estavam sempre juntos, tem que admitir que pareciam um casal — Jed explica
— Ele tem um ponto — Aaron concorda — quando eu cheguei na escola, achei que você e o Salvatore namoravam
— Ew não! Harry é quase um irmão, e outra: sempre estávamos eu, ele e Lexi
— Ainda assim, vocês pareciam um casal. Admita — a infeliz — ou Penelope, pra quem preferir — concorda. A mesma insistia há anos que eu e Harry tínhamos algo e eu quase a matava — quase, porque sou uma amiga maravilhosa — todas as vezes que insinuava isso.
Graças a Deus a droga da detenção tinha acabado. Penelope e eu passamos o tempo inteiro ignorando Dorian — isso não é novidade —, conversando com Aaron, mas eu também não pude deixar de pensar no que Alyssa e Jed disseram. Eu sabia que algumas pessoas — Penelope, Aaron e Lexi — achavam que eu era afim do Harry, mas achava que era só coisa da cabeça deles. Mas, aparentemente, não era.
Ignoro as centenas de perguntas — não só as relacionadas ao Harry, mas também as relacionadas aquela estúpida profecia — na minha cabeça e saio do colégio, indo para o Mystic Grill, onde marquei de encontrar a Lexi.
Passo pela praça da cidade feito um furacão, embora meus esforços para tentar ignorar a profecia, ela continuava martelando na minha cabeça: uma nova ameaça? Lembranças dolorosas? Um juramento? Essas profecias deveriam vir com um manual de instruções!
Estava tão perdida em meus pensamentos que nem noto quando esbarro em alguém, caindo no chão:
— Aí droga! Desculpa — o garoto em que esbarrei disse, me ajudando a levantar
— A culpa foi minha, ando um pouco distraída esses dias — esses dias? Tente sempre
— Sou o Ethan — se apresenta, Ethan era moreno com olhos claros e provavelmente, jogava no time de Mystic Falls
— Sabrina — sorri
— Nunca vi você na escola — comenta
— Eu estudo na escola Salvatore — eu explico e ele murmura um "ah" — Vim só encontrar uma amiga no Mystic Grill
— Eu posso te dar uma carona — oferece e eu fico tentada a aceitar
— Não precisa se incomodar
— Não é incômodo, sério, minha irmã trabalha lá. Eu estava indo buscar ele agora
— Tá bom então — aceito. Essa é a parte boa de morar numa cidade pequena: todo mundo conhece todo mundo, então se ele fosse um completo filho da puta, a Sra Price — uma velhinha simpática que mora em frente à praça —, a nossa própria Miss Patty, já saberia e teria gritado algo como "pare de dar em cima dela seu cretino!"
Ethan para o carro em frente ao restaurante e nós nos despedimos. Eu vou ao encontro de Lexi; e ele, entra para procurar sua irmã.
— Quem era aquele? — Lexi pergunta,
maliciosa— Ethan. Esbarrei nele no caminho — digo, simple
— Ele é fofo — morde os lábios e eu rio, negando com a cabeça. Não que Ethan não fosse bonito. Ele era, mas não fazia muito meu tipo
— Falando no diabo — sussurro pra morena quando Ethan vem em nossa direção, acompanhado de uma morena com cabelos cacheados amarrados em um coque.
— Sabrina, essa é minha irmã, maya — aponta para garota ao seu lado
— Prazer — estende a mão, sorrindo. Eu aperto e retribuo o sorriso.
Lexi pisa no meu pé
— Aí — reclamei — ah, essa é a Lexi. Lexi Ethan, Ethan Lexi — reviro os olhosEthan e Lexi passaram um bom tempo conversando, assim como eu e Maya. Até que Ethan parece se lembra de algo
— Droga! Eu tenho treino hoje, não posso chegar atrasado ou o treinador me mata. Vem Maya! Tchau meninas — Ethan, puxando Maya pelo pulso
— Não gosto muito dos alunos da escola Salvatore, mas acho que posso fazer uma exceção — Maya pisca pra mim e reclama algo com o irmão.
— Ela gosta de você — Lexi cantarola — ele é fofa. O irmão também. Não sei qual dos dois você vai ficar, mas eu fico com o outro — eu rio
— Tá bom, o que vamos pedir? — pergunto ainda rindo um pouco.
Lexi e eu ficamos conversando por um tempão sobre besteiras, exatamente como fazíamos antes de toda essa loucura de sonhos e profecias. Foi a primeira vez em muito tempo em que eu não me preocupei com o significado da profecia ou com a família Adams.
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THE LOST MIKAELSON, the originals
Fanfiction"Querendo ou não eles são minha família, não são só meu sangue, mas minha família" Sabrina Hale cresceu em Beacon Hills até os 10 anos com sua família adotiva, até um incêndio que matou quase todos os membros de sua família acontecer. D...