Não que eu já estive pensando em visitar ele ou trazer ele na minha casa. Não que eu já estivesse achando que eu poderia ser suficiente para alguém, que alguém poderia sim gostar de mim e me conhecer em algum local aleatório numa dessas andanças da vida.
Jamais pensaria nisso com um cara que conheci no ônibus e que mora na rua do lado. Não pensaria de novo nisso, até ele me mandar mensagem uma semana depois.
Quando ele disse que estava mal, eu só conseguia querer abraça-lo e correr o risco de levar um soco do namorado dele.
Naquele mesmo dia, ele quis me visitar, para nos vermos. E eu fiquei sem reação e acho que acabei enrolando de nervoso.
Hoje... Não nos encontramos ainda e ainda somos os mesmos. Ele magoado, eu interessado, de certo modo, colocado na FriendZone. E ainda me pergunto se sou suficiente para ele ou para qualquer outro.
As vezes penso que quando eu começar a ver ele como um amigo, ele vai querer me tirar dessa zona mas eu já vou está ocupado interessado em outro rapaz.
Mas porque eu pensaria isso? Além de não ser suficiente para ele, não conseguiria viver algo que desejei tanto sem ter medo de estragar tudo.
Como já falei para minha amiga:
Muitos vivem com medo. Medo de serem insuficientes.
Medo de ser não ser a pessoa certa, que sempre vai ter alguém melhor, e que a qualquer momento podemos ser substituídos.
Medo de ser magoado.
Mas se todo mundo vive assim, ninguém vive completo. Tornando difícil o ato de transbordar-se.
Sinto muito se você leu isto e esperou um fim.
Mas se leu até aqui, te darei um suposto desfecho:
Se ele estiver completo, eu estarei também, porque tudo que queria era ele, O Maior.
O Maior acaso que aconteceu em minha vida.
∞
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Greatest (O Maior)
Short StoryNuma tarde de domingo quis contar isto e o resultado...