eu sei que sou a estrela

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Finn Wolfhard

  Saímos do táxi — que eu acho muito chic — e um funcionário do hotel nos conduziu da porta até o balcão da recepção.

— Gente, eu não pensei que ia ser tão formal. Preciso ir comprar roupa. — Sadie sussurrou para nós.

— Que besteira, ninguém aqui paga tuas contas. — respondeu Caleb. — Agora, vão indo lá pro elevador me esperar, tá? — praticamente nos expulsou dali.

  Ficamos ali esperando e Sadie estava tirando foto junto com a Millie.

— Vai, foto de casal rico. — disse Millie, apontando a câmera do celular para nós.

  Jack me abraçou pela cintura e apoiou sua cabeça no meu ombro, sorrindo. Caleb aparaceu e pulou na nossa frente fazendo um joinha e sorrindo.

— Ainda bem que eu já tinha tirado a foto sem esse palhaço. — murmurou Millie e entramos no elevador.

— Seguinte — Caleb começou a dizer. — eu vou ficar na suíte Trafalgar porque achei digna. Millie e Sadie vão ficar na suíte River, vocês têm vista para o London Eye. — as duas fizeram um high-five. — E os boiolas vão ficar na Cobertura do Ator. O nome realmente é esse, sem zoeira.

— Eu sei que sou a estrela disso aqui. — disse Jack, pondo a mão na cintura e fazendo uma pose.

— Achei injusto. — reclamou Sadie.

— Cala boca, plebéia. — retrucou Jack, empurrando de leve o ombro dela.

— Olha só, sem bagunça nisso aqui porque estamos em um elevador e eu tenho medo! — disse Millie, tratando os dois como as duas crianças que eles são.

  Jack e Sadie trocaram olhares e eu sabia muito bem que isso podia resultar em nós cinco presos em um elevador. E depois sendo expulsos.

— Nem pense. — puxei Jack para mais perto de mim e sussurrei em seu ouvido. Quando saímos do elevador e estávamos seguindo para o nosso quarto, ele me contou que eles iam começar a pular.

  Abri a porta e automaticamente sorri. Ele passou por mim e atravessou a pequena saleta, foi para o quarto e se jogou na cama, que era uma king size.

— Vocês que aproveitem a viagem, eu vou dormir o tempo todo. — disse sorrindo e com os olhos fechados.

  Deixei nossas malas ao lado do roupeiro embutido para depois — se não formos preguiçosos — arrumarmos as roupas ali.

  Comecei a andar pelo quarto e peguei um folheto em cima da cômoda que ficava abaixo da televisão enorme presa na parede.

  Eu só pretendia passar o olho; uma lida rápida, mas fiquei impressionado porque: nós temos motorista particular!

— Jack, você não vai acreditar! — disse animadamente e ele abriu os olhos e se sentou no meio da cama com as pernas cruzadas.

— O que?

— Nós temos motorista particular, mordomo pessoal e acesso a uma extensa coleção de vinhos privados.

— Eu não bebo vinho.

— Nem eu! Mas é de graça, então vou passar a beber.

  Primeira regra essencial para sobreviver: tudo que é de graça é bom, aceite. Claro, você pode morrer aceitando tudo que é de graça, mas faz parte.

  Acho que falei merda, não sigam esse meu conselho.

  Jack se levantou e foi andando devagar até às portas duplas e abriu, revelando uma varanda tão grande que era mais para um terraço.

  Desviei o olhar e andei até um canto do quarto, onde tinha a tal extensa coleção de vinhos. Puxei uma garrafa dali e deixei sobre a mesa. Mais em cima de onde estavam os vinhos, haviam taças penduradas em um apoio. Peguei uma só, já que ele não bebe.

  Peguei um saca-rolha e abri. Enchi a taça até a metade e dei um pequeno gole. Parece um suco de uva, mas um suco de uva de rico.

— Finn, vem cá! — Jack me chamou do lado de fora. — Ah, eu não acredito que você tá bebendo mesmo isso. — disse, se virando para mim e apoiando os cotovelos na grade atrás dele.

— Eu pretendo usufruir de tudo que for possível. — falei, tentando manter um vocabulário chic porque agora eu estou em Londres e bebendo vinho.

  Deixei a taça quase vazia — é um bom vinho — sobre a pequena mesa redonda de vidro ao lado e me aproximei dele. Levei minhas mãos até sua cintura, ficando bem próximo. Suas mãos estavam nos meus ombros.

— Obrigado. — ele sussurrou com um leve sorriso.

— Pelo que? — perguntei, rindo fraco.

— Por tudo! — disse animado e se distanciou um pouco de mim. — Tipo, olha isso tudo! Se não fosse você, eu provavelmente estaria aturando Sadie pedindo pra ir na piscina lá de casa.

  Eu ri e Jack deslizou sua mão pelo meu braço até segurar minha mão. Me puxou mais para perto da grade e olhou para a vista. Eu olhei para baixo e já me senti meio tonto. Fingi que não senti nada e levantei o olhar.

— Bem, então, obrigado também — comecei a dizer. —, se não fosse você, eu provavelmente estaria chorando de carência.

— E por que tá me agradecendo? Você ainda faz isso. — disse e eu fingi achar graça.

  Ele riu e me puxou para um beijo. Quando nos separamos, continuamos abraçados ali.

— Eu te amo. — disse baixo e eu tentei conter o sorriso, mas é mais forte que eu.

— Uhum... — murmurei e desci minha mão de sua cintura para sua bunda. Jack riu e tirou minha mão dali.

— Eu tenho mais coisa pra fazer, tá? — me soltou e voltou para dentro.

— Tipo o que? — perguntei e me sentei na cama com as costas apoiadas na cabeceira.

— Eu vou arrumar alguma coisa pra fazer.

  Sorri vendo Jack se sentar ao meu lado e ficar olhando para seus pés balançando.

— O que foi? — perguntei rindo.

— Eu tô tentando segurar minha felicidade e não sair gritando por aí. — respondeu e me encarou.

  Senti sua mão em minha bochecha e vi Jack se aproximar e me beijar de novo. Sem quebrar o beijo, levou sua outra mão até minha coxa, apertando levemente as vezes.

  Suspirei e senti minha respiração falhar quando passou sua mão por cima do leve volume em minha calça, em seguida subindo por dentro da minha camisa. Nos separamos e Jack tirou minha camisa primeiro antes de tirar a sua.

  Sorrimos um para o outro quando Jack subiu no meu colo.

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