FOUR

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EU JÁ TINHA ACEITADO que o momento de paz na minha vida tinha acabado e que a partir de agora só ia acontecer merda, mas isso não me impedia de fazer drama.

— Tem certeza que o voo deles não atrasou nem nada? — Perguntei para Caroline e Alaric

— Conhecendo a Rebekah ela fez eles virem de jatinho. — Caroline disse

— JATINHO?! — Arregalei os olhos — Eles tem um jatinho?!

— Sim, acho um pouco de mais, pra ser sincero. — Alaric resmungou

— Você tá inveja. — Disse — porque quando você virou vampiro, não fez nada que preste, já eles foram espertos: não deram uma de Edward e repetiram o ensino médio de novo e de novo. Sério qual é o sentido? Se eu fosse vampira a primeira coisa que eu iria fazer seria hipnotizar os professores pra me fazer passar nas matérias. — Alaric me encarou com uma expressão de tédio

— Já entendemos, Sabrina — murmurou

Fui em direção à uma das mesas do Mystic Grill — onde combinamos de encontrar os Mikaelson — puxei a cadeira mais próxima e me sentei, pegando o cardápio.

— O que vão querer? — uma garota morena com cabelos cacheados pergunta

— Nada, só estamos esperando alguém — A Barbie versão vampira fala

— Fale por você, Barbie — Disse apontando pra mesma — eu não tomei café da manhã. — Ela riu e eu comecei a fazer o pedido

Estávamos esperando há meia hora e nada. Alaric, quis voltar — provavelmente porque detesta Klaus Mikaelson com toda sua força —, mas Caroline não deixou, o que fez o velho ficar mais emburrado do que já era. Depois de uns quinze minutos, avisto uma loira batendo no homem ao seu lado. Caroline disse que eram Rebekah e Kol Mikaelson.

— Tem algum lugar mais discreto para conversamos? — a loira perguntou.
Nós três nos juntamos a eles, eu como não cago dinheiro — nem passei mil anos juntando — pedi pra embalarem as minhas panquecas e sai resmungando

— Se estamos voltando pra escola, por que saímos pra início de conversa? — Alaric, como sempre, ignorou minhas reclamações — Eu não consegui nem tomar café — continuei

— Você teria tido tempo pra tomar café, se não tivesse ficado trocando de roupa o tempo inteiro — A versão mais nova e mais bêbada do senhor D revirou os olhos.

— Olha só: eu posso tá com a vida fudida, posso estar tendo sonhos sobre um bebê mágico ou sei lá o que, mas eu não faço isso mal vestida — Caroline riu e Alaric — pra variar — revirou os olhos

— Achei uma mini Bekah — o moreno, Kol se não me engano, falou apontando pra mim, e a Rebekah — que estava extremamente bem vestida, mas isso não é importante — sorriu

— Ela tá certíssima! Aliás, adorei suas botas — sorri, orgulhosa

— Tá, mas cadê a Hayley e o Klaus? A filha não é deles?!  — O aspirante a diretor — mais conhecido como Alaric — perguntou

— Sabia que você é uma velho muito resmungão? — olhei pra ele — por isso você é o senhor D e não o Dumbledore, nunca vi ele resmungando. Já vi ele filosofando, ensinando, dando ponto pra grifinoria por respirar.. mas nunca resmungando — Alaric me deu um olhar de "cala a boca" e como eu ainda tenho um pouco — bem pouquinho mesmo — de noção, fechei a matraca.

— Você devia tá estudando ao invés de tá lendo esses livros de ficção

— Ficção uma ova! Já olhou ao seu redor? Eu moro eu hogwarts! — disse — nada, repito nada tira da minha cabeça que hogwarts existiu e você ainda não pode provar que semideuses não existem

— Anda e para de falar besteira!

— Aff, tá bom senhor D — num gesto bem maduro, dei língua e me juntei a Caroline, que estava mais à frente, mas ainda assim, ouvi Kol e Rebekah rindo.

— Finalmente! — Lexi fala assim que passamos da porta — eles estão na sua sala Ric

— Como é?! — Alaric fala e a veia na testa dele parece que vai explodir

— Klaus disse que era o mínimo já que você não quis ligar pra eles — ele me encarou, sua expressão estava clara: tá vendo o que você fez!

Nem vem — resmunguei — eu só falei a verdade, e outra: eles não são contagiosos. Quanto drama!

Assim que entramos, Klaus olhou pra nós, eles estava sentado em uma das poltronas com um copo de whiskey na mão. Ao seu lado estava a mulher que vi nos meus sonhos, Hayley, ela usava uma calça jeans, uma blusa verde claro com uma jaqueta de couro por cima. Estava exatamente a mesma, exceto por seus cabelos, que agora eram curtos — batendo acima dos ombros — e pareciam estar mais claros.

— Onde está a Hope? — Rebekah perguntou

— As gêmeas a levaram para um tour pela escola — a Barbie respondeu e projeto de senhor D — gostei desse apelido, vou ficar chamando ele assim a partir de agora — arregalou os olhos.

— Como?! Caroline, você não me disse nada sobre isso.

— Não? Ah que cabeça minha! — Lançou lhe um sorriso inocente — Klaus e sua família vão voltar pra cidade. — Tenho a leve impressão — lê-se certeza — de que a Barbie fez isso de propósito

— Hope não poderia encontrar uma escola melhor, e com todo esse fuzuê, achamos melhor ficar por um tempo — Klaus disse, com um sorriso ladino

— Que seja! — Resmungou — vamos direto ao assunto

— Eu concordo com Alaric — um homem de terno entrou, acompanhado de outra loira — só tem loiro nessa família! Aposto que Kol e o de terno são adotados — de cabelos curtos — temos muita coisa para descutir. — Falou, se posicionando ao lado de seus irmãos.

E foi assim que minha vida começou a dar errado. Mentira! Eu já tava na merda há muito tempo, isso só piorou a situação.

THE LOST MIKAELSON, the originalsOnde histórias criam vida. Descubra agora